quinta-feira, 28 de julho de 2011

EGOCENTRISMO E EGOÍSMO.

Os estudiosos afirmam que o bebê não tem consciência do outro. Para ele apenas ele mesmo existe e, portanto ele é essencialmente egocêntrico. Os adultos complementam este papel egocentrista dos bebês no sentido que tudo o que ele deseja recebe naquele instante. Se o bebê chora, todos a sua volta se movimentam para satisfazê-lo, seja dando de mamar ou trocando as fraldas.

Existe uma tendência humana ao egocentrismo. Os bebês crescem e passam a ter consciência do outro, percebendo que existe uma correlação social. Crescem ainda mais e percebem que não são o centro do universo e logo descobrem que existem vontades alheias que são maiores que as dele.

O egocentrismo é a tendência ao excesso de preocupação consigo mesmo em detrimento dos outros, baseado numa ilusão de ser o centro das atenções.

Entretanto, percebemos que existem muitos adultos que ainda são como os bebês neste quesito; crescem, mas continuam (em certo ponto) crendo que são o centro do universo, ou seja, que as coisas devem girar em torno deles. Manipulam pessoas, situações, instituições, cônjuges, filhos e num delírio psíquico, manipulam a si mesmos. Tudo objetivando atender às suas próprias necessidades, desejos, caprichos, inseguranças, sonhos...

Ou seja, o egocentrismo gera o egoísmo, que é o sentimento ou maneira de ser dos indivíduos que só se preocupam com o interesse próprio, com o que lhes diz respeito. Egoísmo é um pecado e como tal, faz mais mal a si mesmo.

Muitos adultos desenvolvem forte sentimento egoísta como conseqüência do egocentrismo, o que os faz parecerem com os bebês. Tais pessoas até pensam que são mais “espertas” que as outras e crêem que tirar proveito ou vantagem de pessoas e situações seja sinônimo de inteligência, mas na verdade, reflete imaturidade emocional e psíquica. Um bebê, centro do universo, sem consciência social. Alguém que precisa crescer.

Jesus, num dos seus encontros, conversa com um jovem rico, ou seja, alguém que, por ser rico, já tem de tudo o que o mundo pode oferecer; mas este jovem estava insatisfeito com a vida e queria mais, portanto, pergunta a Jesus: O que posso fazer para obter a vida eterna?

A vida terrena abastada e confortável era pouco para ele... Queria mais, queria a eternidade também!

Jesus respondeu que era simples, bastava que ele vendesse tudo o que possuía e desse a grana aos pobres; assim, estaria garantido seu passe celestial. O jovem entristeceu-se e se retirou.

Dar tudo o que tenho? Perder meu conforto? Perder meu prestígio com mulheres e com “amigos”? Perder meu “status quo”? Não! Não quero perder, quero ganhar mais ainda, mais do que já tenho. Quero cargos, títulos, funções, remunerações, ações, debêntures, lucros e dividendos...

Jesus não disse que os ricos não entrariam no céu, mas disse que seria difícil. Porque difícil? Porque o egoísmo presente em muitos (não em todos) os abastados não os tornam seguidores de Cristo.

Seguidor de Cristo doa, dá, abre mão, pensa primeiro no outro, importa-se com a necessidade alheia, até mesmo em detrimento do seu conforto.

Ser um seguidor de Jesus de Nazaré, o Cristo, significa não ser egoísta, mas significa largar as coisas próprias dos bebês e entrar numa vida espiritualmente madura, entendendo que melhor é dar do que receber.

Você está pronto para continuar crescendo com pessoa?


O filme abaixo é um curta-metragem produzido por dois irmãos alemães em 1989. No ano seguinte ganhou o Oscar de Melhor Animação em Curta-metragem. Conta de uma maneira inusitada a importância de mantermos equilíbrio com as pessoas que nos rodeiam, pois somos interpedendentes. No final mostra que egocentrismo é uma arma apontada para a própria cabeça.




sexta-feira, 22 de julho de 2011

PROIBIDO PESSOAS PERFEITAS.

A igreja transformou-se em uma fortaleza, se isolando do mundo. Muitas igrejas, no melhor dos casos, estão dormindo. Pode ser justo dizer que nós perdemos o poder de transformar a cultura.

As pessoas estão rejeitando a Cristo por causa da igreja! Se aqueles que se preparam para a liderança estão procurando um lugar seguro, quem conduzirá a igreja há lugares perigosos? A verdade é que o centro da vontade do Deus não é um lugar seguro, mas o lugar mais perigoso no mundo!

O que têm em comum um budista, um casal de lesbicas, um ativista dos direitos “green”, um cigano, um cineasta, um muçulmano, uma jovem mãe solteira, um judeu, um casal que vive junto sem ser casado e um ateu?

“Venha como você está”.

Deus continua utilizando o mesmo método usado em todas as gerações: institui sua igreja contando com pessoas imperfeitas, em situações aparentemente sem esperança. Ninguém está tão longe ou perdido que Deus não o possa alcançar!

Já estamos cansados de ouvir dizer que Jesus amava os pecadores, mas nem sempre estamos prontos para sermos cristãos de verdade, ou seja, amarmos a prostituta que Jesus amou, sentar e almoçar junto com a pessoa de má fama, como Jesus ensinou.

Muitos sonham com a utopia da igreja sanitária, o que é uma manifestação de preconceito. Sem mácula e sem ruga? Gente, só na Glória!

Você sabia que Jesus ama quem você odeia? Sim ele ama o seu inimigo!

O mundo anseia por uma igreja que pratique o seu discurso e ame o pecador, o errado, o imperfeito, assim como Jesus, aceitando as pessoas como elas são.

Está decidido, como pastor, não estarei aceitando como membro um certo tipo de pessoa em nossa comunidade: ESTÁ PROIBIDA A ENTRADA DE PESSOAS PERFEITAS!

Você é muito bem-vindo! Deixe Jesus surpreender você!

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Brennan Manning fala com poder e autoridade ao mesmo tempo que com humildade e temor. Um paradoxo encontrado também no discurso de Jesus. Se você for perfeito, não precisa assistir este vídeo, do contrário, deleite-se.


contribuição: proibido pessoas perfeitas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

UMA VERDADE INCONVENIENTE...

Al Gore tem feito seu filme por meio de outro denominado "Uma verdade inconveniente". Na verdade este título é quase pleonástico, posto que, de fato, quase toda verdade é inconveniente. Daí a necessidade de escondermos nossas verdades e apresentarmos algumas mentiras disfarçadas de piedade ou auto-piedade.

A verdade nua e crua quase sempre dói, se não em nós, ao menos no outro.

Na Bíblia, não raro, temos visto muitas estórias que são histórias de homens que por falar a verdade, sofreram injúria, perseguição e morte.

Mas quero ater-me apenas num caso, João, o Batista, primo de Jesus, sobrinho de José, o carpinteiro. Um cara meio louco, que naquela época já era veggie, pois não comia carne - devia ser bem magrinho e sem barriga. O cara, ainda por cima, era meio hippie, pois vestia-se apenas com roupas de couro... Cara, se um pastor nos dias de hoje resolver ser um João Batista... Hahahaha! Acho que acabará acontecendo com este o mesmo que aconteceu com aquele!

Pois João Batista falou a verdade e isto foi imputado por pena de morte, pois assim é contada esta história por três diferentes narradores. Herodes, o tetrarca*, tinha um irmão que era casado com uma tal de Herodias. Além de espertíssima (como boa parte delas), esta mulher devia também ser muito... "atraente" (aqui não posso usar outro adjetivo mais... "carnal" - Hahahaha!).
Herodias devia ter seus 43 anos, ou seja, uma coroa bem da enxuta, pois Herodes, mesmo podendo ter a jovem que quisesse por esposa, preferiu esta coroa, que dantes já estava com seu irmão. Ela preferiu trocar o primeiro marido por algo melhor, ficando com Herodes, irmão do anterior, e assim tornou-se a "primeira-dama".

Mas, como disse Drummond (Hahahaha! Sim! Ele disse isso também): "No caminho tinha uma pedra..." e esta pedra chamava-se João Batista. Pois é, João não se contentou e disse para Herodes: "Não te é lícito possuí-la", pois ela era do irmão (talvez não o coração, mas sim o corpo). Herodias odiou João Batista por ele estar estragando sua felicidade com aquela acusação cristã idiota. Este lance de denunciar o pecado é algo realmente inconveniente, como normalmente a verdade é. João poderia ter ficado quietinho. Ninguém pediu sua opinião. O que é que ele tinha que se meter?

Na primeira oportunidade Herodias deu um jeito de pedir a cabeça de João Batista e assim foi feito. João foi decapitado e sua cabeça foi entregue para sua filha Salomé numa bandeja. A inconveniente verdade incomodava Herodias e acabou sendo ainda mais inconveniente para o próprio João.

Assim é hoje. Quando as verdades são ditas, as pessoas se incomodam. Nada mais inconveniente que um pastor falar a verdade sobre o pecado. Pior ainda quando os ouvintes são o clero ou religiosos, como aconteceu com Cristo ou João, que não tinham dificuldades em serem inconvenientes, anunciando verdades.

Quanto de verdade estamos dizendo para nós mesmos?
Assumimos que muitos de nossos atos são realmente errados ou pecaminosos?
Temos interesse em falar a verdade? Em viver a verdade de verdade?
Muitas vezes todos nós preferimos o conforto da mentira e pior, mentimos para nós mesmos.
Mentimos que nosso casamento está bom. Que nossas escolhas foram corretas. Que não temos condições de tomar atitudes coerentes. Por aí vai...

João Batista perdeu a cabeça por ter denunciado o erro. Quem fala verdades, nem sempre é amigo do Rei.

O que vamos escolher para nortear nossa vida? A inconveniência da verdade ou o conforto da mentira?


*Um dia ainda me animo em pesquisar o que significa esta palavra. Se ficou curioso, faça isto já.
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Agora vamos relaxar!
Com esta estória de João Batista, o cara que batizava nas águas, vou apresentar um filme sobre a importância da água para a saúde... Água nos deixa novinhos em folha.
Ah! Água, you make me feel brand new!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SAUDADE DO QUE EU AINDA NÃO VI.


Certa vez me contaram que muitos negros que eram escravizados morriam de banzo, que é um tipo de saudade tão apertada que a pessoa entra em inanição e falece. Meu irmão disse que meu pai quase morreu de banzo quando se separou da família e foi morar sozinho numa cidade muito distante, longe de todos os amigos e parentes.

Saudade é um sentimento muito dolorido, que todos já sentiram em algum momento em suas vidas. Sentimento que, se por um lado nos machuca, por outro distingue em nós as coisas e pessoas que gostamos muito e as que nem tanto. A saudade do que passou nos ensina a aproveitar o hoje, posto que o presente virará pretérito no futuro, portanto, carpe diem, para sofrer menos amanhã.

Rubem Alves, um nostálgico inveterado, foi brilhante ao afirmar que “a saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”. Apesar de doer, a saudade mostra que a vida sempre tem capítulos felizes. Se o capítulo chamado hoje não está legal, liga não, isso passa. Talvez amanhã será um capítulo que fará com que seu depois-de-amanhã sinta dele saudade...

Mas quando a saudade aperta, ela não cabe dentro do coração e então, escorre pelos olhos...

A saudade torna-se especialmente insuportável quando o presente é angustiante. Quando o tempo vivido foi bom e a realidade tem estado muito dura, muitos tendem a recusar o hoje, fantasiando o ontem. Conta a estória que Jó perdeu tudo e, de milionário, converteu-se num indigente enfermo. Em sua nova vida, Jó se lembrava do passado e dizia: "Como tenho saudade dos meses que se passaram, dos dias em que Deus cuidava de mim” (Jó 29:2). Esta é a sensação que muitos temos quando nosso presente não está embrulhado em papel brilhante e amarrado com fita. Tendemos a crer que Deus se esqueceu de nós... OU até que jamais de nós lembrou... Será que Ele está mesmo morto?

Eu tenho muitas saudades do meu passado. Tenho saudades de quando era criança em Goiânia. Dos meus amigos do “ginasial”. Da minha banda de rock. Do meu primeiro amor ao Senhor. De tomar banho de banheira com meus filhos quando eram crianças. De ficar até de madrugada com casais amigos, bebendo vinho e ouvindo música, ambos italianos. De não saber o quão mais complicada a vida é do que parecia ser.

Um segredo: sou meio melancólico! Mas fujo deste sentimento por saber que ele é nocivo e não produz frutos agradáveis. Às vezes, quando a melancolia me pega de jeito (Graças a Deus que são poucas estas vezes), ouço Belchior escondido, assim permito que minha alma “ame um passado que ainda não passou, recuse um presente que machuca, e não veja o futuro que me convida...”(Neruda), mas logo, desisto da melancolia para abraçar a vida do hoje, que por ser uma dádiva de Deus, chamamos de “presente”, e também sonhar cheio de esperanças com um amanhã melhor.
Todavia, de todas as saudades, a que mais me machuca é uma saudade que sinto de tudo que eu ainda não vi. Quando Renato Russo escreveu esta poesia, identifiquei-me. “Tem gente que tem saudade do que nunca existiu, e isto dói bastante”. Mas eu estou no trem daqueles que sentem falta majoritariamente do que ainda não conhecem:




“E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.”

                                 Renato Russo, em Índios.

Minha maior saudade é a saudade do Céu. Já quis até morrer para poder matar a saudade que tenho do Céu. Quero muito poder sentar no colo do meu Pai do Céu. Agarrar aquelas barbas com muita força. Beijar sua testa. Rir sem parar. Rir até chorar, mas... Sem choro, pois lá não terá lágrimas. Morro de saudades de caminhar de mãos dadas com meu Pai do Céu e bater longos papos sobre vida, sobre amor e sobre coisas que sequer sei que existem. Não quero largá-lo. Morro de saudades... Saudade do que ainda não vi.

Esta é a saudade que mais aperta meu coração e mais me faz sofrer. Meu consolo? Ao contrário da das coisas que passaram, esta saudade viciosa será plenamente curada, posto navegar nas ondas do amanhã, que compulsoriamente virão, não nas de ontem, que não mais moinhos movem.

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QUEM ME DERA... AO MENOS UMA ÚNICA VEZ...



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REGRAS PARA O SUCESSO.





Existem duas regras para o sucesso:
1ª-Nunca conte tudo o que você sabe.



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