sábado, 24 de outubro de 2009

VOCÊ POSSUI ALGUM AMIGO DE VERDADE ?

Algumas semanas atrás deparei-me com um dos mais deliciosos e-mails que já recebi.

Num casamento, no qual fui o celebrante, já na hora da recepção, Simone e eu compartilhamos a mesa com um casal desconhecido. Batemos um papo agradável, houve grande afinidade, trocamos e-mail com promessas de nos vermos novamente em breve. Mandei a eles, por e-mail, um dos meus textos, como agradecimento pela ótima companhia e recebi de volta uma mensagem muita carinhosa, na qual uma frase me chamou muita atenção: “Vocês serão os nossos mais novos amigos de infância”. Se antes já havia me simpatizado com o casal, depois, com esta frase, me entreguei sem reservas...

Ontem fizemos uma visita a eles. Nos receberam com um delicioso jantar e foram anfitriões impecáveis, mas, o melhor de tudo foi que, eu e Simone, nos sentimos amados. Esta é uma necessidade essencial do ser-humano: Precisamos pertencer.

Muito mais que “possuir”, “pertencer” é uma necessidade que completa nossa psique. Precisamos pertencer a um grupo social, um grupo profissional, um grupo familiar... Queremos pertencer a um país e a uma pessoa. Desejamos pertencer a Deus, mesmo que não suspeitemos disto. Não suportamos a sensação de ser uma ilha, isolada no vazio existencial.

Sem entender esta necessidade de pertencer, muitos tentam aplacar o vazio existencial da forma errada: buscando “possuir”. Pensam que serão felizes se possuírem um carro, uma casa linda, filhos, se possuírem o mais cobiçado dos empregos, o endereço da moda, se possuírem um namorado, uma amante gostosa e se possuírem amigos. Sim, alguns pensam em possuir pessoas.

Há inclusive alguns religiosos que até querem possuir um Deus. Deus exclusivo, que satisfaça todos caprichos e desejos. Um Deus a quem possam “ordenar” isto ou aquilo, transformando-se em deuses do próprio Deus. Um Deus a quem possam manipular por meio do “bom comportamento”, crendo por isso serem merecedores de algo mais. Um paradoxo herético, posto a Deus ninguém controlar, mas a Ele estarmos submissos.

Na amizade é assim: NÃO POSSUÍMOS AMIGOS, mas por eles somos possuídos. Aquele que pensa que controla as pessoas e circunstâncias é uma alma duplamente penada, já que quere possuir para preencher um traumático vazio existencial, ao mesmo tempo em que, nas voltas que a vida dá, as supostas amizades-possessões, podem simplesmente desaparecer por decisões próprias ou circunstanciais. Quem pensa possuir alguém é quem menos tem, já que de fato, a ninguém verdadeiramente possui, de ninguém deseja ser propriedade e ninguém a deseja possuir.

Assim, amizade é um exercício de entrega e não de posse.

A amizade é quando damos, sem esperar em troca.
Amizade é doação sem exigências ou expectativas, caso contrário não é amizade, mas negócio. Negócio existencial no qual busca-se vantagens por meio da posse do que o outro é, possui ou pode oferecer como lucro ou vantagem. Assim, amo, de fato, a mim mesmo e não ao outro.

As mais profundas amizades surgem na infância, quando não há interesses outros, se não apenas o de estar junto. Na vida adulta, nem sempre é assim, posto que, por vezes, “selecionamos” quem queremos estar junto, buscando satisfazer uma necessidade, fantasia ou desejo egoísta. Queremos pessoas que nos acrescentem algo, mas nem sempre estamos dispostos a nos doar. Numa busca desenfreada por preencher um vazio existencial, nos perdemos nas relações, deixando passar oportunidades de relacionamentos profícuos, por estarmos em busca de fantasias fugazes.

Amizade verdadeira é doação e aceitação do outro, com suas limitações e mazelas, desejando contribuir apenas, sem esperar qualquer retorno. Um ato de amor. Relações baseados em interesses são frágeis e se partem facilmente, basta que as expectativas não sejam atendidas.

A pergunta que quero deixar é a seguinte: Você se considera amigo de Deus? Pare e pense nisso.

Quando saímos da casa de nossos “mais novos amigos de infância”, já eram quase três horas da matina e nem vimos o tempo passar. Eu até ficaria mais... com os meus mais novos proprietários.

Amor sempre!

______________________________________________

Já que estamos falando de amizade, veja neste bem-humorado filme da Pepsi do que os amigos são capazes de fazer para ajudar outro a arrumar uma vaga de emprego... Hahahahaha!



JESUS E OS 12 APÓSTROFOS


sábado, 17 de outubro de 2009

JÓ É DEZ!


A vida de Jó sempre me fascinou.
Existem muitos aspectos de sua existência que podem ser analisadas e discutidas, mas tem uma coisa que me chama muito a atenção: Porque o justo sofre?
Nos é contado que Jó era o cara mais temente ao Senhor em toda a face da terra! Uau!!! Mereceria o Oscar de Melhor Bonzão! Ou o Nobel da Bondade Eterna!

Jó é descrito como um cara próspero, rico mesmo, mas que não punha o seu coração nas riquezas. Um cara que se preocupa com a família. Orava e fazia sacrifícios pela família, ajudava os necessitados, se afastava do mal e tudo o mais que todos nós gostaríamos de ser e de fazer mas que não somos e nem fazemos. Jó era o “orgulho” de Deus!

Mas Jó perde tudo, todos os bens, todos os filhos, todos os empregados. Fica pobre porque Deus deixa Satanás tocar o terror na vida dele. Tudo o que Jó disse para a vida foi o seguinte: “Eu vim pelado a este mundo... Vou voltar pelado de onde eu vim. Deus me deu as coisas, Deus me tirou. Louvado seja Deus”

Finalmente, perde também a esposa e a saúde e vira um escândalo público: “Coitado do cara...”, alguns diziam. Outros ainda:
“_Há! Mereceu! Sempre achei ele um cara metido”;
“_Nossa, Deus é justo, porque este Jó era muito chato”;
“_Aposto que Ele é um pecador e está colhendo os frutos dos seus erros: Lei da ação e reação... ”; “_Deus é justo. Tem pecado aí”;
“_Agora ele está tomando uma lição da vida. Bem feito”;

Nossa... quantos “amigos” Jó tinha!

O ser - humano tem disto, muitas vezes nos alegramos com nossas vitórias, mas muitas outras nos alegramos com as derrotas alheias, sentimento fruto da maldade humana. A inveja é mesmo uma m...

O que foi que Jó realmente fez para merecer o seu infortúnio? A estória nos conta que nada, além de ser muito bom! Se Jó não fosse lá tão bom assim, Deus não o perturbaria, mas não deixaria que o mal o tocasse. Mas... Jó era bom. Um homem bom e Deus sabia que Jó, mesmo ante os infortúnios da vida, jamais O negaria, ao contrário, Jó não amaldiçoaria Deus jamais, posto seu coração não estar nas coisas, mas em Deus.

Para Jó o que importava era ter Deus no coração e não dinheiro em conta corrente ou saúde para dar e para vender na promoção. Satanás acusou Jó de somente amar Deus em razão da boa vida que ele tinha. Deus pagou pra ver: “Satanás, pode tocar na vida dele á vontade. Você vai ver que o coração de Jó, Satanás, não está nas coisas que a vida concedeu de bom a ele, mas o coração Dele está no que é eterno”. Sim, Jô amava deus acima de todas as coisas.

A estória nos conta que Jó sofreu muito e morreu sem entender o que havia acontecido na vida dele, mas, mesmo sem respostas, jamais negou Deus.

Teve um período da minha vida em que me sobreveio doença e infortúnio, não como Jó, mas num grau muito inferior ao sofrimento deste personagem. Lembro-me que eu me perguntava porque Deus estava permitindo aqueles acontecimentos... Nunca obtive respostas claras de Deus. Contudo, muitas pessoas tinham suas opiniões claras sobre o meu caso, mesmo que díspares entre si. Até hoje não tenho respostas claras, apenas pistas. Uma coisa sei, um dos resultados foi o fato de Deus ter me tornado um pastor. Deus faz costuras que nem suspeitamos. Se este foi o único objetivo, creio que tenha valido a pena.

E meio ao meu sofrimento, lembrava de Jó e pensava: Se minha vida a Deus pertence, que Ele faça dela o que achar melhor.

Não vale à pena reclamar da vida.

No final da vida, Jó diz o seguinte a Deus: “Antes eu conhecia você de ouvir falar, mas agora de andar com você”. Vamos voltar à pergunta inicial: Porque o justo sofre? As razões podem ser muitas, mas a dor amolece o nosso coração e sempre nos transforma numa pessoa melhor e mais humana, mais sensível ao sofrimento alheio e menos arrogante.

Eu tenho muito ainda o que aprender, mas uma coisa eu sei: Deus é soberano sobre todos os acontecimentos da nossa vida e o que quer que ainda me aconteça nesta vida, somente me transformará numa pessoa menos pior.

_____________________________________

Por falar em sofriemento, o serviço militar já foi sinônimo de sofrimento para muita gente. Eu mesmo me lembro do terror que foi pra mim conseguir uma "dispensa" há 23 anos atrás.

Para quem acha o serviço militar um sofrimento, lá vai um vídeo bem engraçado!


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009


PROMOÇÃO: PAGUE HOJE E SEJA SALVO AMANHÃ! QUER ESTA RAPIDINHA?


Ensaio falar sobre este incômodo tema há bastante tempo, mas, jamais quis emitir juízo de valores sobre religião. Mas, está demais! Como está, nã dá! Foram longe demais...

Não é possível manter-me calado ante esta orgia profana que tem sido a comercialização da fé, a venda da salvação, o escambo do sacro. Prostituição eclesiástica!

Não é possível manter-me calado e assim pecar por omissão.

Não, gente, a salvação não custa absolutamente nada.
As bênçãos de Deus não nos custam nada, posto Deus nos abençoar não pelo que nós somos, mas pelo que Ele é.

Não: não precisa pagar por orações. Pagar por bênção. Fazer um “sacrifício” financeiro, dando dinheiro para gatunos inescrupulosos.

Deus não se compra nem pode ser posto à venda. Fujam, fujam, fujam! Fuja de qualquer doutrina que pregue o sacrifício humano como princípio da Graça. Creia apenas no que o Evangelho diz, ou seja, que Jesus já fez um sacrifício único e suficiente. Você não precisa sacrificar-se.

Não aceite estas doutrinas sacrificiais do Antigo Testamento, período anterior à Graça de Cristo. Não aceite doutrinas baseadas em versículos do AntigoTestamento, lei para Judeus e não para Cristãos.

Não acredite em fábulas medievais: Pedacinhos de cruz de Cristo, Pena da pomba do Espírito Santo, Espinho da coroa de Cristo, Água do Jordão, Areia da Galiléia, Sal grosso sabe-se lá de onde....

Lembre-se: a prática mística que tenta mover o “sagrado” chama-se “magia”. Assim, feitiçaria, macumba, quimbanda, voo-doo e magias em geral caracterizam-se por ser um estilo de espiritualidade na qual algum “deus” ou entidade espiritual está sujeito ao homem e o homem move o “deus” fazendo ou deixando de fazer algo. Se não faz determinada oferenda, recebe uma penalização. Se faz determinada oferenda ou ritual, o divino sente-se obrigado a retribuir. Isto é Magia.

Portanto, dizer que esta ou aquela “oferta em dinheiro” vai obrigar Deus a fazer algo é uma prática chamada macumba, feitiçaria... Que desastre eu estou vendo.

Fuja! Mas, fuja correndo quando você ouvir alguém dizendo que Deus somente irá abençoá-lo “se” você doar R$ 900,00. Isto se chama feitiçaria.

Deus abençoa por que é Deus, não porque Ele é servo de oferendas financeiras ou de qualquer espécie. Eu não tenho dúvidas que muitas pessoas recebem suas bênçãos e graças em lugares onde a fé é comercializada, mas a recebem não porque pagam, mas porque Deus é bom e vê na ignorância do povo mais uma razão para ter misericóridia. É Deus que (vendo o desespero e a fé do povo explorado) tem compaixão e os abençoa, porque Deus é bom, mas não porque Deus exija algo em troca (muito menos grana!).

Deus não quer o seu dinheiro, mas a sua vida.

As ofertas para a casa de Deus devem ser devolvidas porque amamos Deus, não por medo de algum castigo. O constrangimento que deve nos levar a devolver parte do que Deus nos tem dado é porque Ele tem nos dado mais que necessitamos e somos gratos por isso.

Dízimo é doutrina do Antigo testamento. No Novo testamento não existe a doutrina judaica do dízimo. No Novo testamento, dízimo sequer é citado, sabia? Quando alguém fala de dízimo, obrigatoriamente deixa de lado a Nova Aliança e volta-se para a Antiga Aliança, já que este tema é exclusivamente tratado no Antigo, mas jamais citado no Novo, o testamento da Graça. Não há versículo algum sobre a prática do dízimo no Novo Testamento. Particularmente, sou dizmista não porque a Bíblia manda, mas porque amo a Obra de Deus.

Se nossas igrejas adotam prática do dízimo é justamente por isso mesmo, por ser mais “prático”, pois, na verdade, a doutrina dos Evangelhos não é a do dízimo, mas outra, conforme diz o apóstolo Paulo:

'Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria' 2 Co 9.7
Fique com a Graça de Cristo. Fique com a Nova e não com a Antiga Aliança.

Inaceitável a comercialização da fé! Prostituição eclesiástica!


Recuso-me agora a ficar calado, mas digo a você: Fuja da comercialização da sua fé!

Fuja de qualquer um que pregue um evangelho onde a bênção vem por meio da grana ou a grana seja sinônimo de bênção. Onde a salvação vem por meio da roupa, onde a Graça de Deus vem, ironicamente, por meio da Lei, dos costumes e dos ritos doutrinários.

Sim, fuja disto tudo e corra em direção a Jesus de Nazaré, que a tudo isto abomina.