segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL PRA MIM !



Natal é tempo de amar. Tempo de compartilhar. Tempo de doar. No Natal as pessoas tendem a ficar mais sensíveis com a dor do próximo. Natal é hora certa para fazer doações, para dar brinquedos velhos, roupas que não mais nos serve. Natal é tempo de desembagulhar a casa. Natal é tempo de lembrar-se dos menos afortunados...


E quando não é Natal? Se não for Natal, portanto, não é tempo de amor e de fraternidade, não é tempo de doações e de bondade. Se não for natal, não é tempo de fazer doações e nem de lembrar-se dos desafortunados.

Em geral, nesta época do ano, quando as pessoas ajudam as outras estão buscando fazer um bem mais para si mesmas do que para os outros. Muitas pessoas fazem suas doações não necessariamente porque amam o próximo, mas porque amam a si mesmas e desejam tirar da consciência toda a culpa de serem bem vividas, bem criadas e afortunadas. Necessitam aplacar a culpa de estarem mais “abençoadas” que muitos.

Dar ao necessitado uma única vez por ano um pouquinho do que está sobrando é uma maneira de dizer a si mesmo: "Veja, eu sou um cara legal!". Uma paradoxal forma de amar a si mesmo, tirando do depósito o que não tem serventia ou tirando da conta corrente o que não fará falta alguma e compulsoriamente tirando das costas qualquer culpa por não ter sido altruísta nos outros onze meses do ano. Muitas vezes ajudamos não para que o outro tenha, mas para que nós tenhamos um sono tranqüilo, com a consciência limpa.

Evangelho é amar o próximo o ano todo e não amar a si mesmo no Natal, ofertando a doação que inconscientemente funciona como um aplacador da própria culpa.

O ser-humano no geral é assim: Ama a si mesmo e ama menos o outro. Assim é a maioria de nós, tanto que Jesus teve que ensinar que devemos amar o outro. Se amássemos o outro naturalmente, não haveria necessidade deste ensino de Jesus, já que, por definição, Deus só nos manda fazer aquilo que, de fato, não fazemos. O mandamento é uma forma de corrigir uma distorção comportamental.

Os Espíritas são mestres em ajudar o próximo. Eu acho isto sensacional. Não ajudam só no Natal, mas o fazem todo o ano. Quem dera todas as religiões assim o fizessem. Mas, no espiritismo, há também um paradoxo essencial que coincide com o queaté  aqui estou dizendo, ou seja: Muitos Espíritas não ajudam o outro necessariamente porque amam o próximo, mas porque amam a si mesmos. Explico: Como na doutrina Espírita para "evoluirmos" temos que ajudar o próximo, os Espíritas ajudam os outros (e são mestres na caridade) porque querem “evoluir”. Querem ser bons para merecerem uma vida melhor na próxima encarnação, ou seja: Estão, na verdade, pensando em si mesmos, no próprio conforto espiritual e desenvolvimento metafísico. Neste caso, o gesto de caridade continua nobre, mas a motivação é egoísta e pobre, pois de fato, este Espírita está ajudando a si mesmo.

Não é assim que Jesus ensina. Jesus orienta a amar o próximo porque Deus o ama. Doar porque Deus nos doa. Fazer ao outro aquilo que queremos que nos façam, não por interesse ou para receber algo em troca ou para barganhar com Deus, ou para dizer a si mesmo que é melhor que os outros, nem para evoluir numa escala espiritual imaginária, nem para "merecer" de Deus alguma coisa ou por uma paradoxal arrogância humilde e muito menos para aplacar a culpa de ser um "abençoado"; mas Jesus ensina que devemos fazer ao outro aquilo que queremos que nos façam e não fazer ao outro o que não queremos receber. Jesus nos ensina a não pagarmos o mal com o mal, mas o mal como bem. Sermos bons simplesmente porque Deus é bom, sem esperar nada em troca. Isto é amor desinteressado.

O amor caridoso deve ser uma marca do nosso comportamento cotidiano. Um estilo de vida mais que um comportamento religioso; uma atitude que deve estar presente em nossas vidas não apenas no Natal, pois assim esta seria uma atitude hipócrita, de uma espiritualidade rasa, barata, interesseira e desprovida de amor.

Não é ruim que o amor caridoso esteja presente em dezembro, mas é melhor quando ele está presente em nossos corações de janeiro a novembro.


---------------------------------------------------

Agora, para descontrair, uma musiquinha de amor que fez muito sucesso este ano: "I´m Yours" de Jason Mraz, executada de uma maneira muito lindinha!!! Divirta-se com este japinha.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CORRUPÇÃO OU HIPOCRISIA ENDÊMICA?




A comoção foi geral com o último “escândalo” brasileiro envolvendo políticos, desta vez, não de políticos de outros estados que são enviados para Brasília, mas com políticos da cidade mesmo. Um relatório de um banco estrangeiro sobre o Brasil disse que aqui a corrupção é endêmica. Na verdade, aqui, endêmica é a hipocrisia.

Entre denúncias de corrupção ativa e passiva comprovadas por meio de filmagens, todos correm tentando comprovar o incomprovável. Desculpar o indesculpável. Argumentar sobre o inargumentável. Em meio a esta lama de panetones, pode até ser que um ou outro esteja entrando de gaiato no pavio, mas todos estão assando suas carreiras em fogo alto.

Uma coisa me chamou muito a atenção: A indignação foi generalizada. Todos se escandalizaram. De fato, eu não entendi a reação. Como se o que estivesse acontecendo fosse algo de novo, inédito, inesperado, desconhecido.

Por aqui já era do conhecimento que o Governador Arruda cobrava 25% de propina sobre as contratações do governo. Incrível como algo que as pessoas sabem tornam-se escandalosas quando vistas em vídeo.

Não há segredos que o governador anterior, Roriz, também se enriqueceu as custas de desvios de verbas públicas. Ou estou contando alguma novidade? Este conseguiu safar-se por meio de amizades bem articuladas no judiciário.

Lula? Claro, quem não sabe? É sabido que o PT criou um sistema capilar que sangrou e continua sangrando o Estado, buscando manter-se no poder e encher os cofres de verbas... Impressiona como que o brasileiro introjetou bem o conceito Malufista que prega que não é ruim quando se rouba, mas se faz. Lula está fazendo!

Corrupção manchou também o governo Collor e inúmeros outros. Qual a grande surpresa do “escândalo” dos panetones nas meias? Arruda tem de sair, claro! Mas... Quem colocar no lugar? Petistas? Rorizistas? Todos têm em comum o fato de serem humanos...

Necessário dizer que na guerra política, quem está fora do poder sempre quer derrubar o governista porque está morrendo de inveja do tanto que o outro está roubando, mas ele está de fora da “mamata”.

E o cidadão?

Quem aceita favores políticos não pode reclamar de políticos corruptos.

Quem aceita presentes de políticos não pode se escandalizar com verbas públicas desviadas.

Cobrador de ônibus dá troco errado propositalmente, não pode reclamar de político, posto se este estivesse lá, faria o que já está fazendo: Roubando o que não é seu.

Dona de casa que compra uma dúzia de laranjas mas coloca 13 unidades na sacola é uma candidata a colocar um milhão a mais no bolso durante a construção de uma escola.

Quem é desonesto no pouco é desonesto no muito.

"Quem é fiel no pouco, será fiel no muito".

A hipocrisia cega da sociedade me assusta, pois enxerga o erro alheio, mas não vê a trave no próprio olho. Jesus nos ensina que antes de falar do erro alheio, devemos nos analisar e ver onde temos errado. Jesus chama de hipócrita quem critica pessoas, governos ou instituições, mas, na calada da noite, faz coisas que ele mesmo reprova quando o sol brilha. Não existe conversão de instituições, existe sim, conversão de indivíduos. Se os indivíduos largarem de seus maus caminhos as instituições às quais estes pertencem, compulsoriamente também se "converterão", já que instituições são feitas por pessoas. É o ser humano que tem que mudar. Jesus já sabia disso, por isso ele pregava às pessoas e não às instituições.

Muitos que reclamam, o fazem de inveja, posto estivessem naquela posição política, fariam o mesmo...

Existem pessoas 100% honestas, as quais serão empresários honestos, políticos honestos, professores honestos e até pastores honestos. Mas, infelizmente, não se trata da maioria das pessoas.

Já foi dito inúmeras vezes que o problema brasileiro não é a corrupção, mas a impunidade, que premia os maus e penaliza os bons... Assim, os hipócritas vão se sucedendo na dança das urnas.


_______________________________________


Sem mudança interior o poder é apenas um instrumento de opressão e busca por vantagens pessoais.
Esta animação foi premiada como o melhor curta-metragem em 1989.
Uma obra de arte da animação que os fala sobre o poder.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

EU SÓ GOSTO DE QUEM GOSTA DE MIM


Quando passei por uma grande dificuldade financeira anos atrás eu pude dividir os meus “amigos” em dois grupos: os que me apoiaram, ajudaram e participaram daquele meu sofrimento e os que ignoraram minhas circunstâncias. Em minha forma muito humana de analisar o fato passado, sigo a tendência social de rotular estes dois grupos: grupo dos bons e grupo dos maus. Ou grupo dos amigos verdadeiros e dos falsos amigos.

Diante de um ser - humano que pensa majoritariamente em si mesmo e em seus interesses, encontrar pessoas que se preocupam com amigos e familiares é coisa rara, grata e até emocionante. Os que ajudam os irmãos, que estão sempre prontas para dar uma “força” aos amigos e preocupa-se com o bem estar dos familiares são celebrados como justos, bons, verdadeiros cristãos... Exemplos a serem seguidos: Filhos de Deus.

Quando me deparo com o discurso de Jesus, me assusto, pois Ele compara estas pessoas, tão melhores que a maioria de nós, a pessoas más. Jesus, no arcabouço de seu raciocínio, nos explica que não existe qualquer vantagem em ajudar as pessoas que amamos. Não existe qualquer mérito em “dar uma mãozinha” ao meu amigo de quem tanto gosto. Ele diz que isto é apenas um pré-requisito para estar vivo, nada mais. Jesus justifica seu comentário dizendo o seguinte: “Os maus também ajudam as pessoas que gostam. Os pecadores também cuidam de sua família. As pessoas de má fama também emprestam dinheiro para quem sabem que receberão a grana de volta.”

Os maus fazem todas estas coisas, assim como nós fazemos, e muitas vezes achamos que nós somos sensacionais... Ao ajudarmos um amigo ou um parente dormimos com a consciência um pouco mais leve, dando uma piscada para Deus e dizendo pra Ele: “Tá vendo? Não sou tão mal assim...”, com uma pontinha de orgulho. Um tipo de vaidade invertida, até massageando o ego. Jesus diz que ajudar quem nos ajuda, ajudou ou que possa nos ajudar, ou ajudar as pessoas que amamos não nos faz melhor que qualquer pessoa má, pois estas, mesmo que movidas por interesses, também fazem igual.

Jesus quebra a lógica das relações humanas. Jesus funda uma nova forma de enxergar a vida. Jesus, sem a pretensão de sê-lo, torna-se um filósofo original ao afirmar: “Faça o bem a quem te faz o mal. Ame quem te odeia. Ajude quem não te ajuda. Não pague o mal que te fazem com o mal, mas pague o mal com o bem”. Jesus emenda: “Caso façam isto, aí sim, poderão ser chamados de Filhos do Deus Altíssimo, pois estarão agindo como Deus, que manda chuva sobre a lavoura dos bons e dos maus e manda o sol para aquecer os bons e os maus, não fazendo distinção de pessoas”.

Se aqueles que se dizem seguidores de Jesus agissem como Ele ensinou, o mundo seria outro.

Temos a escolha de sermos como os maus, ajudando quem nos ajuda, ou sermos como o Pai, que ajuda a todos nesta vida, retribuindo a indiferença e a ingratidão humana com chuvas, calor, saúde e coisas boas, mesmo para aqueles que Dele zombam nesta vida.

Tenho descoberto que não possuo qualquer autoridade para separar as pessoas em grupos de bons e maus, posto, eu mesmo estar mais atuante no grupo dos que são como os maus, que ajudam apenas os amigos, do que no grupo dos bons, que como Deus, ajuda inclusive os inimigos.

(Saiba mais sobre este discurso de Jesus lendo o capítulo sexto do Evangelho segundo São Lucas)
______________________________________________________

Uma música muuuuuuuito antiga que fala da amizade.
E saber que amar só quem nos ama é muito pouco...

NÃO É FACIL FAZER ANIVERSÁRIO JUSTO NO NATAL.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ME CONTARAM ALGO SOBRE VOCÊ.



Quando acabava o assunto, um amigo emendava com a seguinte frase: "Já sei! Vamos conversar sobre o melhor assunto que existe: A vida dos outros!". Ríamos muito, já que esta hironia é uma verdade: A vida alheia é assunto que faz a língua coçar, as revistas sobre a vida de celebridades se esgotarem nas bancas e a imprensa rosa nunca entrar no vermelho (cor a qual sua orelha constantemente fica).

O que fez, com quem tem saído, para onde, quando e quanto custou?

Uma coisa é certa: Quem traz notícias da vida alheia para você é a mesma pessoa que leva aos outros notícias sobre a sua vida. Sim! Não tenha dúvida: me contaram algo sobre você! (Mas não se angustie, pois também contaram a você algo meu.

Vida Alheia... Que tema fascinante!

A fofoca, por definição, baseia-se em afirmações sobre fatos não confirmados. Especulações e, por fim, julgamentos velados.

Jesus (sempre Ele...) também nos ensinou algo valioso sobre este tema:

"Não julgue os outras para você não ser julgado por Deus. Não condene os outros, para você não ser condenado por Deus... Porque com a mesma dureza com que você julgar, você também será julgado..."

Assim como a fofoca coça na língua, o desejo de julgar as pessoas também é doce na boca de muitos. Sempre temos opinião para dar sobre alguém. Sempre sabemos o que é "o melhor"  para o filho dos outros e estamos sempre prontos para emitir opiniões que destilam veneno. Tiago, o irmão de Jesus definiu muito bem a língua:

"Fogo consumidor, veneno incontido, capaz de incendiar toda a existência humana..."

Com a língua fofocamos, julgamos e condenamos... Que coisa feia! Aliás, que coisa deliciosamente horrível.

Anaïs Nin nos conta que "nós não vemos as pessoas como elas são, mas como nós somos", portanto, somos incapazes de julgar alguém, já que nosso ponto de vista  está sempre contaminado por questões culturais e pessoais, assim, jamais julgamos imparcialmente, mas, o mais imparcial dos comentários está parcial ou completamente contaminado por opiniões que são reféns do tempo e do espaço, visões incompletas e distorcidas dos fatos, posto qualquer fato ou ato possuir inúmeras facetas, impensáveis para qualquer observador. Somos incapazes de julgar imparcialmente, pois somos fruto do meio e do tempo.

Condenar os atos alheis é um erro ainda mais grosseira, já que todos nós possuímos nossos erros. Jesus livrou uma mulher adúltera do apedrejamento público e a despediu com as seguintes palavras:
"Eu não te condeno... Vá embora mas não repita isto!".

Nós somos um pouco diferentes, em nossas doenças psíquicas e emocionais, nos escondemos de quem somos e exorcizamos nossos demônios interiores por meio da condenação alheia, como se o outro fosse nosso bode-expiatório que, por meio de nossa língua ferina, morre e leva junto o pecado que nos pesa nas costas. 

Os moralistas são grandes julgadores, condenadores até fofoqueiros... O moralista normalmente é uma pessoa doente emocionalmente, que não consegue se relacionar com seus desejos íntimos, e assim, no intúito de não mostrar-se frágil, assume uma postura de juiz da soceidade ou do seu grupo de relacionamento, convertendo-se tanto em Deus, o grande juiz, como em Diabo, o grande condenador, ao mesmo tempo que mantêem latente sua humanidade, de grande fofoqueiro.

Jesus também adverte estas pessoas mostrando para elas o seu fim: Serão julgadas e condenadas com a mesma severidade que usam. Muitos religiosos são moralistas, assim a feiúra da religião acaba afastando pessoas boas da beleza de Crsito. Mas se as pessoas, religiosas ou não, mantiverem postura perdoadora, assim também receberão perdão de Deus. Ou seja, a vida é feita de escolhas: Qual é a sua escolha?

------------------------------------------------

A vida é feita de escolhas?
Veja este filme publicitário que trata do tema "destino".
A frase final, que aparece em inglês, significa: "Sinto muito destino."
Tire suas próprias conclusões:

sábado, 24 de outubro de 2009

VOCÊ POSSUI ALGUM AMIGO DE VERDADE ?

Algumas semanas atrás deparei-me com um dos mais deliciosos e-mails que já recebi.

Num casamento, no qual fui o celebrante, já na hora da recepção, Simone e eu compartilhamos a mesa com um casal desconhecido. Batemos um papo agradável, houve grande afinidade, trocamos e-mail com promessas de nos vermos novamente em breve. Mandei a eles, por e-mail, um dos meus textos, como agradecimento pela ótima companhia e recebi de volta uma mensagem muita carinhosa, na qual uma frase me chamou muita atenção: “Vocês serão os nossos mais novos amigos de infância”. Se antes já havia me simpatizado com o casal, depois, com esta frase, me entreguei sem reservas...

Ontem fizemos uma visita a eles. Nos receberam com um delicioso jantar e foram anfitriões impecáveis, mas, o melhor de tudo foi que, eu e Simone, nos sentimos amados. Esta é uma necessidade essencial do ser-humano: Precisamos pertencer.

Muito mais que “possuir”, “pertencer” é uma necessidade que completa nossa psique. Precisamos pertencer a um grupo social, um grupo profissional, um grupo familiar... Queremos pertencer a um país e a uma pessoa. Desejamos pertencer a Deus, mesmo que não suspeitemos disto. Não suportamos a sensação de ser uma ilha, isolada no vazio existencial.

Sem entender esta necessidade de pertencer, muitos tentam aplacar o vazio existencial da forma errada: buscando “possuir”. Pensam que serão felizes se possuírem um carro, uma casa linda, filhos, se possuírem o mais cobiçado dos empregos, o endereço da moda, se possuírem um namorado, uma amante gostosa e se possuírem amigos. Sim, alguns pensam em possuir pessoas.

Há inclusive alguns religiosos que até querem possuir um Deus. Deus exclusivo, que satisfaça todos caprichos e desejos. Um Deus a quem possam “ordenar” isto ou aquilo, transformando-se em deuses do próprio Deus. Um Deus a quem possam manipular por meio do “bom comportamento”, crendo por isso serem merecedores de algo mais. Um paradoxo herético, posto a Deus ninguém controlar, mas a Ele estarmos submissos.

Na amizade é assim: NÃO POSSUÍMOS AMIGOS, mas por eles somos possuídos. Aquele que pensa que controla as pessoas e circunstâncias é uma alma duplamente penada, já que quere possuir para preencher um traumático vazio existencial, ao mesmo tempo em que, nas voltas que a vida dá, as supostas amizades-possessões, podem simplesmente desaparecer por decisões próprias ou circunstanciais. Quem pensa possuir alguém é quem menos tem, já que de fato, a ninguém verdadeiramente possui, de ninguém deseja ser propriedade e ninguém a deseja possuir.

Assim, amizade é um exercício de entrega e não de posse.

A amizade é quando damos, sem esperar em troca.
Amizade é doação sem exigências ou expectativas, caso contrário não é amizade, mas negócio. Negócio existencial no qual busca-se vantagens por meio da posse do que o outro é, possui ou pode oferecer como lucro ou vantagem. Assim, amo, de fato, a mim mesmo e não ao outro.

As mais profundas amizades surgem na infância, quando não há interesses outros, se não apenas o de estar junto. Na vida adulta, nem sempre é assim, posto que, por vezes, “selecionamos” quem queremos estar junto, buscando satisfazer uma necessidade, fantasia ou desejo egoísta. Queremos pessoas que nos acrescentem algo, mas nem sempre estamos dispostos a nos doar. Numa busca desenfreada por preencher um vazio existencial, nos perdemos nas relações, deixando passar oportunidades de relacionamentos profícuos, por estarmos em busca de fantasias fugazes.

Amizade verdadeira é doação e aceitação do outro, com suas limitações e mazelas, desejando contribuir apenas, sem esperar qualquer retorno. Um ato de amor. Relações baseados em interesses são frágeis e se partem facilmente, basta que as expectativas não sejam atendidas.

A pergunta que quero deixar é a seguinte: Você se considera amigo de Deus? Pare e pense nisso.

Quando saímos da casa de nossos “mais novos amigos de infância”, já eram quase três horas da matina e nem vimos o tempo passar. Eu até ficaria mais... com os meus mais novos proprietários.

Amor sempre!

______________________________________________

Já que estamos falando de amizade, veja neste bem-humorado filme da Pepsi do que os amigos são capazes de fazer para ajudar outro a arrumar uma vaga de emprego... Hahahahaha!



JESUS E OS 12 APÓSTROFOS


sábado, 17 de outubro de 2009

JÓ É DEZ!


A vida de Jó sempre me fascinou.
Existem muitos aspectos de sua existência que podem ser analisadas e discutidas, mas tem uma coisa que me chama muito a atenção: Porque o justo sofre?
Nos é contado que Jó era o cara mais temente ao Senhor em toda a face da terra! Uau!!! Mereceria o Oscar de Melhor Bonzão! Ou o Nobel da Bondade Eterna!

Jó é descrito como um cara próspero, rico mesmo, mas que não punha o seu coração nas riquezas. Um cara que se preocupa com a família. Orava e fazia sacrifícios pela família, ajudava os necessitados, se afastava do mal e tudo o mais que todos nós gostaríamos de ser e de fazer mas que não somos e nem fazemos. Jó era o “orgulho” de Deus!

Mas Jó perde tudo, todos os bens, todos os filhos, todos os empregados. Fica pobre porque Deus deixa Satanás tocar o terror na vida dele. Tudo o que Jó disse para a vida foi o seguinte: “Eu vim pelado a este mundo... Vou voltar pelado de onde eu vim. Deus me deu as coisas, Deus me tirou. Louvado seja Deus”

Finalmente, perde também a esposa e a saúde e vira um escândalo público: “Coitado do cara...”, alguns diziam. Outros ainda:
“_Há! Mereceu! Sempre achei ele um cara metido”;
“_Nossa, Deus é justo, porque este Jó era muito chato”;
“_Aposto que Ele é um pecador e está colhendo os frutos dos seus erros: Lei da ação e reação... ”; “_Deus é justo. Tem pecado aí”;
“_Agora ele está tomando uma lição da vida. Bem feito”;

Nossa... quantos “amigos” Jó tinha!

O ser - humano tem disto, muitas vezes nos alegramos com nossas vitórias, mas muitas outras nos alegramos com as derrotas alheias, sentimento fruto da maldade humana. A inveja é mesmo uma m...

O que foi que Jó realmente fez para merecer o seu infortúnio? A estória nos conta que nada, além de ser muito bom! Se Jó não fosse lá tão bom assim, Deus não o perturbaria, mas não deixaria que o mal o tocasse. Mas... Jó era bom. Um homem bom e Deus sabia que Jó, mesmo ante os infortúnios da vida, jamais O negaria, ao contrário, Jó não amaldiçoaria Deus jamais, posto seu coração não estar nas coisas, mas em Deus.

Para Jó o que importava era ter Deus no coração e não dinheiro em conta corrente ou saúde para dar e para vender na promoção. Satanás acusou Jó de somente amar Deus em razão da boa vida que ele tinha. Deus pagou pra ver: “Satanás, pode tocar na vida dele á vontade. Você vai ver que o coração de Jó, Satanás, não está nas coisas que a vida concedeu de bom a ele, mas o coração Dele está no que é eterno”. Sim, Jô amava deus acima de todas as coisas.

A estória nos conta que Jó sofreu muito e morreu sem entender o que havia acontecido na vida dele, mas, mesmo sem respostas, jamais negou Deus.

Teve um período da minha vida em que me sobreveio doença e infortúnio, não como Jó, mas num grau muito inferior ao sofrimento deste personagem. Lembro-me que eu me perguntava porque Deus estava permitindo aqueles acontecimentos... Nunca obtive respostas claras de Deus. Contudo, muitas pessoas tinham suas opiniões claras sobre o meu caso, mesmo que díspares entre si. Até hoje não tenho respostas claras, apenas pistas. Uma coisa sei, um dos resultados foi o fato de Deus ter me tornado um pastor. Deus faz costuras que nem suspeitamos. Se este foi o único objetivo, creio que tenha valido a pena.

E meio ao meu sofrimento, lembrava de Jó e pensava: Se minha vida a Deus pertence, que Ele faça dela o que achar melhor.

Não vale à pena reclamar da vida.

No final da vida, Jó diz o seguinte a Deus: “Antes eu conhecia você de ouvir falar, mas agora de andar com você”. Vamos voltar à pergunta inicial: Porque o justo sofre? As razões podem ser muitas, mas a dor amolece o nosso coração e sempre nos transforma numa pessoa melhor e mais humana, mais sensível ao sofrimento alheio e menos arrogante.

Eu tenho muito ainda o que aprender, mas uma coisa eu sei: Deus é soberano sobre todos os acontecimentos da nossa vida e o que quer que ainda me aconteça nesta vida, somente me transformará numa pessoa menos pior.

_____________________________________

Por falar em sofriemento, o serviço militar já foi sinônimo de sofrimento para muita gente. Eu mesmo me lembro do terror que foi pra mim conseguir uma "dispensa" há 23 anos atrás.

Para quem acha o serviço militar um sofrimento, lá vai um vídeo bem engraçado!


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009


PROMOÇÃO: PAGUE HOJE E SEJA SALVO AMANHÃ! QUER ESTA RAPIDINHA?


Ensaio falar sobre este incômodo tema há bastante tempo, mas, jamais quis emitir juízo de valores sobre religião. Mas, está demais! Como está, nã dá! Foram longe demais...

Não é possível manter-me calado ante esta orgia profana que tem sido a comercialização da fé, a venda da salvação, o escambo do sacro. Prostituição eclesiástica!

Não é possível manter-me calado e assim pecar por omissão.

Não, gente, a salvação não custa absolutamente nada.
As bênçãos de Deus não nos custam nada, posto Deus nos abençoar não pelo que nós somos, mas pelo que Ele é.

Não: não precisa pagar por orações. Pagar por bênção. Fazer um “sacrifício” financeiro, dando dinheiro para gatunos inescrupulosos.

Deus não se compra nem pode ser posto à venda. Fujam, fujam, fujam! Fuja de qualquer doutrina que pregue o sacrifício humano como princípio da Graça. Creia apenas no que o Evangelho diz, ou seja, que Jesus já fez um sacrifício único e suficiente. Você não precisa sacrificar-se.

Não aceite estas doutrinas sacrificiais do Antigo Testamento, período anterior à Graça de Cristo. Não aceite doutrinas baseadas em versículos do AntigoTestamento, lei para Judeus e não para Cristãos.

Não acredite em fábulas medievais: Pedacinhos de cruz de Cristo, Pena da pomba do Espírito Santo, Espinho da coroa de Cristo, Água do Jordão, Areia da Galiléia, Sal grosso sabe-se lá de onde....

Lembre-se: a prática mística que tenta mover o “sagrado” chama-se “magia”. Assim, feitiçaria, macumba, quimbanda, voo-doo e magias em geral caracterizam-se por ser um estilo de espiritualidade na qual algum “deus” ou entidade espiritual está sujeito ao homem e o homem move o “deus” fazendo ou deixando de fazer algo. Se não faz determinada oferenda, recebe uma penalização. Se faz determinada oferenda ou ritual, o divino sente-se obrigado a retribuir. Isto é Magia.

Portanto, dizer que esta ou aquela “oferta em dinheiro” vai obrigar Deus a fazer algo é uma prática chamada macumba, feitiçaria... Que desastre eu estou vendo.

Fuja! Mas, fuja correndo quando você ouvir alguém dizendo que Deus somente irá abençoá-lo “se” você doar R$ 900,00. Isto se chama feitiçaria.

Deus abençoa por que é Deus, não porque Ele é servo de oferendas financeiras ou de qualquer espécie. Eu não tenho dúvidas que muitas pessoas recebem suas bênçãos e graças em lugares onde a fé é comercializada, mas a recebem não porque pagam, mas porque Deus é bom e vê na ignorância do povo mais uma razão para ter misericóridia. É Deus que (vendo o desespero e a fé do povo explorado) tem compaixão e os abençoa, porque Deus é bom, mas não porque Deus exija algo em troca (muito menos grana!).

Deus não quer o seu dinheiro, mas a sua vida.

As ofertas para a casa de Deus devem ser devolvidas porque amamos Deus, não por medo de algum castigo. O constrangimento que deve nos levar a devolver parte do que Deus nos tem dado é porque Ele tem nos dado mais que necessitamos e somos gratos por isso.

Dízimo é doutrina do Antigo testamento. No Novo testamento não existe a doutrina judaica do dízimo. No Novo testamento, dízimo sequer é citado, sabia? Quando alguém fala de dízimo, obrigatoriamente deixa de lado a Nova Aliança e volta-se para a Antiga Aliança, já que este tema é exclusivamente tratado no Antigo, mas jamais citado no Novo, o testamento da Graça. Não há versículo algum sobre a prática do dízimo no Novo Testamento. Particularmente, sou dizmista não porque a Bíblia manda, mas porque amo a Obra de Deus.

Se nossas igrejas adotam prática do dízimo é justamente por isso mesmo, por ser mais “prático”, pois, na verdade, a doutrina dos Evangelhos não é a do dízimo, mas outra, conforme diz o apóstolo Paulo:

'Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria' 2 Co 9.7
Fique com a Graça de Cristo. Fique com a Nova e não com a Antiga Aliança.

Inaceitável a comercialização da fé! Prostituição eclesiástica!


Recuso-me agora a ficar calado, mas digo a você: Fuja da comercialização da sua fé!

Fuja de qualquer um que pregue um evangelho onde a bênção vem por meio da grana ou a grana seja sinônimo de bênção. Onde a salvação vem por meio da roupa, onde a Graça de Deus vem, ironicamente, por meio da Lei, dos costumes e dos ritos doutrinários.

Sim, fuja disto tudo e corra em direção a Jesus de Nazaré, que a tudo isto abomina.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ACONSELHAMENTO PASTORAL - CONTINUAÇÃO.


Aqui está a réplica. Quem não lei a primeiracarta desta pessoa,pode nã entender muito,portanto, sugiro que ntes de ler acarta abaixo, primeiro você leia a primeira carta, que está AQUI.


"Bem, como eu sou "aquela" pessoa, acho que devo a todos um follow-up sobre os passos da minha alma! Eu conheco o Pastor Maia a anos, e o Senhor sempre tem muitas razoes pra cada um de nos estarmos nesse mundo. Certamente uma das razoes pelo Pastor Maia estar por aqui eh pra ser usado como instrumento na minha vida corrigindo meu curso pra me levar e manter no caminho estreito do Senhor. Como isso nao quero encher a bola do pastor nao. Como isso quero apenas afirmar um principio basico, fundamental, sem o qual a vida nao eh possivel. Por ser um principio tao basico, esta obviamente varias vezes estampado na biblia: nao eh possivel caminhar sozinho!! Nao da certo, nunca! Deus nos fez gragarios, pra viver em comunidade, idealmente numa comunidade que o exalta.
Nao eh possivel viver em comunhao com Deus sem amigos e irmaos em Cristo, porque quando a gente cai, e qualquer um pode cair a qualquer momento, nem sempre conseguimos levantar sozinhos. Amigos e irmaos em Cristo na nossa vida possuem um proposito basico divino: eles nos "catam", amparam e seguram na continuacao da caminhada. Eu nao lembro mais em que olimpiada uma atleta caiu durante uma corrida, completamente exausta, e uma que tambem participava da prova parou seu curso, lavantou a coitada que se arrastava no chao, passou seu braco nela e a puxou adiante. Essa imagem eh ainda uma das mais fortes que guardo na minha cabecao. Ou quem conheceo o filme de animacao CARS, sabe como Lightening McQueen decide sair da pista e sacrificar o primeiro lugar pra buscar o Mr. King, que foi empurrado pra fora pelo vilao Chick, ate a linha de chegada. Pois eh amigos, Deus nos fez assim: sozinhos eh duro.
Precisamos desesperadamente de comunhao com irmaos em Cristo pra chegarmos na linha final. E eh fato de que ha algumas pessoas mais suceptiveis a cair. Ou cair no pecado, ou na depressao. Eu sou uma delas. Enquanto isso, ha outras mais suceptiveis a ter bracos fortes pra carregar quem cai. Gracas a Deus!! Entao, esta foi minha ultima licao: nao ficar so, buscar comunhao.
No meu caso concreto, eu abandonei sim a comunha com irmaos em Cristo. Moro num lugar maravilhoso, mas meio esteril pra se achar a "minha" igreja. Ha anos busco "A" igreja", "OS" cristaos com quem interagir. Mas sempre achei dificil. Ou a igreja era liberal demais, ou conservadora demais, ou simples demais. Ou as pessoas caretas demais, ou superficiais demais, e principamente intelectuais de menos!! Ai, o que o apostolo Paulo me diria agora com tanto orgulho????? E assim eu fui tentando por anos a fio levar a vida sozinha, indo nesta igreja, encontrado defeito, indo na outra, encontrando defeito, mais uma, encontrando mais defeito. E os irmaos, defeito, defeito, defeito. E isso, arrastando a familia atras. Triste, ne?
Andar sozinha nao da certo. Deus nos manda viver em comunhao, andar em comunhao. Eh simples. Ele comanda assim. Entao temos que fazer assim! A coisas que sao, simplesmente sao e defem ser seguidas. Aqui nao ha discussao, ponderacao. Aqui eh, Simples! Eh bem verdade que as os gostos, as musicas, os livros, as roupas, os hobbies, os assuntos, entre os irmao cristaos sao muitas vezes taaaao diferentes! Eu partucularmente costumo sempre achar que os meus sao geralmente mais interessantes do que os dois outros... Porem, aih vem o proposito de andar junto: qual eh a nossa prioridade como cristaos? Onde esta nosso coracao como cristoas? Pois eh... o endereco das nossas prioridades e coracao como cristaos eh um so: Cristo.
Cristo independe de gosto, design, cor, marca... Ele eh simplesmente Ele mesmo, e por isso nao ha mais desculpa pra impossibilidade de uma comunhao em Cristo. O Senhor usou meus ultimos anos e permitiu mesmo que eu chegasse bem nos ultimos degraus da escada que leva ao fundo do poSSo. Pra que? Pra me mostrar que o curso, a estrada que leva a Ele eh COM Ele, e com seus filhos. E so seus filhos podem me carregar nesse caminho. Toda a minha agenda repleta de amigos eh linda e excelente pra cinemas, jantares, operas, etc, etc. Mas sao meus irmaos em Cristo, e so eles, que podem me manter reta, pra que eu va ao cinema com o coracao leve e ame o filme com meus amigos do mundo. Meio complexo, eu sei.
Minha filha so funciona sob pressao. Ela herdou isso de mim. Parece que eu so funciono com meus irmaos cristao me dando uma pressao daquela tipo pe-na-b., me chamando atencao de que existe um amor enexoravel pra eu viver, que existe uma razao, um proposito: simplesmente Deus. Deus eh a meta. Deus ja usou o pastor mais e sua esposa muitas e muitas vezes na minha vida. Sempre do mesminho jeito.
Quando eu me perco na estrada, la veem os dois. Recentemente usou outro irmao pra me mostrar que eu poderia em breve atingir o ultimo degrau rumo ao fundo do poSSo, e de novo veio o pastor Maia pra me puxar pela mao.Dessa vez, eu espero ter entendido claramente: eu nao posso abandonar a comunhao com irmaos em Cristo. Eu me desesperei em constatar o tempo perdido e as dores sofridas por ter abandonado o barco. Saih correndo a busca de pessoas que eu cohehco bem: elas tem outros gostos e preferencias no mundo, mas a prioridade em Cristo eh a mesma porque ha so uma. Nas ultimas semanas, com os bracos do pastor Maia e de uma amiga missionaria me puxando, eu recuperei a compreensao mais basica: lucidez e disciplina. Com comunhao e oracao.
E por isso escrevi, escrevi, escrevi, e nem mencionei Satanas! Porque eh basico: onde ha comnhao, amor e disciplina em Cristo, fica bem dificil pra esse inimigo! Eu acho que esse novo momento nao eh so uma fase, porque tem a ver com um aprendizado. O que apreendi:*Comunidade, comunhao com cristaos. Buscar cristaos, pois Deus nos vez pra andar juntos, um carregando o outro;*Na comunidade dos cristaos ha sempre um irmao pronto pra puxar nossa mao e tirar a gente do poSSo. Nao ha razao pra gente sentar e esperar um milagre cair do ceu. Deus nos prove com o milagre andando ao nosso lado, pronto pra carregar a gente quando a gente abre a boca e deixa que os irmao saibam que a gente precisa;*Disciplina: a teoria eh a mais conhecida, porem a praxis deixa quase sempre a desejar. Dsiciplina em orar, orar, orar, orar, orar.
Em ingles ha o adagio sobre oracao: "a time, the first time, an ealy time" - em portugues seria "um momento, o primeiro momento, logo cedo". Eu fui anos a fio muito liberal sobre isso. Comigo, pelo menos nao deu certo. Ha duas semanas, o desepero me fez seguir isso como regra irrefutavel. Eu oro agora pra que Deus continue me tirando da cama ate o fim dos meus dias, por o efeito em mim eh impressionante. Em ingles ha outro adagio sobre oracao: "something is better than nothing and always aim for more" - "um pouco eh melhor que nada, mas sempre almeje muito mais".
Pra finalizar, quero que voces entendam a profundidade do meu problema, comum a natureza humana e pecadora: eu amo o Senhor Jesus com todo o meu ser. Sempre falei aos meus filhos "eu amo voces, mas Deus os ama muito mais que eu; eu amo muito muito voces, mas amo mais a Deus; me amem, mas amem mais a Deus". Eu amo a palavra de Deus.
Em momentos quando nao me deleito nela pelo conforto espiritual, a devoro epla mera beleza historica, poetica e filosofica. A palavra de Deus sempre foi tudo pra mim desde o momento da minha conversao, a proposito instrumentalizada pelo pasto Maia e sua esposa! Sendo assim, porque esse espirito de doe e depressao que sempre me oprime? A resposta eh simples, dada por Tiago em 1: 22-25"Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e nao somente ouvintes, enganando-vos a vos mesmos. Porque, se alguem eh ouvinte da palavra e nao praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se comtempla, e se retira, e para logo se esquece de como era sua aparencia. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, nao sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse sera bem-aventurado no que realizar".Entendam: eu passei sim anos lendo e conhecendo profundamente a palavra so com o intelecto.
Conhecer com o intelecto eh sim muito util e importante, mas so assim me fez descer num poSSo espelhado e solitario... Oracao, comunhao com irmaos em Cristo e nao englolir a solidao sozinha, porque essa solidao pode ser dividida com alguem e virar companhia. Me bastou gritar por ajuda. Em Deus, sempre basta. Ele eh cheio de filhos que o servem.
Temos na nossa sala um maravilhoso piano de cauda. Era da madrinha do meu filho, uma ex-pianista de concerto, que ha 20 anos adoeceu de alzheimer e abandonou a carreira. Durante todo esse tempo, o piano so ficava la na sala dela, e ha 6 anos foi transferido pra nossa sala. 20 anos de abandono e falta de afino. Imaginem! 20 anos de falta de afino. Eu sempre planejei chamar um afinador, mas pensavamos que ficaria carissimo, ou esperavamos que as criancas finalmente comecassem as aulas de piano, quando seria entao importante um som puro. Minha filha de 8 anos foi admitida ante-ontem na escola de musica pra um fantastico curso chamado carrossel musical com piano, clarineta, viola e citara. Comeca na proxima semana. Entao tive que agir rapido e encomendar urgente um afinador aqui em casa. Na pressa e desespero pensamos que seria caro mesmo, mas era necessario. Liguei pra um grande e renomado afinador e expliquei o estado do tal piano. Ele foi fazendo outras perguntas do tipo "eh mecanica vienense ou inglesa; se ve ferrugem nas cordas; qual marca", e essa foi sua ultima pergunta. Quando eu respondi Hofmann, percebi uma reacao abrupta dele e a resposta veio mais acelerada do que o tom ate entao "estou na cidade hoje e assim que terminar o que estou fazendo ligo pra senhora e vou imediatamente a sua casa". As 4:30 da tarde ele chegou aqui ontem. Chegou na sala e eu notei que os olhos dele brilharam. Ele comecou a desmontar o pianao, e como eh de cauda, de concerto, foi ocupando todo nosso chao. Nas 5 horas que ele ficou aqui, limpou, soprou, martelou concertou, e comecou a afinar. Afinava um pouco e tocava algo, as vezes um concerto de Bethoven, as vezes um noturno de Chopin, Bach quase sempre. Meu marido que estava no quarto ao lado da sala me contou depois que o afinador falava consigo mesmo "como deixam um piano desse decair assim!; como eh possivel um piano destes ser esquecido assim!" Entre os varios cafes, bolos, agua e o jantar que eu levei na sala pra esse ilustre afinador, ele manifestava seu entusiasmo em recuperar essa joia. Depois que ele terminou, veio ate a cozinha, onde estavamos, e nos disse que apesar de ja dar pra "ser tocado", ainda esta longe de poder tocar do jeito que uma mecanica meio-inglesa Hofmann pode oferecer. Nas proximas vezes que ele estiver na cidade ele sempre passara aqui pra ir continuando a afinacao, e pede que tragamos em casa todos os nossos amigos pianistas profissionais pra que eles nos comuniquem suas impressoes". Nos explicou tambem que este piano deve ter por volta de 80 anos, e que a marca nao existe mais, mas que enquanto existiu foi certamente uma das melhores do mundo.
Reconhecem o paralelo????
E como pra Deus nao ha coincidencia... Se alguem se identificar com minha carta ao pastor Maia, por favor acreditem que na fabrica de pianos do Senhor, somos todos Hofmann ou Bosendoerfer, e Deus tem muitos afinadores no seu caminho. Se alguem estiver desafinado como eu, telefonem pro afinador, chamem os pianistas pra tocarem o piano. Aos poucos chegaremos ao que uma mecanica meio-inglesa Hofmman pode oferecer, mas so com o empenho e amor do afinador e apreciacao dos pianistas, que servem ao dono da fabrica de pianos. Deixar o piano parado na sala eh inutil, e a poeira do inimigo toma conta. Temos que agir, chamar ajuda. Eu nao quero deixar que o inimigo em suas diferentes formas e disfarce roube meus sonhos.
Eu sonho soar maravilhosamente ao tocar Satie. E eu acredito nisso agora porque finalmente apreendi a licao: nao me abandonar na crenca de que assim posso ainda andar no caminho de Deus. Obrigada pastor Maia e gracas a Deus. "

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

QUE TAL CAMINHAR ASSIM ?




Escrita por Regina Brett, colunista do jornal The Plain Dealer da cidade de Cleveland, Ohio, a lista foi criada em 2006 quando ela completou 50 anos de idade.


1. A vida não é justa, mas ainda assim é boa.




2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.



3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.



4.Não se leve tão à sério. Ninguém mais leva....



5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.



6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde em discordar.



7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.



8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.



9. Poupe para aposentadoria começando com seu primeiro salário.



10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.



11. Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente.



12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.



13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não faz idéia do que se trata a jornada deles.



14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.



15. Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.



16. A vida é muito curta para ficar sentindo pena de si mesmo. Ocupe-se em viver, ou ocupe-se em morrer.



17. Você pode passar por qualquer problema se realmente tiver força de vontade.



18. Um escritor escreve. Se quer ser um escritor, escreva. Isto serve para qualquer carreira.


19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.



20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.



21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.



22. Se prepare bastante, depois se deixe levar pela maré.



23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.



24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.



25. Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.



26. Encare todo "desastre" em sua vida com essas palavras: "Em cinco anos, isso vai importar?"



27. Sempre escolha a vida.



28. Perdoe tudo de todos.



29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.



30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao Tempo.



31. Independentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.



32. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.



33. Acredite em milagres.



34. Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo o que você fez ou deixou de fazer.



35. O que não te mata, realmente te faz mais forte.



36. Envelhecer é melhor do que a alternativa: morrer jovem.



37. Seus filhos só têm uma infância. Faça com que ela seja memorável.



38. Leia os Salmos. Eles falam de todas as emoções humanas. Mesmo que você não goste ou não entenda, leia-os pelo menos uma vez na sua vida.



39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares



40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.



41. Não fique tentando entender ou explicar sua vida, apenas viva e faça o melhor possível.



42. Livre-se de todo objeto que não seja útil, bonito ou alegre.



43. O que realmente importa no final é que você tenha amado.



44.Inveja é perda de tempo. Acredite, você já tem tudo de que precisa.



45. O melhor ainda está por vir.




46. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se e apareça.




47. Respire fundo. Acalma a mente.




48. Se você não pedir, não vai conseguir.




49. Produza.




50. A vida não vem amarrada com um laço, mas ainda assim é um presente.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

IGREJA CIRCENSE?




“No início, a igreja era um grupo de homens centrados no Cristo vivo.
Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia.
Depois, chegou a Roma e tornou-se uma instituição.
Em seguida, à Europa e tornou-se uma cultura.
Então, chegou à América e tornou-se um negócio.
Finalmente, chegou ao Brasil e tornou-se um circo !
Com tanto malabarismo teológico, palhaçadas, milagres tirados da cartola, só poderia dar nisso...”


CARLOS MATTIOLI, PASTOR


"...O problema maior é que embaixo desta tenda cabem muitos palhaços"

LUCIANO MAIA, PASTOR



Na verdade, na verdade, o que Cristo ensinou e que quem deseja seguí-lo deve fazer é nada mais que amar as outras pessoas, sacrificando-se por elas, da mesma forma que Jesus nos deu inúmeros exemplos. Assim, vencemos o mal com o bem e não com o mal. Assim, eu me sacrifico não por mim, mas pelo outro, mesmo que eu não saiba quem seja o outro. Mesmo que o outro nunca tenha se sacrificado por mim.... Difícil.... Muito difícil em uma existência onde o "eu" está entronado.

Jesus não fundou uma religião, mas um estilo de vida focado no amor. Religião é algo que até tem algum valor, mas, por ser uma invenção humana, tem se mostrado historicamente mais maléfica que benéfica, posto serem homens vigiando homens.

Jesus fala de relacionamentos pessoais. Religião fala de relacionamentos institucionais.

Tantas pessoas boas fojem atualmente das igrejas pois estas majoritariamente já não produzem o que deveriam produzir: relacionamentos amorosos, aceitação e paz.

Seguir Cristo não é "dar dízimo", mas dar a existência! Não é seguir regras humanas ou religiosas, mas seguir o amor. É dar sem esperar em troca. Seguir Jesus de Nazaré não é coisa para os bons. Não, Jesus não veio para os bons. Estes se bastam! Jesus veio para os doentes, os revoltados com as igrejas, os enfermos da alma, os sem esperança, os que correm sem saber para onde e buscam sem saber o que... Os que entram em depressão posto não compreenderem a razão de suas existências. Jesus não é igreja institucionalizada, Graças a Deus!


Jesus de Nazaré é aquele que nos aceita como somos, sem nos cobrar nada em troca. Aquele que nos dá vida e perdão, sem questionar ou negociar a fé. Sem barganhas. Sem constrangimentos. Sem pedir dinheiro.


Assim é a Graça de Deus! O Jesus da Graça! O perdão de graça! A aceitação sem exigências, aceitando a gente assim, como somos e não como nós deveríamos ser, já que jamais seremos como deveríamos ser.


Jesus é o milagre da vida e do sorriso, na certeza de que tudo está bem, pois alguém está cuidadndo de mim, mesmo que eu não veja.


Jesus não se compra. Seus favores não podem ser conquistados por dinheiro ou por comportamentos. Ao contrário, Ele é que nos comprou, pagando um preço muito caro. Muito caro!

Jesus não era um palhaço. Não permita que coloquem nele uma horrenda maquiagem de religiosidade assim o vendam a você.

Veja este filme de Joaquin Baldwin, um premiado curta-metragem em animação. Ele ilustra bem o que significa "sacrificar-se em favor de quem nem conhecemos, vencendo o mal com o bem".




sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SINCERIDADE DEMAIS

Já publiquei aqui um artigo que fala sobre como a verdade pode ser inconveniente para nós e para os outros, artigo que você pode conferir clicando aqui.
Neste filme - muito engraçado - o roteirista brinca com a sinceridade (a inconveniente sinceridade) de uma maneira inusitada.
Dei boas risadas.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DICAS DE HIGIENE

Como disse Carlos Drummond de Andrade: "Seria cômico se não fosse trágico". Mas neste caso eu inverteria: Seria trágico se não fosse cômico.

Inacreditáveis dicas do Dr. Jajah aos irmãos da igreja.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ACONSELHAMENTO PASTORAL




ESTA CARTA ABAIXO ESTÁ SENDO PUBLICADA COM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO AUTOR. NOMES ALTERADOS PARA MANTER CONFIDENCIALIDADE.



Date: Wed, 2 Sep 2009 09:53:49 +0200

"Reverendo Maia,


Eu nao sou neurotica, nem impressionada, muito mesmo tento tirar minha responsabilidade pela minha propria vida e passa-la pra metafisica. Porem, eu comeco a ter uma sensacao de certeza de que algum, ou alguns demonios simplesmente sentam na minha porta e nao deixam nada sair. Porque sair? Porque tudo entra na minha vida, as melhores oportunidades, possibilidades, mas nada se concretiza. Nao so coisas materiais, mas relacoes tambem.


Minha vida nao flui e eu vivo com um peso enorme, concreto e fisico no peito como se eu devesse alguma coisa. Vivo com a sensacao concreta de que alguem esta segurando minha camiseta e nao me deixa correr.


Ja ha alguns meses eu comecei a achar que eu deveria afastar as pessoas de contatos concretos comigo, pois tenho receio de que se isso for verdade, eu vou contagiar a vida das pessoas também.


Mesmo eu tantando fazer tudo diferente da minha mae, os modelos da vida dela se repetem na minha. Eu repito de outra forma (porque tenho mais conciencia, conhecimento e Deus) a vida dela.


Eu nao sei mais como orar, nao sei mais o que fazer, nao sei mais mesmo, pois eu nao saio do lugar. E entenda: nao eh que so materialmente eu nao saia do lugar! Eu nao saio do lugar emocionalmente, espiritualmente. Eu vivo fazendo de conta que esta tudo bem. Mas nada esta bem. Eu nao sito nenhuma freedom, nenhuma leveza, nenhum progresso na minha alma. Eu olho pros lados e nao vejo nennhum progresso da minha influencia em nada.


Isso nao eh crise de meia idade, nao eh depressao. Nao, infelizmente nao eh isso nao. Infelizmente eh fato.


Porque eu sou existencialista, acho que continuar assim nao vale a pena. Nao se preocupe: nao penso em suicidio! Ja falamos sobre existencialismo, e sou existencilaista cristã. Mas nao vale a pena mesmo, de uma maneira diferente de Eclesiastes. Eu tenho medo de continuar assim, e continuar vivendo, ate a morte chegar, so porque tenho dois filhos e tenho que por eles ficar por aqui, e que nossas vidas sera assim, como a de qualquer um que passa la em baixo pela calcada.
Interessante eh que quando o João estava aqui nos oramos juntos porque ele me disse que quanto ele chegou no aeroporto ele sentiu uma forca muito negativa comigo. Quando oramos, eu estava com essa angustia de sempre. E ele parou de orar e me perguntou se havia algum pecado, alguma coisa que eu nao tinha confessado, porque parecia que satanas simplemente nao queria me deixar prosperar. Aih eu pensei: bingo!! Ou esse cara eh um desses crentes doidos varridos, ou ele so confirma o que eu suspeito. Ele continuou orando, e eu tivemos a sensacao de que sim!, agora vai!


Mas como sempre, passa um tempinho e tudo volta as velhas. Reverendo, sem querer parecer doida varrida, eu sempre penso naquela estoria do homem possuido e dos porcos que se afogaram. Aih comeco a ficar impressionada, porque afinal, honestamente falando, meu pai eh um grande macumbeiro e minha mae nao fica atras. E se eles se metem a rezar pra mim, sei la!
Eu to ficando cansada. Viver so por viver, assim, nao faz sentido mesmo. E esse constante fingir que tudo esta bem. E nao ver a luz no fim do tunel.


Bom, eh isso, pastor!
Beijo."


RESPOSTA


Olá,


Estive lendo e relendo o seu texto e pensando nas coisas.


Estive receoso de te responder e falar bobagens. Afinal, de certa forma e falo em nome de Deus e não quero nem posso ficar falando bobagens da minha cabeça.


Não sei exatamente como tratar das suas tão profundas e importantes questões por e-mail.
Se estivéssemos fisicamente próximos, certamente eu sugeriria umas sessões de “aconselhamento” e oração, assim, por meio de conversas e orações semanais, teríamos um tipo de “terapia existencio-espiritual” (que erroneamente chamamos de “aconselhamento pastoral”) por meio do qual nos dois cresceríamos na compreensão das coisas e caminharíamos rumo à vontade de Deus. Ah! Se estivéssemos pertinho um do outro.


Uma coisa tem de ficar muito clara para nós dois: Nos evangelhos, todas as vezes que Jesus libertava alguém, este alguém era realmente liberto e tinha uma vida nova, sem o capeta agarrado nos ombros. A libertação de Jesus é real e temos que crer nisto.


Jesus te libertou de Satanás e das forças espirituais do mal. Vc não está possuída pelo inimigo. Ponto.


Não obstante, mesmo nós, salvos, podemos ser “tentados” pelo diabo. Tentados a acreditar que Jesus não é tão poderoso assim para dar um jeito em nossa existência. Tentados a dar crédito demais ao inimigo. Tentados na carne. Tentados a fazer coisas não tão certas. Mas não pára por aí. Jesus chama Satanás de “o inimigo das nossas almas”, ou seja, não tem como ele destruir nosso espírito (posto estar a salvo em Cristo), mas tem como ele interferir em nossos sentimentos (nossa alma) – a alma é a sede dos nossos sentimentos.


Como “inimigo das nossas almas” ele quer destruir nossa alma:
Matar nossa esperança.
Rasgar nossa alegria.
Imprimir tristeza, desesperança, medo, agonia, angústia.


Tudo isto são sentimentos que não provém do Espírito Santo. Sentimentos sim que provém da carne e do diabo, como manifestação, algumas vezes, de falta de fé, ou seja, falta de acreditar que minha vida está nas mãos de Deus e por isso minha vida é boa em sua “essência”.
Nem tudo está bom na vida do cristão, mas, na essência, a vida é boa pois “tenho a certeza de que minha vida não mais é minha, mas DELE”.


Penso que você esteja sofrendo uma opressão do inimigo. Uma opressão em sua alma. Ele soprando meias-verdades no seu ouvido e vc, sem querer, “meio que dando ouvidos” para tais bobagens. O problema é que muitas vezes nós brincamos de ser cristãos, mas o inimigo não brinca de ser inimigo. Ele não dá descanso.

Jesus é muito claro com relação a isto: “RESISTAM AO DIABO E ELE FUGIRÁ DE VOCÊS”. Resistência. Não entregar os pontos. Não “deixar rolar” para ver como é que fica. Não se entregar. Não achar que é assim mesmo e pronto.... Não, hoje não é o fim da sua história.
Resista ao diabo. Resista aos pensamentos ruins. Resista à tristeza e à angústia existencial. Tenha uma postura vitoriosa. Uma postura de fé em Cristo e no seu poder. Isto não é filosofia positivista, mas fé. Se eu tenho que resistir é porque ele realmente existe. Se devo resistir é porque ele realmente está tentando. Sim, o diabo pode nos desanimar. Ele, como inimigo da alma, pode matar minha alegria, esperança e fé, mas eu posso e devo resistir a ele.
Não permita que o inimigo mate a sua esperança. Não desista dos seus sonhos. Não desista dos seus sonhos.


O diabo não é mais forte que Deus, certo?
Outro inimigo nosso é a gente mesmo! Nós muitas vezes nos matamos. Nós muitas vezes não queremos crescer. Não queremos mudar de opinião. Não queremos mudar de atitude. Não queremos ouvir. Nós, muitas vezes minamos a ação de Deus em nossas vidas por nos acharmos bons demais, os sabichões, espertões e tal. Não é assim. Em tudo devemos ter uma postura extremamente humilde.


Perdoe-me por dizer isto, mas é necessário: Como te conheço um pouco, muitas vezes vi em você uma postura arrogante. Suas verdades são melhores que as verdades alheias e creio que com este tipo de caminhada a gente acaba tropeçando em nossas próprias pernas. Na verdade, o que a Bíblia nos ensina é que “DEUS RESISTE AOS SOBERBOS, MAS DÁ GRAÇA AOS HUMILDES”. Deus me deixa prosperar se ele souber que eu darei toda a glória somente a ele, mas que em nenhum momento eu direi a mim mesmo ou para alguém: CARA, EU SOU DEMAIS, VEJA O QUE FIZ, VEJA O QUE CONSTRUÍ... VEJAM COMO SÃO ÓTIMAS AS MINHAS IDÉIAS... VEJA COMO EU CONSIGO AS COISAS...”. Sendo nós cristãos, Deus nos deixa crescer se ele souber que nós teremos maturidade e não iremos querer dividir com Ele a Glória que é só Dele.
Se Deus quiser, fecharei este negócio.
Se Deus quiser, prosperarei.
Se Deus quiser serei reconhecido.
“Se Deus permitir, não apenas iremos àquela cidade, mas também ali negociaremos e seremos prósperos”.


A prosperidade está nas mãos de Deus, não na nossa. Quando digo prosperidade, me refiro a todos os tipos em todas as áreas. Satanás é um porre, mas não é maior que Deus. Não é Satanás ou um macumbeiro quem decidirá quem será próspero debaixo do sol, mas esta decisão cabe a Deus e, Satanás, servo de Deus, apenas cumpre as ordens do Rei do Universo!


Não estou entrando em detalhes em cada uma das questões que vc apresentou, pois isto demandaria uma conversa e não uma “teclada”.


Existe esta questão existencial, da tristeza crônica. Isto é algo mais profundo para se discutir. Mas lembre-se, o apóstolo Paulo era como eu e como vc, ou seja, ele também não queria mais viver, mas desejava para si a morte. Ele não via sentido na existência e queria partir desta para outra, a qual julgava muito melhor: “PARA MIM MORRER É LUCRO – E O VIVER É CRISTO” Ele dizia que preferia morrer, mas que contentava-se em estar vivo apenas para pregar o Evangelho. Esta é a situação minha também e não tenho problema com isto. A vida é boa, mas não boa como a vida eterna com Cristo. Não temos que disfarçar que tudo vai bem, porque, de fato, para ninguém neste mundo vai tudo bem. Todos usam máscaras. Somos incompletos nesta existência. Isto não é uma declaração de infelicidade perpétua, mas uma declaração de que não devemos ter falsas expectativas. Não existem príncipes encantados! Viver esta vida sem servir nosso Cristo é pedir para ser cronicamente triste. Pregue e viva o Evangelho sempre. Ver uma pessoa sendo salva nos dá energia para viver um ano mais, com muita alegria no coração
Não existem castelos encantados! A vida é dura para todos, desde o Éden e, termos outra expectativa é “correr atrás do vento”, e por isso, frustrar-se. Jesus não prometeu vida fácil para ninguém, ao contrário, em seu discurso ele afirmou que “NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES”, não obstante estas aflições próprias de nossa existência, ele emendou dizendo também “MAS TENDE BOM ÂNIMO, POIS EU VENCI O MUNDO”. Ou seja, tenha “bom ânimo”: ANIME-SE!!!
Não se deixe abater ou derrotar por sentimentos de estagnação, culpa, incapacidade, tristeza... Mas agarre-se em Cristo que nos anima, já que este mundo e suas frustrações e injustiças já foi derrotado por Ele. “Se com Cristo vivemos, com Ele reinaremos”.


Tire o foco desta vida transitória e coloque o foco na vida eterna. Não para viver de forma alienada, mas para viver sem colocar esperanças demais naquilo que será destruído, por ser imperfeito. Foque-se no eterno e perfeito, aquilo que ainda vai se revelar, no futuro.


Não sei se ajudei.
Finalizo dizendo para não parar de orar. Ore com fé, pois “não sabemos orar como convém, mas o Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Jejue!


Paz!


Seu amigo e pastor,
Luciano Maia

domingo, 13 de setembro de 2009

A JUVENTUDE É UMA BANDA NUMA PROPAGANDA DE REFRIGERANTES

Jesus nunca prometeu vida fácil a ninguém. Nunca disse que as pessoas que o seguissem teriam vida boa, sucesso, saúde, grana e mulherada. Jesus não prometeu tesouros para este tempo ou para este mundo. Ao contrário, disse que Ele não tinha sequer lugar para recostar a cabeça e que aqueles que o seguissem deveriam também estar dispostos a abrirem mão de luxos temporários em favor do amor às pessoas.
Jesus não prometeu carro novo.
Não prometeu casamento fabuloso nem os melhores empregos.
Se algum religioso anda prometendo estas coisas, ou não entendeu o discurso de Cristo, ou não está falando em nome dele.
A juventude é uma fase cheia de descobertas e a vida nos reserva grandes alegrias, mas ela não é "uma banda numa [eterna] propaganda de refrigerantes", como ironizou Humberto Gessinger.

Jesus foi um homem de aflições. Um filho ilegítimo de José. Filho de mãe solteira, Maria, que somente não foi humilhada publicamente como sendo uma adúltera vadia porque um anjo apareceu num sonho para José, seu noivo, e o convenceu a assumir a criança que não era dele. Desde muito cedo Jesus sempre soube que José não era seu pai legítimo, nem por isso deixou de obedecê-lo e trabalhar na oficina do padrasto.

Mesmo depois de adulto, por vocação compulsória, teve que abrir mão de uma vida “normal”: Namorada, profissão, noiva, casamento, filhos... Abrir mão de coisas que todos sonham em nome de um ministério itinerante. Andou por toda a Judéia e Galiléia, como um andarilho que vivia de favores por onde passava: dormia na casa de estranhos e em lugares estranhos. Comia o que ganhava. Não possuía bens, ao contrário de muitos de nós, seus seguidores da atualidade. Ele não buscava “um cavalo do ano” ou “uma bata de griffe”. Gastava o seu tempo não para si, mas para outros.

Morreu de uma forma humilhante! Cuspido, nu e sozinho! Penso que tão doída quanto a dor das chicotadas foi a dor da rejeição, a dor do abandono daqueles amigos que caminharam com Ele, que prometeram estar sempre com Ele e que espontaneamente juraram fidelidade, mas que, na hora da aflição, preferiram salvar a própria pele e deixar o amigo largado à própria sorte. Dor na alma!

Jesus foi um homem de aflições e afirmou: “No mundo vocês terão aflições, mas animem-se, pois eu venci o mundo”.

Jesus não prometeu vida fácil, mas prometeu aflições. Aliás, não foi uma promessa, no sentido profético, mas um alerta, com que dizendo: “Não se enganem. Não pensem que esta vida não reserva aflições para todos os que estão vivos”. Sim, as aflições são parte da vida. Por vezes todos passamos por algum tipo de aflição, desde a enfermidade de um filho, ou desemprego à morte de um parente.

“Mas tenham bom ânimo!”. A forma que Jesus encontrou para nos animar ante as aflições que passaremos não foi prometendo uma vida sem aflições, muito menos prometendo bênçãos materiais ou dizendo que as aflições seriam bem rapidinhas. Jesus nos animou dizendo “eu venci o mundo”. O que isto significa? Significa que o local onde as aflições acontecem, o mundo, é um locus transitório. Segundo Jesus: “O mundo jaz no maligno” e “o diabo é o príncipe deste mundo”... Assim sendo, aflição por aqui, rola abundantemente!

O mundo não é um fim em si mesmo. As coisas e a vida não se extinguem por aqui ou então as aflições seriam insuportáveis e a existência absolutamente sem qualquer sentido. Mas, ao sabermos que este mundo foi vencido (quando vencido foi o seu príncipe), temos fé na existência de e em outro lugar, onde não é a habitação da aflição, nem do choro ou da tristeza. Jesus venceu o mundo onde jaz a aflição. Ele não venceu a aflição. A existência daqueles que crêem e servem a Jesus de Nazaré não se encerra neste mundo, mas é uma existência eterna, perpétua, perene, que mística e metafisicamente extrapola os limites do tempo e do espaço, deixando o este mundo das aflições para trás e rompendo noutra existência, na qual a aflição não tem essência, posto a aflição ter residência neste mundo de aparência.

Neste sentido, a morte deixa de ser uma crise ou pânico, mas algo bom. Revoltar-se contra Deus porque alguém completou o seu ciclo de vida passa a ser uma demonstração de falta de amor àquela pessoa, pois se a quero perpetuamente neste mundo de aflições, não a quero em lugar de alegrias. Se não a quero no lugar das alegrias eternas é porque estou sendo egoísta e a quero para mim, mesmo que isto signifique uma vivência de aflições para ela. Assim, de fato, eu não amo aquela pessoa, mas eu amo a mim mesmo, tanto me amo que não quero sofrer a ausência.

Para o apóstolo Paulo “morrer era lucro e viver era Cristo”.

Felicidade somente noutra vida? Sim, felicidade integral não mora neste mundo, posto a aflição ter feito dele sua casa. Enquanto a viagem para o além não tiver seu horário confirmado, a gente vai tentando fazer desta estação um lugar um pouco melhor, buscando formas para minimizar as aflições de alguns, por meio do amor e ensinando muitos a terem expectativas adequadas com relação a esta existência, sabendo que a paz e a felicidade idílicas são coisas de outro mundo e que, paradoxalmente, a morte nos conduz à verdadeira vida.


------------------------------------------------------------


Hora da despressurizarão mental!

E por falar em AFLIÇÃO... Imaginem a aflição que Eva sentiu ao ter este épico encontro com Adão... Certamente, muito aflita!




sexta-feira, 4 de setembro de 2009

EU QUERO VINGANÇA!

























Não é raro encontrarmos alguém que tem dificuldade de aceitar o perdão gratuito de Deus. Não apenas entre as pessoas comuns, mas também entre os discípulos de Jesus. Como seguidores de Jesus, entendemos que a Bíblia nos fala sobre um perdão gratuito, disponível, perpétuo e todos os demais adjetivos que podem ser resumidos na palavra “graça”. A graça nos salva. A graça nos dá a vida eterna. Somos salvos não pelo que nós somos, mas pelo que ELE é!

Não temos dificuldade de pregar isto, mas muitos não crêem muito nesta estória. Os não-cristãos ou cristãos nominais nos dizem:
“Isto não é possível! Isto não é 'justo'. Quem matou uma criança inocente não merece perdão. Um estuprador não merece perdão. Aliás, aquele meu ex-namorado também não merece perdão, pois ele foi um cachorro comigo. Digo mais, minha ex-patroa era tão imbecil que ninguém poderia perdoá-la; se há justiça, estas pessoas sofrerão o que fizeram outros sofrer”.

O senso de justiça do ser-humano natural é mosaico: “olho por olho, dente por dente”. "Perdão? Só depois que pagar a dívida moral, emocional, financeira, etc."

Com Deus não é assim. Cristo diz ao pior dos marginais que está sendo com ele crucificado: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso!” O que aquele marginal fez para merecer o paraíso? Apenas creu em Cristo e pediu arrego humildemente. Com arrogância não há perdão. Se eu me reconheço como uma pessoa justa, não preciso do perdão de Deus, pois eu mesmo já me absolvi. Se reconheço que, na verdade, no fundo do meu coração, sou mal e clamo por perdão, ele vem de Graça.

Mas, a exemplo do senso comum, muitos de nós, que temos tentado ser seguidores de Cristo, também não entendemos este perdão gratuito. Conheço muitos cristãos que não têm certeza que Deus realmente os tem perdoado. O discurso é dissonante da prática. Pregam perdão gratuito, mas por dentro são consumidos pela culpa, que em Cristo não deveria mais existir. Esta culpa deixa a pessoa doente na alma, pois passa a se odiar, pensa não ser merecedora da aceitação de Deus, de outros e rejeita-se. Não conseguem crer que a Graça seja maior que seus pecados, medos, erros e misérias. Pessoas que conhecem seus pecados secretos e pensam que aquilo não é perdoável. Se há um sentimento que o verdadeiro discípulo não deve carregar é o da culpa. Mas, porque alguns não aceitam o perdão gratuito?

Não aceitam o perdão gratuito porque não perdoam gratuitamente!
Querem se vingar de quem os faz sofrer. Não acreditam em perdõ gratuito:
"Deus não nos perdoa gratuitamente. Ele também quer vingança. Talvez ele me mande pro inferno... Aliás, muitas vezes desejo que Deus mande muitas pessoas que estão próximas a mim para o inferno."
As motivações: Inveja, rancor, mágoa, insegurança...
Sartre, ao ler a alma humana, traduziu este sentimento dizendo o seguinte: "O inferno é o outro".
O outro me deixa no inferno, por isso, quero vingança!

E quem são eles? Às vezes, eles são nós mesmos... Assim, não conseguimos liberar o perdão para aqueles que nos fizeram sofrer no passado e num processo de transferência, imaginamos que também não somos perdoados por Deus.

Criamos um Deus vingativo em nossas mentes.
Queremos agradar a Deus para "merecermos" perdão e salvação.
Damos dízimo por medo.
Vamos à igreja para dizermos a Deus e a nós mesmos: "Viu, não sou tão mal assim!"
Barganhas.
Olho-por-olho.
Merecimentos.
Criamos nosso padrão humano de justiça e encaixotamos Deus dentro de nossas crenças. Infelizmente a teologia católico-romana não ajudou muito nesta seara...

Muitas vezes guardamos mágoas.
Mágoas dos pais que se separaram.
Mágoa da mãe que não foi tão presente.
Mágoa da infância, pois não foi cheia de mimos.
Rancor do ex.
Rancor por escolhas feitas por outros em nosso nome.
Assim vamos colecionando ódio, tristeza, mágoa e rancor de pessoas e instituições.
Sede confidencial de vingança. Não conseguindo perdoar as pessoas que nos fizeram sofrer: “São pessoas imperdoáveis, pois eu não sou um Jesus Cristo”.


Se não soubermos perdoar, não saberemos ser perdoados.
O perdão de Deus nos confronta: Se Deus me aceita como eu sou, porque não posso aceitar o outro com suas limitações e mazelas, como ele é?
Mas, na verdade, achamos que o outro é sempre pior que nós.

Certa vez uma pessoa muito próxima me fez sofrer demais, por meses e meses, pois me enviou um e-mail falando "francamente" sobre todos os meus defeitos, limitações e falhas de caráter. Foi uma carta do inferno. Tal pessoa tinha mágoas comigo por eu ser quem eu era e como eu era. Enfim, eu não havia suprido as suas expectativas irreais e leveu eu a culpa por ser como sou. Claro, jamais escrevi de volta fazendo a mesma catarse emocional e expondo também as suas mazelas humanas, conforme meu ponto de vista e expectativas frustradas. Isto teria sido, além de cruel demais, uma clara falta de perdão e de aceitação do outro como o outro é!

Devemos aprender a perdoar e devemos aceitar o perdão de Deus.
Não é sensato carregar nas costas cargas que Jesus já retirou na cruz.
Não é sensato não liberar perdão para alguém que Deus já perdoou.
Não se esqueça: Deus ama os seus inimigos!

A pessoa culpada é uma psicopata. Não aceita o perdão de Deus e não perdoa com facilidade. Aliás, culpa a todos, culpa o mundo. Culpa até Deus pelo livre arbítrio recebido. Sim, pois tais indivíduos fazem escolhas erradas na vida e precisam de culpados – pais, cônjuges, governo – e não encontrando culpado, encontram-no em Deus e dizem: “Deus, como você pode?!”. Se eu sou culpado é porque alguém foi culpado primeiro, pensam. Compartilham o seu sentimento de culpa culpando a todos.

Ao contrário, quem aceita a “graciosa graça” perdoadora, ao aceitar o perdão, a todos perdoa. Assim, e somente assim poderemos continuar caminhando e orando o “Pai Nosso” como Jesus nos ensinou: “Senhor, perdoa os meus pecados, ofensas e dívidas, da mesma forma que eu tenho perdoado quem me ofende, me deve ou tem pecado contra mim...”

Com base em sentimentos vingativos de “olho-por-olho”, não precisamos esperar qualquer perdão.

Recebemos perdão de graça. Perdoemos gratuitamente.


______________________________

Ao contrário do que faço costumeiramente, o filme abaixo não é nada cômico, na verdade, é um atragédia que visa conscientizar os motoristas da importância de se dirigir com muita atenção ("Não digite ao dirigir" seria o título em tradução livre).

Pergunto-me:


  • Esta moça conseguiu perdoar-se?

  • Seus pais a perdoarama?

  • Os pais de se suas amigas a perdoaram? A que custo?

  • A sociedade a perdoou?

  • E a justiça comum?

  • E Deus, a perdoou?