terça-feira, 24 de novembro de 2009

EU SÓ GOSTO DE QUEM GOSTA DE MIM


Quando passei por uma grande dificuldade financeira anos atrás eu pude dividir os meus “amigos” em dois grupos: os que me apoiaram, ajudaram e participaram daquele meu sofrimento e os que ignoraram minhas circunstâncias. Em minha forma muito humana de analisar o fato passado, sigo a tendência social de rotular estes dois grupos: grupo dos bons e grupo dos maus. Ou grupo dos amigos verdadeiros e dos falsos amigos.

Diante de um ser - humano que pensa majoritariamente em si mesmo e em seus interesses, encontrar pessoas que se preocupam com amigos e familiares é coisa rara, grata e até emocionante. Os que ajudam os irmãos, que estão sempre prontas para dar uma “força” aos amigos e preocupa-se com o bem estar dos familiares são celebrados como justos, bons, verdadeiros cristãos... Exemplos a serem seguidos: Filhos de Deus.

Quando me deparo com o discurso de Jesus, me assusto, pois Ele compara estas pessoas, tão melhores que a maioria de nós, a pessoas más. Jesus, no arcabouço de seu raciocínio, nos explica que não existe qualquer vantagem em ajudar as pessoas que amamos. Não existe qualquer mérito em “dar uma mãozinha” ao meu amigo de quem tanto gosto. Ele diz que isto é apenas um pré-requisito para estar vivo, nada mais. Jesus justifica seu comentário dizendo o seguinte: “Os maus também ajudam as pessoas que gostam. Os pecadores também cuidam de sua família. As pessoas de má fama também emprestam dinheiro para quem sabem que receberão a grana de volta.”

Os maus fazem todas estas coisas, assim como nós fazemos, e muitas vezes achamos que nós somos sensacionais... Ao ajudarmos um amigo ou um parente dormimos com a consciência um pouco mais leve, dando uma piscada para Deus e dizendo pra Ele: “Tá vendo? Não sou tão mal assim...”, com uma pontinha de orgulho. Um tipo de vaidade invertida, até massageando o ego. Jesus diz que ajudar quem nos ajuda, ajudou ou que possa nos ajudar, ou ajudar as pessoas que amamos não nos faz melhor que qualquer pessoa má, pois estas, mesmo que movidas por interesses, também fazem igual.

Jesus quebra a lógica das relações humanas. Jesus funda uma nova forma de enxergar a vida. Jesus, sem a pretensão de sê-lo, torna-se um filósofo original ao afirmar: “Faça o bem a quem te faz o mal. Ame quem te odeia. Ajude quem não te ajuda. Não pague o mal que te fazem com o mal, mas pague o mal com o bem”. Jesus emenda: “Caso façam isto, aí sim, poderão ser chamados de Filhos do Deus Altíssimo, pois estarão agindo como Deus, que manda chuva sobre a lavoura dos bons e dos maus e manda o sol para aquecer os bons e os maus, não fazendo distinção de pessoas”.

Se aqueles que se dizem seguidores de Jesus agissem como Ele ensinou, o mundo seria outro.

Temos a escolha de sermos como os maus, ajudando quem nos ajuda, ou sermos como o Pai, que ajuda a todos nesta vida, retribuindo a indiferença e a ingratidão humana com chuvas, calor, saúde e coisas boas, mesmo para aqueles que Dele zombam nesta vida.

Tenho descoberto que não possuo qualquer autoridade para separar as pessoas em grupos de bons e maus, posto, eu mesmo estar mais atuante no grupo dos que são como os maus, que ajudam apenas os amigos, do que no grupo dos bons, que como Deus, ajuda inclusive os inimigos.

(Saiba mais sobre este discurso de Jesus lendo o capítulo sexto do Evangelho segundo São Lucas)
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Uma música muuuuuuuito antiga que fala da amizade.
E saber que amar só quem nos ama é muito pouco...

NÃO É FACIL FAZER ANIVERSÁRIO JUSTO NO NATAL.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ME CONTARAM ALGO SOBRE VOCÊ.



Quando acabava o assunto, um amigo emendava com a seguinte frase: "Já sei! Vamos conversar sobre o melhor assunto que existe: A vida dos outros!". Ríamos muito, já que esta hironia é uma verdade: A vida alheia é assunto que faz a língua coçar, as revistas sobre a vida de celebridades se esgotarem nas bancas e a imprensa rosa nunca entrar no vermelho (cor a qual sua orelha constantemente fica).

O que fez, com quem tem saído, para onde, quando e quanto custou?

Uma coisa é certa: Quem traz notícias da vida alheia para você é a mesma pessoa que leva aos outros notícias sobre a sua vida. Sim! Não tenha dúvida: me contaram algo sobre você! (Mas não se angustie, pois também contaram a você algo meu.

Vida Alheia... Que tema fascinante!

A fofoca, por definição, baseia-se em afirmações sobre fatos não confirmados. Especulações e, por fim, julgamentos velados.

Jesus (sempre Ele...) também nos ensinou algo valioso sobre este tema:

"Não julgue os outras para você não ser julgado por Deus. Não condene os outros, para você não ser condenado por Deus... Porque com a mesma dureza com que você julgar, você também será julgado..."

Assim como a fofoca coça na língua, o desejo de julgar as pessoas também é doce na boca de muitos. Sempre temos opinião para dar sobre alguém. Sempre sabemos o que é "o melhor"  para o filho dos outros e estamos sempre prontos para emitir opiniões que destilam veneno. Tiago, o irmão de Jesus definiu muito bem a língua:

"Fogo consumidor, veneno incontido, capaz de incendiar toda a existência humana..."

Com a língua fofocamos, julgamos e condenamos... Que coisa feia! Aliás, que coisa deliciosamente horrível.

Anaïs Nin nos conta que "nós não vemos as pessoas como elas são, mas como nós somos", portanto, somos incapazes de julgar alguém, já que nosso ponto de vista  está sempre contaminado por questões culturais e pessoais, assim, jamais julgamos imparcialmente, mas, o mais imparcial dos comentários está parcial ou completamente contaminado por opiniões que são reféns do tempo e do espaço, visões incompletas e distorcidas dos fatos, posto qualquer fato ou ato possuir inúmeras facetas, impensáveis para qualquer observador. Somos incapazes de julgar imparcialmente, pois somos fruto do meio e do tempo.

Condenar os atos alheis é um erro ainda mais grosseira, já que todos nós possuímos nossos erros. Jesus livrou uma mulher adúltera do apedrejamento público e a despediu com as seguintes palavras:
"Eu não te condeno... Vá embora mas não repita isto!".

Nós somos um pouco diferentes, em nossas doenças psíquicas e emocionais, nos escondemos de quem somos e exorcizamos nossos demônios interiores por meio da condenação alheia, como se o outro fosse nosso bode-expiatório que, por meio de nossa língua ferina, morre e leva junto o pecado que nos pesa nas costas. 

Os moralistas são grandes julgadores, condenadores até fofoqueiros... O moralista normalmente é uma pessoa doente emocionalmente, que não consegue se relacionar com seus desejos íntimos, e assim, no intúito de não mostrar-se frágil, assume uma postura de juiz da soceidade ou do seu grupo de relacionamento, convertendo-se tanto em Deus, o grande juiz, como em Diabo, o grande condenador, ao mesmo tempo que mantêem latente sua humanidade, de grande fofoqueiro.

Jesus também adverte estas pessoas mostrando para elas o seu fim: Serão julgadas e condenadas com a mesma severidade que usam. Muitos religiosos são moralistas, assim a feiúra da religião acaba afastando pessoas boas da beleza de Crsito. Mas se as pessoas, religiosas ou não, mantiverem postura perdoadora, assim também receberão perdão de Deus. Ou seja, a vida é feita de escolhas: Qual é a sua escolha?

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A vida é feita de escolhas?
Veja este filme publicitário que trata do tema "destino".
A frase final, que aparece em inglês, significa: "Sinto muito destino."
Tire suas próprias conclusões: