quarta-feira, 12 de maio de 2010

E se o Starbucks usasse o mesmo marketing das igrejas?

Marketing na igreja é uma questão controversa. O vídeo abaixo compara a abordagem comum nas igrejas comparando-a com a rede americana Starbucks. Nesta "parábola moderna" todos os chavões e situações comuns nas igrejas a cada domingo são usados como um alerta. Muitas pessoas vão ao Starbucks para satisfazer sua vontade de tomar café. Do mesmo modo, muita gente vai à igreja apenas para conhecer mais sobre Deus. Os visitantes "não iniciados" tem dificuldade de obter o que procuram e um deles nem sequer consegue.


Os autores do vídeo colocaram personagens que ao invés de facilitar o acesso ao produto, apenas dificultam. A linguagem é codificada, o comportamento esperado é quase constrangedor. E o mais interessante, nas "entrevistas", o barista, o gerente e o caixa acreditam que estão arrasando e o crescimento do número de fregueses prova a eficácia de seu modus operandis. Mal sabem eles que não chegaram nem perto com o casal de visitantes. O nome do vídeo é "E se o Starbucks usasse o mesmo marketing das igrejas?" Qualquer semelhança não é mera coincidência.



Contribuição: http://pavablog.blogspot.com/2010/05/e-se-o-starbucks-usasse-o-mesmo.html

quarta-feira, 5 de maio de 2010

TRAUMAS DE INFÂNCIA.


Por mais que nossos pais tenham se esforçado para nos educar e instruir adequadamente, de alguma forma cometeram equívocos, nos aborrecerem e talvez até nos causaram traumas conscientes ou não. Por mais que nós queiramos consertar em nossos filhos o erro que julgamos nossos pais cometeram conosco, não será possível, pois cometeremos, se não aqueles, equívocos de criação outros, que nem suspeitamos.

O ser humano vive num mundo cheio de perigos emocionais ocultos e creio que é assim que tem que ser, já que são os exercícios que fortalecem os músculos do corpo, da mente e da alma. Entretanto, quando a experiência é extremada, além de nossas capacidades de absorção, ficam traumas.

O músico Roger disse em uma de suas composições: “Não vai dar para eu amadurecer sem ter com quem me revoltar”, ironizando um garoto que tinha absolutamente todo o apoio dos pais e sua revolta era com a falta de algo com que se revoltar. Crises fazem parte do crescimento saudável!

Alguns pais dão de menos, outros pais dão de mais, alguns pais ficam ausentes, outros presentes demais, alguns pais extremamente rígidos, outros, frouxos demais... Assim, muitos motivos tivemos para trazermos para a vida adulta insuspeitas fobias, traumas e recalques: Pássaros do passado que insistem em pousar em nossas cabeças!

Eu sempre tive um medo de barata além da conta. Quando jovem dava vexames, eram até engraçados. Mas depois de adulto e casado, percebi que aquela era uma fobia que ia além das minhas forças e me atrapalhava. Mesmo que eu quisesse, não me controlava diante de uma barata, a ponto de meu labirinto tremer, ou seja, aquela fobia provocava até reações físicas involuntárias. Descobri que aquilo era um tipo de doença catalogada com o nome de Katsaridafobia. Orei a Deus pedindo minha cura. Assim, o Espírito Santo permitiu que eu me lembrasse de uma noite, eu ainda bebê, com 1 ano de idade, numa casa velha, infestada de baratas voadoras e eu berrava de medo. Foi uma noite de terror e pânico para mim, literalmente traumatizante. Conversei sobre esta história com meu irmão mais velho, que além de me confirmar o fato, acrescentou ainda detalhes: que nossa mãe havia viajado e nos deixado naquela casa de uma conhecida dela por uma noite. Meu irmão, que naquela época tinha seus 13 anos, lembrava-se bem de toda triste noite e ficou espantado que eu pudesse lembrar daquilo, sendo que à época eu era apenas um bebê. Hoje estou curado da Katsaridafobia, que é o medo de baratas, pela Graça de Deus.

Esta semana conheci uma pessoa que confessou entristecer-se muito quando se aproxima do seu aniversário. Quanto mais próximo da data, mais triste fica. Conversando um pouco mais para tentar entender as possíveis razões, a pessoa disse que para ela não era um mistério o motivo daquela tristeza e contou-me a razão: durante toda a sua infância seus pais não se lembravam da data de seu aniversário. Durante sua infância, ninguém da casa a parabenizava ou festejava. Triste, né?! Calma, ainda tem um requinte de crueldade: sempre se lembravam do aniversário da irmã... Mas não do dela. As razões? Os discípulos de Freud talvez expliquem sem dificuldades, mas, para esta pessoa, não há explicações freudianas que possam curar o seu trauma, aberto e ainda sangrando na alma.

Estudos comprovam que as sociedades nas quais os idosos são valorizados e bem tratados, são exatamente as mesmas nas quais as crianças são valorizadas e bem tratadas, ou seja, o carinho concedido acaba voltando para si mesmo. Da mesma forma, sociedades e famílias que não valorizam as crianças, são as que possuem idosos mal cuidados.

Qual o seu trauma de infância?
Medo de altura?
Medo de se casar?
Medo de relacionar-se com alguém do sexo oposto?
Medo de “perder tudo”?
Raiva das mulheres?
Raiva dos homens?
Raiva de Deus?
Muitas das suas experiências boas e ruins quando criança forjaram sua personalidade. Hoje você é fruto do ontem.

Eu sei que trago comigo um monte de doenças de alma, fobias inconscientes, punções secretas e traços de personalidade que são conseqüência do que eu tive ou deixei de ter na minha infância. Deus me curou do medo de barata e Ele pode me curar de muitas coisas ruins que eu trago comigo, me “convertendo”, assim, numa pessoa melhorada a cada ano.

Você quer vencer seus traumas e ser uma pessoa melhor?

1 – DESEJE A MUDANÇA:
Toda mudança dá trabalho. Não há mudança se não houver vontade e força de vontade. Queira mudar. Conheço pessoas que não querem mudar. Simplesmente se apegam aos seus traumas e deles se orgulham.

2 – REJEITE O TRAUMA:
Você não precisa do seu trauma para viver. Existe uma pessoa mais bonita fora das fobias. Há pessoas que tem no trauma a sua referência de vida. Gostam de autocomiseração e assim vivem da cantinela: “Tadinho de mim...”. Querem um motivo para reclamar da vida e de Deus, um motivo para serem “dignos de pena e dó”, não querem mudanças. Mas, quanto a você: Deseje a mudança e rejeite reforçar o trauma ou um padrão de comportamento prejudicial. "Você não pode impedir que um pássaro pouse em sua cabeça, mas pode impedir que ele faça alí um ninho."

3 – BUSQUE AUXÍLIO PROFISSIONAL:
Deus é quem dá sabedoria ao ser humano para que este tenha a ciência como ferramenta. Já fiz terapia e achei ótimo, posto ter me auxiliado a me entender e assim me curar de muitas “loucuras” existenciais. Procure ajuda profissional.

4 – PEÇA A DEUS:
Jesus não curou todos, mas apenas aqueles que o buscaram. Por quê? Ele não invade o seu livre-arbítrio de crer ou não em milagres. Creia em milagres! Peça a intervenção de Deus em sua mente. Peça a cura da alma. Deus pode restaurar relacionamentos, colocar perdão em seu coração, apagar memórias indesejáveis.

Espante os pássaros do passado. Você pode libertar-se dos traumas de infância: Deus está neste projeto com você!


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Este filme publicitário é sensacional: argumento, roteiro, direção, trilha sonora, efeitos especiais... A letra da música fala um pouco sobre o que tratamos aqui: Curta!


"She hides like a child but she's always a woman to me."



She's Always A Woman To Me
Billy Joel


She can kill with a smile, she can wound with her eyes.


And she can ruin your faith with her casual lies.

And she only reveals what she wants you to see.

She hides like a child, but she's always a woman to me.

She can lead you to love, she can take you or leave you.

She can ask for the truth but she'll never believe.

And she'll take what you'll give her as long as it's free.

Yeah, she steals like a thief, but she's always a woman to me.


She is frequently kind and she's suddenly cruel.

But she can do as she pleases, she's nobody's fool.

And she can't be convicted, she's earned her degree.

And the most she will do is throw shadows at you,

But she's always a woman to me.

Hmmmmmm Mmmmmm Hmmmmm Mmmmmm

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IMAGEM OPCIONAL PARA ILUSTRAR ESTE ARTIGO SOBRE TRAUMAS DE INFÂNCIA... HEHEHE:

SAIA DO ÔNIBUS.

(Este texto é sobre o episódio envolvendo os jogadores do Santos numa visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com deficiência cerebral para entregar ovos de Páscoa. Uma parte dos atletas, entre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusou a entrar na entidade e preferiu ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação que são evangélicos).


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Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros . Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Alá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis , em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas . E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Contribuição de Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequeno.