quinta-feira, 31 de março de 2011

Socorro! Vem um Tsunami na minha vida.


Por Leônidas Almeida

Quem acompanhou as ultimas notícias no Japão, podemos verificar que existem tragédias anunciadas. Os sinais de alerta, mediante a colocação de bóias ao longo da costa marítima, podem indicar apenas uma ressaca ou que um Tsunami esta se aproximando.

Do mesmo modo algumas tragédias em nossas vidas ocorrem de forma inesperada: A morte de uma pessoa muito querida, de um membro da família, amigo (a) íntimo, estas independem da nossa capacidade de reação. Outras antes de ocorrer, trazem consigo sinais de advertência que algo pode estar ocorrendo conosco ou com as pessoas que convivemos. Neste caso podemos reagir em tempo e mudar o rumo dos acontecimentos.

É o caso, por exemplo, de um sinal ou sintoma em nosso corpo: taquicardias, um pequeno caroço, um cansaço contínuo, uma tristeza sem endereço. Quando estes sinais ocorrem devemos imediatamente procurar um médico para fazer exames. O importante é que devemos procurar ajuda. Obs.: Ler a nota Crise mal processada.

As crises conjugais, também devem ser tratadas da mesma forma. Pois elas são cíclicas devido a nossa própria tendência a acomodação em pensar que tudo se resolve por si mesmo e na hora H daremos nosso jeitinho Brasileiro. É ai que nos enganamos ou nos deixamos ser enganados, a máxima do Zeca Pagodinho “deixa vida me levar, vida leva eu” pode significar o fim de um relacionamento que começou com muito amor, esperança, conquistas a dois e comprometer o futuro dos filhos e filhas frutos deste relacionamento.

Se o teu casamento esta passando por uma crise, em primeiro lugar, encare que isto com naturalidade, sem decisões precipitadas, entenda que isto ocorre com a grande maioria dos casais. Em segundo lugar veja que este pode ser um momento de enriquecimento mútuo de novas descobertas de si mesmo e do outro.

Procure ajuda profissional, isto pode incentivar a reabertura de um diálogo produtivo. Caso isto não seja possível, abra-se para um amigo (a) que você tenha como referencial de vida, devido seu testemunho pessoal. É fundamental procurar também ajuda pastoral com o Pastor (a) ou Padre, que tenha um mínimo de preparo para este tipo de aconselhamento. Isto se deve para que possamos avaliar a crise a partir de outra perspectiva, de outro olhar e buscar neste processo entender o problema não somente da nossa ótica pessoal. Segundo Jean Stpleton “O casamento não é uma instituição moribunda. Ele está é mudando – Intimidade somente cresce quando o compromisso é incondicional e a longo prazo (...) e intimidade somente é possível quando duas pessoas estão em pé de igualdade.

Finalmente quero te encorajar a se apegar a fonte do amor, porque Deus é amor. Isto para alguns pode até soar como uma fuga infantil. Mas isto só é possível na medida da experiência pessoal, seja pela oração, pela meditação, pelo jejum, pela leitura do evangelho, pela simples presença num culto, o que importa é que você ouviu o sinal do Tsunami e está se achegando a Deus, e certamente ele te dará socorro em momento oportuno. Aqui cabe descrever as palavras de Jesus no evangelho de João: “O ladrão não vem somente a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” Jo 10:10.

Março de 2011.


Entra na minha casa, uma linda canção que propõe uma restauração conjugal e pessoal.

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Vejam abaixo doi sbebês gêmeos discutindo muito sobre as dificuldades da vida!

segunda-feira, 28 de março de 2011

CRISTÃOS OBSCURANTISTAS: DESVIE-SE DESTE CAMINHO!

Pr. Cláudio Moreira

Olho pra todos os lados, para as páginas dos jornais, para o noticiário frenético da televisão, pra tela fria das redes sociais, e meu coração só consegue exprimir uma única pergunta ao Deus Todo Poderoso: “O que fizeram com o Cristianismo?”.

Na esteira da indigência cultural de uma geração despreparada para pensar e argumentar, cresce a aceitação de livros e artigos de ateus militantes como Richard Dawkins, Daniel Bennet, Sam Harris, Christopher Hitchens, entre tantos outros. Na leitura de suas diatribes, tão agressivas quanto infantis, não reconheço o Deus de que estão falando, contra cuja existência se apresentam tão irados. O Deus cuja menção provoca ira nestes ateus é um carrasco, misógino, e quando eventualmente fala de amor, não está nem mesmo sendo original, porque repete o que outros já haviam dito antes. Um tipo de Deus que os faz concluir que o mundo, refém de guerras religiosas e fanatismos vários, ficaria melhor sem Ele. De onde tiraram isso? Quando foi que a mensagem cristã, o Evangelho de Jesus começou a ser associado ao obscurantismo, ao atraso?

Eu me faço esta pergunta, mas no fundo, sei a resposta. Sim, sim, eu também conheço o Deus de quem falam estes ateus. Eu o vejo por aí, na pregação não menos histriônica e infantil de líderes religiosos pretensamente cristãos. Como esperar que um europeu pós-moderno veja algo de bom num Deus propagado por padres pedófilos? Como esperar que um sul-americano minimamente honesto não sinta sua inteligência agredida quando fica claro que o pastor mantém o padrão de vida de um executivo ás custas da contribuição dos fiéis, que passa a ser apresentada como uma “semente”, na maior empulhação teológica dos últimos tempos? Como esperar que um homossexual acredite que Deus ama o pecador apesar do seu pecado, quando líderes influentes do segmento evangélico os tratam com evidente desamor, agravando ainda mais a sua já tão dura rejeição social? Como apresentar um Deus de amor se a imagem que se revela é de líderes egoístas, autocentrados, manipuladores, despóticos e hipócritas na sua intimidade?

Este não é o meu Deus! Do fundo do meu coração, este não é o meu Cristianismo! Não é esta a fé que a Bíblia Sagrada me mostra. A Palavra Revelada apresenta um Deus que emancipa e promove o homem, não um deus que o massacra, o restringe, o manipula.

O Evangelho em que creio fala de um Emanuel, um “Deus-conosco” que aceitou jantar na casa de um político corrupto chamado Zaqueu, que já apanhava o suficiente dos fariseus e não havia mudado, mas encontrou no amor de Jesus uma motivação para transformar sua vida completamente. Um Deus que supera o simples moralismo, de antes e de hoje.
O Evangelho que eu li fala de um Jesus que comia na casa de um fariseu (sim, de um fariseu!) e que acolheu o gesto desesperado de uma prostituta derramando óleo de nardo, perfume caríssimo, provavelmente comprado com o dinheiro do pecado, a seus pés. Alguém que finalmente viu o desespero de uma mulher que se entregou a tantos porque estava em busca de amor, e foi liberta justamente quando Ele disse que ela “muito amou”.
O meu Cristianismo é o que inspirou John Milton e Willian Wilberforce a lutar pelo fim da escravidão na Inglaterra. É a mensagem que motivou o jornalista metodista Robert Raikes a alfabetizar filhos de operários usando a Bíblia Sagrada em plena Revolução Industrial, criando a primeira Escola Bíblica, mãe do ensino público fundamental na Europa.

O meu Cristianismo moveu homens na luta contra regimes autoritários. Dietrich Bonhöeffer e Martin Niemöller na Alemanha nazista, Dom Oscar Romero em El Salvador, e figuras como o cardeal católico Dom Paulo Evaristo Arns, o pastor presbiteriano Jayme Wright e o missionário pentecostal Manoel de Mello na ditadura militar do Brasil.
O Cristianismo em que eu creio motivou uma mulher negra chamada Rosa Parks a não ceder seu lugar a um branco no ônibus, dando o primeiro passo para a marcha liderada por Martin Luther King. Num tempo de ódio e revanchismo incitado por Malcolm X, o sonho de King incluía negros e brancos lado a lado.

A fé em que creio sempre caminhou semeando mudanças que nos levaram adiante. Não reconheço a mensagem da Cruz neste pseudo-evangelho triunfalista, reduzido apenas à moralidade. Deste “outro evangelho”, Hitchens, Dawkins e outros que tais, podem falar à vontade. Que eu até ajudo.

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Pr. Martin Luther King, Robert Raikes, William Wilberforce, Dietrich Bonhöeffer, Pr. Jaime Wright, Missionário Manoel de Mello, Dom Oscar Romero e Dom Paulo Evaristo Arns. Qualquer estudioso que se preze chamaria estes homens de fé de heróis da humanidade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

PERDAS E DANOS



Todos desejamos. Desejamos coisas boas. Desejamos saúde. Desejamos bens materiais (para nosso conforto físico ou emocional), uma vida tranquila, bênçãos, um casamento que seja alegre e satisfatório. Um futuro de paz!


Faz parte da natureza humana querer o bem e buscá-lo para si e para os seus. Os mais altruístas o buscam para todos.


Deus se alegra em nos conceder o bem que desejamos! De fato, Ele nos concede o bem nesta terra.


Mas se desejamos é porque não temos, posto que o que temos não é mais desejado, mas realizado. Todo desejo é filho da falta.


Nunca deixamos de desejar, o que significa que sempre estamos sentindo falta. Aos que tudo tem, têm ainda este sentimento, sentem falta de algo que não sabem o que é, assim, vivem uma angústia existencial, pois desejam o indefinível - sentimento miserável.


Desejar é bom. Alcançar a realização do sonho ou objeto do desejo é ótimo. Como é gostoso segurar nos braços ou na alma o fruto do desejo, já realizado. A primeira experiência humana é o peito materno. A falta de alimento gera fome, o peito sacia. Não é difícil aprender a receber. Desde cedo recebemos e a infância é recheada de desejos realizados: alimento, colo, sono... Ao mais afortunados adicionemos: brinquedos, passeios, festinhas...


Entretanto, apesar de estarmos prontos para recebermos realizações de sonhos, desejos e necessidades, nem sempre estamos prontos para perdê-los. Sim dito foi que Deus nos concede o bem nesta terra, mas aqui, tudo é passageiro.


A perda não está em nossa programação genética. Nem sempre aprendemos a perder, contudo, a perda é parte tão integral da vida quanto o ganho.


Ganhamos o Éden mas o perdemos depois.


Todos perderemos durante a nossa vida:

  • Amigos passarão.
  • Pessoas voarão.
  • Nossos pais deixarão esta vida - provavelmente antes de nós.
  • Demissões acontecerão.
  • Confianças serão traídas.
  • Amores serão enterrados.
  • Saúde não é perpétua.
  • A beleza física, para desespero de alguns, será irremediavelmente perdida, murchará como a erva do campo, como já alertava Salomão: "Enganosa é a beleza e vã a formosura".


Já que todos desejamos, um desejo há o qual nunca se realizará, o de nunca perder.


Todos passaremos por processos de perda e isto não é fácil. Deve ser aprendido. Estamos prontos para ganhar um filho, mas nem sempre para perder os pais. Prontos para sermos promovidos, mas nem sempre para sermos demitidos.


Jesus nos dá algumas dicas para que as perdas que escreverão nossa história sejam menos dolorosas, mas a que agora destaco é o fato de Ele plantar na alma humana a "esperança do porvir", definida na fé da vida após a morte: Não somos deste mundo, mas apenas estamos neste mundo.


Quando entramos no raciocínio de Cristo, não nos apegamos demasiadamente a esta vida, já que ela é passageira, portanto, esta vida É POR DEFINIÇÃO UMA PERDA ANUNCIADA. Mas a outra vida é uma vida sem perdas, apenas de ganhos, posto que É UMA VIDA ETERNA.


Daí Jesus insistir: "Não ajuntem tesouros na terra, [onde há perdas] onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntem tesouros no céu, [onde não há perdas] onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam."


Mas por quê? Jesus sabiamente nos dá uma informação valiosa sobre a alma humana:

"Porque onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração."


Se o seu tesouro for a sua beleza física, o seu envelhecimento não será um prazer, mas uma grande dor.


Se o seu tesouro for a sua posição social, posto que o mundo não pára de dar voltas e o poder mudar de mãos, as próximas rotações te farão enjoar e vomitar.


Se o seu tesouro "eram" suas belas ações na bolsa de valores, seu sono já está comprometido, pois onde estava o seu tesouro ali também estava o seu coração.


Se colocamos nosso coração num tesouro que está no céu, as perdas desta vida tornam-se mais simples e menos dolorosas.


De fato não estamos vendo este tesouro do céu, aceitamos este mistério pela fé apenas. Veja como isto é lindo: a angústia da perda sendo curada pelo simples ato de mudar o foco.


Jesus nos ajuda a mudar o nosso foco do mundo temporal-material para o mundo eterno-espiritual e assim vivermos menos angustiados ante as muitas perdas que nos alcançarão neste mundo de ganhos e de perdas, de "perdas e danos".


Esta vida é boa, mas não é o fim em si mesma, portanto, vamos torcendo para que a gente consiga ir mudando nosso foco para cantarmos juntos assim: "Lá esta o meu tesouro..."


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Hora da arte! Uêba!


Oren Lavie é um jovem muito talentoso. Este israelense é músico, diretor de cinema, além de "otras cositas más". Este filme, todo rodado em stop-motion (técnica que eu adoro), foi escrito e dirigido por ele para ser o clipe da linda música Her Morning Elegance, também composta por ele. O vídeo converteu-se em hit na internet, sendo o segundo viral mais enviado como anexo em todo o mundo nos últimos trinta dias, com quase DOZE MILHÕES de exibições... Uau!

Mandei pra minha amiga "goiani(vien)ense" e virou a trilha sonora dela em fevereiro.


A letra é linda e fala lindamente de uma moça que, como alguns de nós, luta por sua vida e para vivê-la de maneira poética. Vimos acima que para viver uma vida de pura poesia, um segredo é ajuntarmos tesouros na outra!


NESTE FIM DE SEMANA: COMPAREÇA!

segunda-feira, 21 de março de 2011

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE



CREIO QUE NÃO SEJAM NECESSÁRIAS MAIS PALAVRAS PARA COMPLEMENTAR O DISCURSO DELA.

quinta-feira, 17 de março de 2011

ESCOLHAS - Faça isto corretamente!


Outro dia eu e meu filho resolvemos acender a lareira, coisa que não fazíamos a tempo. Não estava frio o suficiente, mas ele gosta muito da lareira acesa e de ficar deitado em frente dela até adormecer. Não sei exatamente por que.

Buscamos lenha, encharcamos tudo com álcool e ascendemos. Segundos depois, quando as labaredas estavam muito altas pelo efeito precoce do álcool, caíram, descendo pela chaminé, quatro pássaros pretos e grandes. Caíram no fogo, debateram-se e saíram da lareira para o chão. As asas já todas chamuscadas, de tal maneira que para eles não era mais possível voar. O susto foi grande, pois supúnhamos que eram morcegos. Logo apanhei aqueles pobres pássaros, percebi que eram filhotes já grandes e os coloquei fora de casa, num canto do jardim que julguei ser mais seguro e fresco. Cheio de remorso e torcendo para que aqueles pássaros sobrevivessem, já não tinha mais tanta graça ver o crepitar da lenha. No dia seguinte fomos verificar e constatamos que nenhum dos pássaros sobreviveu. Eu e Pedro (que já fomos escoteiros um dia) nos sentimos os próprios inimigos da natureza, antiecológicos bastardos!

A mamãe passarinho não poderia imaginar que ela estivesse fazendo o seu ninho num lugar tão perigoso para sua família...

Mamãe passarinho não é onisciente, não entende de tecnologias humanas, como construção civil ou lareira. Ela não soube discernir que aquelas coisas pretas daquela caverna eram na verdade fuligem de lenha doméstica. Aos olhos da mamãe pássaro, aquele lugar era perfeito e seguro: longe da chuva, do sol e de outros predadores. Certamente que ela fez o seu melhor. Contudo, seu melhor foi insuficiente para evitar o sofrimento seu e de seus filhotes.

Em nossas vidas também é assim.

Não são poucas as vezes que cometemos erros. Muitas vezes fazemos coisas ou tomamos decisões que julgamos acertadas. Em nossa ótica humana e dentro de nossos conhecimentos técnicos e culturais, muitas vezes julgamos que nossas decisões estão ótimas. Mas, assim como os pássaros, nós também temos uma visão limitada das coisas e da existência. Também cometemos nossos erros por ignorância. Também construímos ninhos em chaminés existenciais por instinto ou inocência.

Para os discípulos de Immanuel Kant, o texto acaba aqui.

Para quem crê na existência de um Deus, a leitura pode continuar.

Assim como pássaros, nós também somos livres e podemos fazer as nossas escolhas de vida. Você pode ou não se casar. Morar aqui ou ali. Por covardia ou por coragem escolher este ou aquele emprego, esta ou aquela cidade. Livre arbítrio é um dom dado por Deus aos seres humanos. No uso de nosso livre arbítrio, cometemos acertos e erros. Muitas vezes aprendemos com os erros: aprendemos a nos relacionar, a amar, qual caminho evitar... Descobrimos inclusive que nós, seres humanos, somos muito previsíveis em nossas escolhas.

No processo de escolha, não raro, fazemos escolhas tolas e até perigosas para nós e para os que de nós dependem.

Aos dezenove anos de idade eu aprendi que Deus não existe como uma “energia-cósmico-intergaláctica-sentada-em-trono-esplêndido-inascessível-aos-mortais”, mas descobri que Deus era Pai (na verdade não fui eu quem fez esta descoberta, foi Jesus quem a fez a dois mil anos atrás, eu apenas constatei que a descoberta dele era verdadeira).

Percebi que, como pai, Deus se preocupa conosco e tenta nos alertar com relação às decisões erradas que tomamos na vida. De fato, Deus se preocupa com todos e aqueles que “dão ouvidos” a esta preocupação divino-paternal, encontram de maneira mística, orientações que podem evitar tragédias existenciais. Noutras palavras, encontram a famosa “mão-de-deus”.

Eu creio na mão de Deus!

Nós não somos oniscientes, não entendemos de tecnologias divinas, como construção de luas e montanhas. Não sabemos discernir claramente quando uma situação é potencialmente perigosa, não enxergamos o futuro. Aos nossos olhos, uma decisão ou lugar que parece perfeito e seguro, longe dos predadores existenciais, pode revelar-se, no futuro, um lugar hostil ou uma decisão equivocada. Certamente que fizemos o nosso melhor. Contudo, nosso melhor pode ser insuficiente para evitar o sofrimento nosso e de nossos filhotes.

Sempre que vou tomar alguma decisão que envolva maiores movimentações, busco orientação por meio da oração. Converso com Deus constantemente: no carro, no trabalho, no cinema... Sempre pergunto: “Deus, esta chaminé me parece um lugar legal, o que você acha?”.

Aprendi a conversar com Deus assim: “Pai, se ‘isto’ (ou esta decisão) for da sua vontade para a minha vida, abra a porta, caso contrário, feche a porta e não deixe eu fazer algo que venha ser nocivo um dia para mim”.

Nós somos previsíveis. Eu sou como você: também não quero errar em minhas escolhas!

Creio que Deus orienta e dirige aos que o buscam e se deixam ser guiados. Muitas vezes, sequer sabemos que o estamos sendo. Creia e busque orientação antes de cada tomada de decisão. Depois... Escolha sem medo!

Como diz o Salmo nº 25:

“Ao homem que confia em Deus, Ele o instruirá no caminho que deve seguir. Este homem viverá em prosperidade... O Senhor confia os seus segredos aos que o temem...”


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Qual a sua escolha? Pepsi ou Coca?

sexta-feira, 11 de março de 2011

CARPE DIEM: DE ERGOMÉTRICA OU BICICLETA?


Conversava hoje com um grande amigo sobre a sua vida ao lado de Jesus. Eu tenho 22 anos de caminhada no Evangelho. Ele, menos de dez anos. Logo que me converti ao Senhor, uma das minhas primeiras ações foi levar aquela indescritível alegria aos meus amigos e pude presentear este meu amigo com uma Bíblia Sagrada. Ela a manteve apenas guardada por vários anos, mas aos 33 de idade ele entregou sua existência a Cristo.

Hoje eu e ele conversamos sobre todo o tempo que ele caminhou com as próprias pernas, sendo dono do seu próprio destino e comparando aquela com esta atual fase da sua vida: dependência total de Deus.

Uma analogia surgiu do assunto: Tanto antes quanto depois da conversão a vida oferece suas demandas e é necessário "pedalar" a existência, esforçar-se para obter qualquer tipo de conquista.

Pedalar! Ao mesmo tempo em que faz bem para o corpo e a mente, mantendo-nos vivos, ativos e produtivos, também cansa, faz transpirar... A vida é assim, muitas vezes este "pedalar" diário nos leva à exaustão. Cansa-nos mesmo. Por vezes dá até vontade de parar e, algumas vezes, até o fazemos, para repor energias.

A diferença entre o "pedalar" com ou sem a figura do Cristo em nossas vidas é que, sem Cristo estamos pedalando uma ergométrica. Existencialmente não saímos do lugar. O esforço é feito, a energia é gasta e tanto alguns benefícios do exercício quanto o cansaço vêem.

Mas quando entregamos a Jesus os desejos e projetos dos nossos corações, tudo muda de figura. Sim, ainda temos que nos esforçar, temos sim que pedalar (e... continua nos cansando) mas a ergométrica é substituída por uma bicicleta de verdade... Assim, saímos do lugar existencial.


Horizontes dantes inimagináveis nos são descortinados. Novas perspectivas, novas matizes: chuva, sol, frio, calor, auroras e crepúsculos se alternam dando cor, sensações, surpresas, riscos e o prazer do pedalar. Livre! É muito mais divertido! Também é muito mais desafiador, posto se pararmos de pedalar, a bicicleta cai! Mas os novos horizontes, a compreensão de mistérios espirituais que o mundo não pode compreender sem o Espírito Santo, as oportunidades e descobertas, a indescritível sensação de enxergar coisas que ninguém do mundo está de fato vendo, são prazeres impagáveis... Não tem mesmo o que pague. Não tem aventura maior ou melhor!

Entregar a vida a Jesus de Nazaré é largar a falsa segurança medíocre da ergométrica. É largar o “osso” da pseudo-segurança baseada em nós mesmos e em nossos pobres mutáveis valores: Uma atitude covarde– perdoem-me por dizer!

Entregar a vida a Jesus é lançar-se louca, frenética e apaixonadamente para a maior aventura da vida, numa bicicleta que nos levará a lugares existenciais jamais imaginados. Descobertas da alma. Do próximo. Da existência e da essencia perdida, tão desejada, mas nos lugares errados buscada.

Como sou completo nesta louca, alucinada, inexplicável e indescritível escolha de vida! Como sou livre! Como morro de dó de quem está preso na escolha medíocre da ergométrica – falsa segurança!


Infelizmente muitos confundem "Cristo" com "religião". Não estou aqui falando de normas, regras, doutrinas criadas por homens... Ou seja, não estou falando de religião.

Infelizmente muitas pregam "religião", "metodismo", estas coisas, quando deveriam pregar apenas Cristo. Como já disse NESTE ARTIGO AQUI: Cristo, sem a maquiagem da religiosidade medieval e moralista, é irresistível!

(Sinto-me hoje livre para externar esta minha opinião, posto tantos sentirem-se livres para opinarem sobre a minha escolha de vida. Entretanto, continuo pedalando e procurando relacionar-me com todos, sem intolerância religiosa - coisa medieval.)

Meu amigo, Paulo, terminou nossa conversa dizendo: “Quanto tempo eu perdi, Luciano. Como me arrependo de não ter me entregue a Jesus antes, e ter vivido há mais tempo nesta qualidade existencial que hoje vivo”.
Como disse o outro Paulo, o apóstolo: "...Foi para a liberdade que Cristo vos libertou..."

Já que é para pedalar, que seja de bicicleta! Curta a paisagem e verdadeiramente Carpe Diem!


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Este filme é uma homenagem ao meu amigo Paulo, protagonista desta reflexão.

E aí? Este guri do filme abaixo foi demitido ou ganhou sua liberdade?

quarta-feira, 2 de março de 2011

FICOU FRUSTRADO? PUTZ!

 

A frustração está para a vida assim como o ar está para o avião: pode levantar ou derrubar, dependendo somente como o piloto se relaciona com ele.
Não há como não se frustrar nesta vida.



Temos que aprender a nos relacionar com a frustração, pois ela sempre nos dará um “olá”!


O contrato não fechado.

O bilhete não premiado.

O milagre não ocorrido.

O rosto não beijado.

O abraço não recebido.

O amor traído...

O curso não concluído.

A vaga de emprego não preenchida.

A oração não atendida...

Nem sempre o sapo virará um príncipe... Talvez a rã se transforme numa bruxa... Frustrações...

Quem é o responsável (aliás, porque não dizer: culpado) por nossas frustrações?

Muitos de nós passamos a vida buscando os culpados. Os culpados por não terem permitido a concretização dos nossos sonhos e a realização dos nossos desejos.

Quem usurpou nossa vitória?


Precisamos procurar os culpados por nossas desgraças; localizar os responsáveis por nossos fracassos. Temos que dar o troco a quem nos frustrou.


A frustração é um sentimento filho da expectativa. Quanto maiores as nossas expectativas, maiores as chances de frustrações. Na direção oposta, quanto menos expectativas tivermos com relação a nós e aos outros, menores nossas chances de nos frustrarmos. Se nos relacionarmos de forma sadia com nossas expectativas, assim como o ar para o avião, poderemos subir. Como voam as suas expectativas?


Não raro criamos grandes expectativas com as pessoas e quando estas não atendem a estas expectativas, nos frustramos e temos a tendência de culpar o outro por nossa frustração. Isto ocorre freqüentemente nos relacionamentos familiares, pessoais e amorosos, nos quais os contratos não são escritos, mas, tão somente, emocionais e nem sempre é dito o que se espero do outro. Contratos passionais.


Lembro-me de um casal de amigos, muito queridos, que desenvolveram uma expectativa comportamental com relação a mim e minha esposa. Após um tempo de amizade, conforme a personalidade e cultura deles, esperavam que nós agíssemos de determinada forma quanto ao nosso relacionamento com eles. Entretanto, nós éramos (somos) nós mesmos e não as pessoas que eles fantasiaram que éramos. Eu e minha esposa temos qualidades, defeitos e características próprias da nossa cultura e valores. Em determinado momento este casal se aborreceu conosco e se afastou de nós, pois não conseguíamos supri-los em suas expectativas com relação a nós. Numa carta nos culparam que não éramos como “deveríamos ser”. Enfim, se frustraram conosco por terem desenvolvido expectativas irreais e, por fim, nos responsabilizaram por não sermos quem eles desejavam que fôssemos. Tornamos-nos algozes da frustração alheia.


Este comportamento é típico nos seres humanos. Não raro fazemos escolhas de vida ou de relacionamentos baseados em expectativas, as quais, não realizadas, geram frustrações, mas não conseguimos enxergar que nós mesmos somos os responsáveis por nossas escolhas e, portanto, pela maioria das nossas frustrações. Não raro culpamos o governo (porque eu votei mal), culpamos o cônjuge (porque eu o escolhi), culpamos o patrão (por eu não ter hombridade para demitir-me), o vizinho (por ter um carro melhor que o meu), a amante do marido (por tê-lo seduzido), o amante da esposa (por ela tê-lo seduzido)... Mas, nunca nós! Nós? Nós somos bons demais! “O inferno é o outro”. Se o sapo não virou príncipe, ou eu escolhi o sapo errado ou simplesmente eu não aprendi ainda a beijar.


Expectativa por vezes é confundida com fé, mas estes sentimentos não se misturam. Fé é certeza! Certeza de que algo irá acontecer. Fé é profunda convicção de coisas que sequer eu vi. A verdadeira fé não erra. Mas expectativa é um sentimento vacilante, posto aguardar algo pelo que não se tem absoluta certeza: Será que meus números serão sorteados? Será que meu cônjuge é fiel? Será que vou, finalmente, passar no concurso? Fé não gera expectativas, mas certezas. Expectativa não gera fé, mas ansiedade, angústia e dúvida.


Jesus nos deu grandes lições de fé, mas nos orientou a abaixarmos as nossas expectativas: “Não andem ansiosos com coisa alguma... Não fiquem ansiosos com o futuro... Deixem para cada dia o seu próprio mal. Viva um dia por vez.”


Quanto maiores as expectativas, maiores as chances de frustrações.

Quanto mais realistas as expectativas com relação aos outros e a si mesmo, maiores as chances de agradáveis surpresas. Pare de buscar culpados por suas escolhas e frustrações.

Quanto maior a fé, maior a esperança, que gera paz, que gera qualidade de vida!


Luciano Maia


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Há outro artigo que publiquei, o qual fala sobre a “mãe da frustração”, que é a EXPECTATIVA. Para ler sobre EXPECTATICAS, CLIQUE AQUI.


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E por falar em expectativas e frustrações, vamos para o Momento Despressurização com estes filmes publicitários sensacionais.

Veja que frustrante...




Neste outro filme, as expectativas não estavam bem sintonizadas. resultado: frustração...




Putz! Que frustrante... Hahahah!




E pra terminar, um comercial de escola de idiomas. Infleizmente só irá rir quem entende bem inglês.