terça-feira, 23 de agosto de 2011

QUEM QUER DINHEIRO?



Iniciei o meu último sermão pedindo para aqueles da platéia que “não querem dinheiro” que levantassem suas mãos. Ninguém levantou a mão. Fiz a pergunta seguinte, invertida: “E quem quer dinheiro? Levante a mão”. Bem, todos levantaram as mãos por uma questão de coerência, já que não a haviam levantado na pergunta anterior.


Tenho certeza que se eu tivesse invertido a ordem da pergunta e tivesse iniciado o meu discurso perguntando “Quem quer dinheiro? Levante a mão”, ninguém levantaria a mão, posto estarmos todos (eu incluso) presos à hipocrisia social e religiosa por meio da qual o dinheiro é coisa ruim, pertencente ao reino ou da carne ou do diabo. Portanto, dentro de uma igreja e para o pastor, não podemos assumir, assim, publicamente, que queremos dinheiro.

Dinheiro não é problema. Dinheiro é bênção! Com dinheiro compramos remédio! Com dinheiro compramos comida! Com dinheiro nos vestimos, nos divertimos, dormimos em colchões e com lençóis macios. Com dinheiro podemos nos locomover com mais facilidade... Podemos emprestar ao colega. Quem quer dormir no chão, com fome e dente? Não sei você, mas eu não tenho esta pretensão.

Se dinheiro é algo importante, porque a pseudo-humildade em dizer que não se quer dinheiro?

O apóstolo Paulo nos dá uma pista para tirar esta confusão de nossas cabeças. Paulo informa o seu pupilo Timóteo por meio de um “coaching” que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. Sacou? O mal não é o dinheiro, mas sim o AMOR AO DINHEIRO, o que é bem diferente!

O problema não é ter ou querer ter dinheiro, mas desejá-lo além do razoável... É colocá-lo num pedestal existencial. Não se enxergar longe dele e querer acumulá-lo em função de um monte de doenças da alma: insegurança, ansiedade, exibicionismo, vaidade, soberba, e por aí vai! Pessoas fracas e doentes que precisam do dinheiro para mostrar ser o que, de fato, não são! Ou pessoas que realmente não crêem em Deus. Pessoas que não crêem que Deus é o grande supridor e ajudador, portanto, com base na ansiedade e no medo do futuro, começam a acumular demasiadamente para o amanhã, esquecendo que caixão não tem gavetas, e quando despertarem em outra vida perceberão o tempo mal investido.

Deus se alegra em dar e em prosperar as pessoas. Conheço muitas pessoas financeiramente abençoadas, mas que não vendem sua alma ao dinheiro. Pessoas que têm dinheiro de sobra, mas que sabem que este é um bem passageiro e finito, portanto, procuram usá-lo para o bem.

Como é que usamos o dinheiro para o bem?

Paulo também nos dá outro ensinamento: “Deus ama a quem dá com alegria”.

Usar o dinheiro para o bem é dar, doar, distribuir, repartir e coisa e tal e tal e coisa.

É impressionante como as pessoas tem dificuldade de usar o dinheiro para o bem. Em sua maioria, as pessoas fazem doações de Natal e para o molequinho que pede uns trocados no semáforo. Enfim, dá-se o que não faz falta. Dá-se o resto... A quantia que sequer arranhará nossa “fortuna”. Isto não é fazer o bem ao outro, mas fazer o bem a si mesmo, posto a maioria das pessoas dá não para ajudar o próximo, mas para ajudar suas próprias consciências. Como? No sentido de que se eu dou, fico com a minha consciência limpa. Doar, neste caso, é um recurso usado para aplacar o sentimento de culpa de ter dinheiro. Assim, estou dando por amor a minha consciência e não para fazer o bem ao próximo, mas autorizando-me a ser vaidoso. Sinto-me autorizado a continuar acumulando ou a gastar com as minhas futilidades, afinal, já dei uns trocadinhos no semáforo e já mandei três cestinhas básicas para uma creche. Agora não mais tenho peso na consciência para esbanjar meu rico dinheirinho em prazeres fugazes e egoístas. Ou seja, com minhas doações, não estou ajudando a ninguém, mas estou, de fato, ajudando a mim mesmo: lavando minha consciência de qualquer culpa e tentando chantagear Deus! A minha doação não tem expressão de amor real, amor doador, mas é a pura expressão do egoísmo disfarçado de filantropia... Isto fede! Fede enxofre...

Veja que Paulo não disse que Deus ama a quem dá, mas sim que ama a quem dá COM ALEGRIA! O que é beeeem diferente!

Tem gente que dá por obrigação ou constrangimento. Mas tem gente que dá com alegria no coração, satisfeita por estar compartilhando algo que também recebeu.

E neste circo da vida, há muitos pseudo-pastores e pseudo-igrejas que também gostam muito de dinheiro! Que estão ávidos por angariar e dispersos para distribuir. Entretanto, ninguém que não dá com alegria está autorizado a falar mal desta turma, ou serão hipócritas.

Tem gente pobre de alma que só pensa em ficar rico e fazem de tudo para alcançar este objetivo: acendem velas, fazem despachos, vão às correntes de igrejas neo-pentecostais, jogam na cena, procuram pessoa “rica” para se casar... E por aí vai. Contudo, não estudam e não trabalham com afinco, sequer oram sempre para que Deus as coloque no lugar certo na hora certa, fazendo a suprema vontade Dele. Se Deus tiver para nós riqueza: que bom! Se para nós Ele tiver vida modesta: Que bom também!

Sabe para quem Deus dá com alegria? Para quem também com alegria dá! Quem tem a mão aberta para o próximo e para o Reino, tem o céu aberto em cima de suas cabeças, mas os avarentos possuem bolsos furados e vidas frustradas. O dinheiro, às vezes, até que entra, mas o vazio da alma continua, pois não há grana que nos compre a paz de espírito, pois isto é dom de Deus.

Como está escrito em segundo a Lucianocenses: “Faça o bem sem olhar para quem.”

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Para emprestar dinheiro... Os banqueiros fazem de tudo!



Para você saber o que eu acho de fazer macumba para ficar rico, não deixe de ler este outro artigo, CLICANDO AQUI

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mc Donalds


Costumo dizer que o cristianismo não acontece aos domingos nas igrejas, mas sim de segunda a sábado, no dia-a-dia.
É em nosso cotidiano que podemos mostrar às pessoas e, sobretudo, a nós mesmos, do que somos feitos. Qual a nossa essência?

Não raro temos inúmeros frequentadores de igreja que, no fundo, não passam disto mesmo: religiosos. Pessoas preocupadas com a estética religiosa, contudo descomprometidas com a ética cristã: julgadores, arrogantes, gananciosos, opressores... Mais preocupados em parecer ser do que viver o que prega. Religiosos são mestres em afastar as pessoas de Jesus.

Ir à igreja é muito bom quando o estímulo está correto. Contudo, muitas vezes os estímulos estão errados.
Alguns vão à igreja por medo de irem para o inferno.
Outros vão à igreja pensando que assim comprarão Deus.
Alguns vão apenas por hábito religioso mesmo.
Outros para terem um convívio social.

O apóstolo Paulo de Tarso nos ensina: "Não deixem de congregar". Vamos, sim, nos congregar, pois brasa fora de braseiro apaga, mas vamos nos analisar também: O que nos estimula a estarmos numa igreja?

Ir à igreja não faz de você um cristão, assim como ir ao Mc Donalds não faz de você um hamburguer, nem ir ao cinema faz de você um astro de Hollywood.

O que importa mais são as atitudes diárias.

QUEM SOU EU? QUEM É VOCÊ?




O processo de conhecer e ser conhecido é tudo, menos óbvio.


Desde “as folhas de figueira” que nós tecemos para nos cobrir, que uma das mais árduas tarefas do homem é conhecer-se e dar-se a conhecer. Sim! Pois aquelas folhas não cobriam nossa nudez, mas apenas nossa vergonha. Ora, a maioria dos homens tem vergonha de quem é. Por isto se mantêm na tonga da milonga do cabuletê.


Ou seja: cobrindo o ser que ele pensa que é (e, frequentemente, nem mesmo sabendo o que seja) enquanto desfila de malandro livre. Em geral quando se tem, dizem que desejam dar-se a conhecer ou dar a conhecer algo de si, no máximo têm-se os que revelam as idealizações que fazem de si mesmos, ou, ainda, apenas os que revelam o que sabem que não são, porém, que julgam ser bom parecer de tal modo ante os que supostamente os percebem.


Na realidade a maior parte dos encontros humanos são encontros entre mascarados!


Daí a necessidade de gestão tão acentuada da imagem e de aparência, pois, de fato e de verdade, o que existe entre os humanos não é o que é, mas tão somente aquilo que alguém, de saída aparenta ser; e nada mais além de apenas isto.


São poucos os que não se casam com a aparência ou que não contratam a aparência funcional, pelo menos para tê-la em lugar de demonstração ou, então, paradoxalmente, em lugar de escusa para mostrar. Digo isto apenas porque também há os que casam com a aparência como não-aparência.


Ora, esses são os que somente escolhem o que para os outros não é belo, apenas para fazerem do que seja publicamente considerado feio ou não-bonito, a bandeira de seu desprendimento estético ou de sua profundidade espiritual — tudo, porém, fruto de complexo e de insegurança.


O comum, no entanto, quando se trata de se auto-enganar com quem o outro seja [sem ser], é que se projete sobre o outro aquilo que também ele não é, tudo como projeção e fantasia de nosso surto mágico de encontro. Ora, o trabalho de dar-se a conhecer como esgoto de emoções é fácil. É só deixar vazar a insensatez.


Derrame!...


Por isto é que a maioria das pessoas não seria amiga de si mesma se tivesse que sê-lo. Assim, como não seriam amigas de si mesmas e nem confiariam em ninguém que tivesse os sentimentos e pensamentos idênticos aos produzidos pela própria pessoa, a maioria vai fingindo, se escondendo, e, como resultado, apenas encontrando outras performances como demonstração de ser.


No fim ninguém conhece ninguém, e, quando conhece, deixa após conhecer! Dói muito conhecer-se a dar-se a conhecer de fato e de verdade.


Entretanto, como o mundo jaz no maligno, mesmo sendo chamados a viver sempre com sinceridade, somos também chamados a não darmos o nosso interior a conhecer aos homens que, como porcos, não amem pérolas, mas apenas babugem. Por isto é Jesus manda que sejamos simples como as pombas e prudentes como as serpentes.


Assim, no ambiente humano caído e desconfiado, a sabedoria manda que a auto-revelação seja sempre sincera nos princípios de toda declaração, mas prudente no revelar o que quer que seja tópico, pois, o ouvinte, muitas vezes, se não é fraco, é doente.


A aparência, todavia, é tudo o que não é; pois, mesmo a pessoa mais bela exteriormente, se não se fizer sustentar pela beleza do que tem no coração, se enfeia aos sentidos ainda que do ser mais apaixonado, tão logo a realidade demonstre o ser em sua verdade escondida pela aparência e pela performance.


Por isto é que não dá mais para casar para conhecer, pois, hoje, com todas as doenças de alma escondidas pela estética e pelas performances de comportamento social, um casamento assim [para ver como a pessoa é], quase sempre conduz à catástrofe, posto que as pessoas tanto não saibam quem de fato sejam, como também estejam, exteriormente, sempre anos trevas de distancia de quem de fato sejam no intimo.


Mais do que nunca se tem que conhecer para casar, senão não casa em casa alguma. Entretanto, quando alguém quer se enganar, chama até urubu de meu louro. Orar pedindo a Deus que abençoe nossos encontros sem encontro humano, é como pedir a Ele que abençoe a nossa escolha de casamento em um baile de mascarados nunca antes apresentados, e, de cujo ambiente, escolheremos aquele [a] que viverá conosco e nós com ele [a] para sempre.


O problema é que a Síndrome das Folhas da Figueira está mais presente em nós do que nunca.


Sem as vestes da Graça que Deus nos oferece para cobrir-nos, a fim de deixar-nos livres da vergonha de ser, o que resta ao homem é continuar recorrendo àquilo que não o veste de sua real vergonha, mas apenas o encobre ante os sentidos de seu irmão, a quem ele se apresenta como um mascarado, porém, com ilusão de que apenas ele mesmo esteja mascarado nessa festa, crendo assim que aquele [a] a quem tira para dançar no baile desta vida esteja com a cara supostamente descoberta, embora o proponente julgue que somente ele conhece e pratica tal malandragem aprendida no Jardim.

A Síndrome das Folhas da Figueira nos acomete de um modo tão sutil que nós mesmos pensamos que nós somos os únicos mascarados nessa festa a fantasia chamada de encontro social humano.


Em geral a família costuma ser o lugar do verdadeiro encontro humano, mas, hoje, ela está em extinção em quase todas as perspectivas!


Assim, sem treino na verdade, quebramos a cara e pagamos caro pela nossa ignorante presunção; pois, de fato, todos estamos ainda muito vestidos de folhas de figueira e cobertos de mascaras faciais, e, portanto, todos carecemos da revelação da glória de Deus, a fim de sermos salvos de uma existência que encontra, encontra, e, quase nunca acha ninguém...
(Contribuição: Reverendo Caio)

E, assim, vai se cantando; "If you dont know me by now"...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

EGOCENTRISMO E EGOÍSMO.

Os estudiosos afirmam que o bebê não tem consciência do outro. Para ele apenas ele mesmo existe e, portanto ele é essencialmente egocêntrico. Os adultos complementam este papel egocentrista dos bebês no sentido que tudo o que ele deseja recebe naquele instante. Se o bebê chora, todos a sua volta se movimentam para satisfazê-lo, seja dando de mamar ou trocando as fraldas.

Existe uma tendência humana ao egocentrismo. Os bebês crescem e passam a ter consciência do outro, percebendo que existe uma correlação social. Crescem ainda mais e percebem que não são o centro do universo e logo descobrem que existem vontades alheias que são maiores que as dele.

O egocentrismo é a tendência ao excesso de preocupação consigo mesmo em detrimento dos outros, baseado numa ilusão de ser o centro das atenções.

Entretanto, percebemos que existem muitos adultos que ainda são como os bebês neste quesito; crescem, mas continuam (em certo ponto) crendo que são o centro do universo, ou seja, que as coisas devem girar em torno deles. Manipulam pessoas, situações, instituições, cônjuges, filhos e num delírio psíquico, manipulam a si mesmos. Tudo objetivando atender às suas próprias necessidades, desejos, caprichos, inseguranças, sonhos...

Ou seja, o egocentrismo gera o egoísmo, que é o sentimento ou maneira de ser dos indivíduos que só se preocupam com o interesse próprio, com o que lhes diz respeito. Egoísmo é um pecado e como tal, faz mais mal a si mesmo.

Muitos adultos desenvolvem forte sentimento egoísta como conseqüência do egocentrismo, o que os faz parecerem com os bebês. Tais pessoas até pensam que são mais “espertas” que as outras e crêem que tirar proveito ou vantagem de pessoas e situações seja sinônimo de inteligência, mas na verdade, reflete imaturidade emocional e psíquica. Um bebê, centro do universo, sem consciência social. Alguém que precisa crescer.

Jesus, num dos seus encontros, conversa com um jovem rico, ou seja, alguém que, por ser rico, já tem de tudo o que o mundo pode oferecer; mas este jovem estava insatisfeito com a vida e queria mais, portanto, pergunta a Jesus: O que posso fazer para obter a vida eterna?

A vida terrena abastada e confortável era pouco para ele... Queria mais, queria a eternidade também!

Jesus respondeu que era simples, bastava que ele vendesse tudo o que possuía e desse a grana aos pobres; assim, estaria garantido seu passe celestial. O jovem entristeceu-se e se retirou.

Dar tudo o que tenho? Perder meu conforto? Perder meu prestígio com mulheres e com “amigos”? Perder meu “status quo”? Não! Não quero perder, quero ganhar mais ainda, mais do que já tenho. Quero cargos, títulos, funções, remunerações, ações, debêntures, lucros e dividendos...

Jesus não disse que os ricos não entrariam no céu, mas disse que seria difícil. Porque difícil? Porque o egoísmo presente em muitos (não em todos) os abastados não os tornam seguidores de Cristo.

Seguidor de Cristo doa, dá, abre mão, pensa primeiro no outro, importa-se com a necessidade alheia, até mesmo em detrimento do seu conforto.

Ser um seguidor de Jesus de Nazaré, o Cristo, significa não ser egoísta, mas significa largar as coisas próprias dos bebês e entrar numa vida espiritualmente madura, entendendo que melhor é dar do que receber.

Você está pronto para continuar crescendo com pessoa?


O filme abaixo é um curta-metragem produzido por dois irmãos alemães em 1989. No ano seguinte ganhou o Oscar de Melhor Animação em Curta-metragem. Conta de uma maneira inusitada a importância de mantermos equilíbrio com as pessoas que nos rodeiam, pois somos interpedendentes. No final mostra que egocentrismo é uma arma apontada para a própria cabeça.




sexta-feira, 22 de julho de 2011

PROIBIDO PESSOAS PERFEITAS.

A igreja transformou-se em uma fortaleza, se isolando do mundo. Muitas igrejas, no melhor dos casos, estão dormindo. Pode ser justo dizer que nós perdemos o poder de transformar a cultura.

As pessoas estão rejeitando a Cristo por causa da igreja! Se aqueles que se preparam para a liderança estão procurando um lugar seguro, quem conduzirá a igreja há lugares perigosos? A verdade é que o centro da vontade do Deus não é um lugar seguro, mas o lugar mais perigoso no mundo!

O que têm em comum um budista, um casal de lesbicas, um ativista dos direitos “green”, um cigano, um cineasta, um muçulmano, uma jovem mãe solteira, um judeu, um casal que vive junto sem ser casado e um ateu?

“Venha como você está”.

Deus continua utilizando o mesmo método usado em todas as gerações: institui sua igreja contando com pessoas imperfeitas, em situações aparentemente sem esperança. Ninguém está tão longe ou perdido que Deus não o possa alcançar!

Já estamos cansados de ouvir dizer que Jesus amava os pecadores, mas nem sempre estamos prontos para sermos cristãos de verdade, ou seja, amarmos a prostituta que Jesus amou, sentar e almoçar junto com a pessoa de má fama, como Jesus ensinou.

Muitos sonham com a utopia da igreja sanitária, o que é uma manifestação de preconceito. Sem mácula e sem ruga? Gente, só na Glória!

Você sabia que Jesus ama quem você odeia? Sim ele ama o seu inimigo!

O mundo anseia por uma igreja que pratique o seu discurso e ame o pecador, o errado, o imperfeito, assim como Jesus, aceitando as pessoas como elas são.

Está decidido, como pastor, não estarei aceitando como membro um certo tipo de pessoa em nossa comunidade: ESTÁ PROIBIDA A ENTRADA DE PESSOAS PERFEITAS!

Você é muito bem-vindo! Deixe Jesus surpreender você!

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Brennan Manning fala com poder e autoridade ao mesmo tempo que com humildade e temor. Um paradoxo encontrado também no discurso de Jesus. Se você for perfeito, não precisa assistir este vídeo, do contrário, deleite-se.


contribuição: proibido pessoas perfeitas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

UMA VERDADE INCONVENIENTE...

Al Gore tem feito seu filme por meio de outro denominado "Uma verdade inconveniente". Na verdade este título é quase pleonástico, posto que, de fato, quase toda verdade é inconveniente. Daí a necessidade de escondermos nossas verdades e apresentarmos algumas mentiras disfarçadas de piedade ou auto-piedade.

A verdade nua e crua quase sempre dói, se não em nós, ao menos no outro.

Na Bíblia, não raro, temos visto muitas estórias que são histórias de homens que por falar a verdade, sofreram injúria, perseguição e morte.

Mas quero ater-me apenas num caso, João, o Batista, primo de Jesus, sobrinho de José, o carpinteiro. Um cara meio louco, que naquela época já era veggie, pois não comia carne - devia ser bem magrinho e sem barriga. O cara, ainda por cima, era meio hippie, pois vestia-se apenas com roupas de couro... Cara, se um pastor nos dias de hoje resolver ser um João Batista... Hahahaha! Acho que acabará acontecendo com este o mesmo que aconteceu com aquele!

Pois João Batista falou a verdade e isto foi imputado por pena de morte, pois assim é contada esta história por três diferentes narradores. Herodes, o tetrarca*, tinha um irmão que era casado com uma tal de Herodias. Além de espertíssima (como boa parte delas), esta mulher devia também ser muito... "atraente" (aqui não posso usar outro adjetivo mais... "carnal" - Hahahaha!).
Herodias devia ter seus 43 anos, ou seja, uma coroa bem da enxuta, pois Herodes, mesmo podendo ter a jovem que quisesse por esposa, preferiu esta coroa, que dantes já estava com seu irmão. Ela preferiu trocar o primeiro marido por algo melhor, ficando com Herodes, irmão do anterior, e assim tornou-se a "primeira-dama".

Mas, como disse Drummond (Hahahaha! Sim! Ele disse isso também): "No caminho tinha uma pedra..." e esta pedra chamava-se João Batista. Pois é, João não se contentou e disse para Herodes: "Não te é lícito possuí-la", pois ela era do irmão (talvez não o coração, mas sim o corpo). Herodias odiou João Batista por ele estar estragando sua felicidade com aquela acusação cristã idiota. Este lance de denunciar o pecado é algo realmente inconveniente, como normalmente a verdade é. João poderia ter ficado quietinho. Ninguém pediu sua opinião. O que é que ele tinha que se meter?

Na primeira oportunidade Herodias deu um jeito de pedir a cabeça de João Batista e assim foi feito. João foi decapitado e sua cabeça foi entregue para sua filha Salomé numa bandeja. A inconveniente verdade incomodava Herodias e acabou sendo ainda mais inconveniente para o próprio João.

Assim é hoje. Quando as verdades são ditas, as pessoas se incomodam. Nada mais inconveniente que um pastor falar a verdade sobre o pecado. Pior ainda quando os ouvintes são o clero ou religiosos, como aconteceu com Cristo ou João, que não tinham dificuldades em serem inconvenientes, anunciando verdades.

Quanto de verdade estamos dizendo para nós mesmos?
Assumimos que muitos de nossos atos são realmente errados ou pecaminosos?
Temos interesse em falar a verdade? Em viver a verdade de verdade?
Muitas vezes todos nós preferimos o conforto da mentira e pior, mentimos para nós mesmos.
Mentimos que nosso casamento está bom. Que nossas escolhas foram corretas. Que não temos condições de tomar atitudes coerentes. Por aí vai...

João Batista perdeu a cabeça por ter denunciado o erro. Quem fala verdades, nem sempre é amigo do Rei.

O que vamos escolher para nortear nossa vida? A inconveniência da verdade ou o conforto da mentira?


*Um dia ainda me animo em pesquisar o que significa esta palavra. Se ficou curioso, faça isto já.
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Agora vamos relaxar!
Com esta estória de João Batista, o cara que batizava nas águas, vou apresentar um filme sobre a importância da água para a saúde... Água nos deixa novinhos em folha.
Ah! Água, you make me feel brand new!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SAUDADE DO QUE EU AINDA NÃO VI.


Certa vez me contaram que muitos negros que eram escravizados morriam de banzo, que é um tipo de saudade tão apertada que a pessoa entra em inanição e falece. Meu irmão disse que meu pai quase morreu de banzo quando se separou da família e foi morar sozinho numa cidade muito distante, longe de todos os amigos e parentes.

Saudade é um sentimento muito dolorido, que todos já sentiram em algum momento em suas vidas. Sentimento que, se por um lado nos machuca, por outro distingue em nós as coisas e pessoas que gostamos muito e as que nem tanto. A saudade do que passou nos ensina a aproveitar o hoje, posto que o presente virará pretérito no futuro, portanto, carpe diem, para sofrer menos amanhã.

Rubem Alves, um nostálgico inveterado, foi brilhante ao afirmar que “a saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”. Apesar de doer, a saudade mostra que a vida sempre tem capítulos felizes. Se o capítulo chamado hoje não está legal, liga não, isso passa. Talvez amanhã será um capítulo que fará com que seu depois-de-amanhã sinta dele saudade...

Mas quando a saudade aperta, ela não cabe dentro do coração e então, escorre pelos olhos...

A saudade torna-se especialmente insuportável quando o presente é angustiante. Quando o tempo vivido foi bom e a realidade tem estado muito dura, muitos tendem a recusar o hoje, fantasiando o ontem. Conta a estória que Jó perdeu tudo e, de milionário, converteu-se num indigente enfermo. Em sua nova vida, Jó se lembrava do passado e dizia: "Como tenho saudade dos meses que se passaram, dos dias em que Deus cuidava de mim” (Jó 29:2). Esta é a sensação que muitos temos quando nosso presente não está embrulhado em papel brilhante e amarrado com fita. Tendemos a crer que Deus se esqueceu de nós... OU até que jamais de nós lembrou... Será que Ele está mesmo morto?

Eu tenho muitas saudades do meu passado. Tenho saudades de quando era criança em Goiânia. Dos meus amigos do “ginasial”. Da minha banda de rock. Do meu primeiro amor ao Senhor. De tomar banho de banheira com meus filhos quando eram crianças. De ficar até de madrugada com casais amigos, bebendo vinho e ouvindo música, ambos italianos. De não saber o quão mais complicada a vida é do que parecia ser.

Um segredo: sou meio melancólico! Mas fujo deste sentimento por saber que ele é nocivo e não produz frutos agradáveis. Às vezes, quando a melancolia me pega de jeito (Graças a Deus que são poucas estas vezes), ouço Belchior escondido, assim permito que minha alma “ame um passado que ainda não passou, recuse um presente que machuca, e não veja o futuro que me convida...”(Neruda), mas logo, desisto da melancolia para abraçar a vida do hoje, que por ser uma dádiva de Deus, chamamos de “presente”, e também sonhar cheio de esperanças com um amanhã melhor.
Todavia, de todas as saudades, a que mais me machuca é uma saudade que sinto de tudo que eu ainda não vi. Quando Renato Russo escreveu esta poesia, identifiquei-me. “Tem gente que tem saudade do que nunca existiu, e isto dói bastante”. Mas eu estou no trem daqueles que sentem falta majoritariamente do que ainda não conhecem:




“E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.”

                                 Renato Russo, em Índios.

Minha maior saudade é a saudade do Céu. Já quis até morrer para poder matar a saudade que tenho do Céu. Quero muito poder sentar no colo do meu Pai do Céu. Agarrar aquelas barbas com muita força. Beijar sua testa. Rir sem parar. Rir até chorar, mas... Sem choro, pois lá não terá lágrimas. Morro de saudades de caminhar de mãos dadas com meu Pai do Céu e bater longos papos sobre vida, sobre amor e sobre coisas que sequer sei que existem. Não quero largá-lo. Morro de saudades... Saudade do que ainda não vi.

Esta é a saudade que mais aperta meu coração e mais me faz sofrer. Meu consolo? Ao contrário da das coisas que passaram, esta saudade viciosa será plenamente curada, posto navegar nas ondas do amanhã, que compulsoriamente virão, não nas de ontem, que não mais moinhos movem.

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QUEM ME DERA... AO MENOS UMA ÚNICA VEZ...



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REGRAS PARA O SUCESSO.





Existem duas regras para o sucesso:
1ª-Nunca conte tudo o que você sabe.



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quarta-feira, 29 de junho de 2011

MAS... QUE GRAÇA!


Ando bastante esperançosa. Tenho uma vida boa. Desde que os grandes tumultos interiores foram se acomodando, me percebo com maior alegria de viver.

Gostaria de ter conseguido assimilar a graça de Deus anteriormente. Vivi anos a fio olhando para a graça sem compreender que poderia abraçá-la e incorporá-la plenamente. Sofri todos os horrores e infernos de uma alma e consciência atribuladas pela culpa. Culpa até do que não tinha feito.

Desde pequenina ouvi, li e aprendi sobre Deus. Mas sempre tive reservas para com Ele. Medo! Medo de ofendê-lo, desagradá-lo. Sabe aquele cântico: “cuidado, olho, boca, mão e pé? Porque o Papai do céu está olhando para você???” . Este cântico, hoje, me dá pavor... Nunca cantei, nem cantarei isto para nenhuma criança. Ameaça. Muita coisa que cantei a infância toda continha um teor ameaçador, mostrando um Deus bravo, que me vigiava todo o tempo e estava pronto a me rejeitar, se eu pecasse. Não faça isto ou aquilo porque Deus não gosta... Jogavam tudo nas costas de Deus. Não me diziam: - não pode por ser desonesto, não ser ético, por prejudicar os outros.

Sei que ninguém fez isso por mal. Pensavam estar me dando a melhor educação cristã e era o melhor que tinham. Mas não quero ensinar assim para Heitor. Para ele, Deus é amor. E me ama e o ama e ama a humanidade de graça. Perdoa tudo. Limpa toda sujeira e feiúra de todo ser humano.

Custei demais aprender quem é Deus. Agora, procuro viver de acordo com o que creio. Gosto do “meu” Deus. Um Deus bom. Muito bom!!!!

Ele me ama verdadeiramente mesmo me conhecendo plenamente e sabendo que valho nada. Absolutamente não presto. Procuro fazer coisas boas. Mas não consigo alcançar os objetivos. Sou nada.
Quero parecer com Jesus. Ah! Como desejo! É uma batalha... Mas sei que sou d’Ele. E não quero continuar sendo a mesma. Para mim. Quem sou? Como sou? Olho para meu interior. Todos os dias. Penso que me perceber, admitir minhas falhas, erros, discrepâncias e também minhas qualidades faz parte do processo de viver bem a cada dia. Estou contente!!! Sinto que prosperei bastante. Só consigo viver pensando e procurando Deus. Grudou em mim. E eu n’Ele. É meu fiel companheiro. Quanto mais falo, leio, estudo e vivo, mais o amo e sei que sou amada.

Só quero ficar mais junta a Ele e, desde pequena, peço ao Senhor para que as pessoas vejam Luz de Deus em mim. Sejam influenciados e influenciadas por Jesus que habita em mim. Um Jesus que pregou e viveu o amor incondicional e pagou o preço, simplesmente por me amar.

“... A minha alegria é o Senhor que conheceu minha alma e não me desprezou...” (esqueci o restante do cântico).
Caminhar com Deus confiando n’Ele verdadeiramente faz a vida valer a pena. Creio que estou sujeita a sofrer todas as adversidades, tristezas, dores e demais fatalidades que todos os seres que estão “debaixo do sol” podem sofrer. Servir ao Eterno não significa estar a salvo dos percalços do dia a dia. Significa que Ele está junto comigo, segurando minhas mãos, afagando meus cabelos, me assentando em seu colo e me apertando junto ao peito, sussurrando aos meus ouvidos: - Não temas, porque eu te remi, chamei-te pelo teu nome, tu és minhas”. Fantástico , não?!

E o que significa ser “do eterno”?

Quem nem a morte têm poder sobre mim! Nem principados, nem potestades nem poderes deste mundo ou de qualquer outro universo. Isto é glorioso! E, tenha certeza absoluta, você não precisa fazer nada para obter tão grande privilégio a não ser aceitar que Jesus Cristo, o Messias, é o Filho de Deus, que nasceu aqui, no Planeta Terra, viveu como homem e morreu em uma cruz para redimir a humanidade de seus pecados, e, por isto eu posso ser d’ele, pois fui comprado a preço de sangue. Sangue do Filho de Deus. Pronto! É de graça, e, de graça é favor imerecido!

Abrace a graça de Deus e tenha vida plena aqui na terra e lá no céu. Ouse crer nessa verdade. Verás que a vida enche de cores, brilho e força para enfrentar, com ousadia tudo que vier.

Sandra Márcia Braga Viana é historiadora, 
gosta da vida e sempre bebe um Café com Deus!



UMA HISTÓRIA DE AMOR.



CAFÉ PARA DEUS!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

VAIDADE... QUANTA VAIDADE !!!




Soberba, orgulho, arrogância, vaidade e altivez são palavras que possuem significados muito próximos nos dicionários. Especialistas consideram que todos estes sentimentos sejam sinônimos.

Pessoas tomadas por estes sentimentos são aquelas que olham para si como dignos de admiração pelos outros. Crêem que estão acima das demais pessoas, seja por sua beleza física, qualidades intelectuais, erudição, cultura ou condições financeiras.

Por questões práticas, vou juntar aqui todos estes sentimentos no adjetivo que a Igreja Romana usou para batizar um dos sete pecados capitais: Vaidade.

"Eu sou o máximo!
Comigo ninguém pode!
Deus no céu e eu na terra!
Orgulho-me de minha humildade..."

O vaidoso é aquele indivíduo arrogante, que se julga superior, melhor, acima. A pessoa que olha para as opiniões alheias com desprezo, ou na melhor das intenções, até com dó mesmo e sobre os que professam opiniões diferentes das suas, pensa: Idiotas!

O vaidoso tem orgulho exagerado de suas conquistas, de suas coisas, de suas idéias, de sua existência que trás beleza e sabedoria ao mundo.

A Bíblia diz que "Deus perdoa todos os pecados dos humildes, mas os arrogantes serão castigados". Veja que interessante... Porque este sentimento é tão rejeitado por Deus?

Segundo a teologia cristã mais aceita na atualidade, Lúcifer, o grande camarada de Deus, em função de sua beleza e “posição social”, tornou-se um sujeito arrogante e soberbo. Orgulhoso de suas qualidades, a tal ponto de embriagar-se em sua vaidade e desejar em seu coração ser igual a Deus. Seu fim, todos sabem: Foi expulso da presença de Deus, convertendo-se Satanás.

É isto! O vaidoso é um semi-deus.

Sentimentos extremados de orgulho e vaidade eliminam de nossas vidas a necessidade e a glória de Deus, posto eu ser bom demais!

Assim:
  • Bênçãos dadas por Deus passam a ser encaradas como conseqüências do trabalho.
  • Vitórias obtidas pela misericórdia divina, viram conquistas pessoais.
Deus vai sendo esquecido e o EU vai sendo entronizado, elogiado, louvado, inflado, endeusado. O sujeito vira o seu próprio Deus. Mas Deus, o Senhor, não divide a sua glória... Por isso, para tais sujeitos, Deus faz questão de mostrar quem realmente manda.

Não raro o fim dos arrogantes é a desgraça, mesmo que momentânea, objetivando trazer cura para esta patologia emocional.

A grana pode acabar.
A saúde pode faltar.
A família pode esfacelar-se.
A demissão pode bater à porta.
O vaidoso pode descobrir sua real impotência.

A vontade de Deus é que todos o reconheçam como Deus.


Em função de minha estória de vida, sempre fui uma criança humilde. Mas, como muitos me olhavam com desprezo e poucos apostavam em mim e no meu futuro, eu mesmo tive que apostar em mim. Sozinho, tive que crer que eu poderia ser bom. Acreditei muito. Acreditei que eu iria furar a lógica do sistema. Acreditei que não seria um párea. Tive que acreditar que eu era bom e esta crença me ajudeou a me aceitar. Entreguei minha vida para Cristo e Deus entrou em cena me dando bênçãos e conquitas e, ato contínuo, vieram elogios, afagos e reconhecimentos do mundo que antes desprezou-me. Humildemente, sempre trasnmiti para Deus a honra que queriam me dar, mas em determinado momento, após muito assédio, fraquejei e acreditei naquelas vozes: acreditei que eu realmente era muito bom!
Deus no céu e Luciano na terra!
Este foi o início da queda do Zeppelin. Cheguei na lama de onde antes havia saído e fui recordando que, em minha vida, todas as conquistas não haviam sido propriamente minhas, mas foram fruto da Graça do Pai.
Deus me deu a oportunidade de me encontrar comigo mesmo e descobrir que eu era muitas vezes menor que estava supondo...


Não somos nosso próprio Deus. Nem somos nossos donos.


No trono de Deus não cabe nosso ego assentado.

(A VAIDADE EXCESSIVA, MESMO EM SEU NÍVEL MAIS SIMPLES - COMO A OBSESSÃO PELA BELEZA FÍSICA - PODE SER AVASSALADORA. VEJA ESTE FILME)





sexta-feira, 17 de junho de 2011

EXPECTATIVAS


Não... Não existe mágica!
Não, não existe algo sensacional para acontecer.
Não, não pense que a Copa no Brasil será algo extraordinário e nem que o próximo show da sua banda preferida fará milagres na sua existência...

Tenho visto muitas pessoas da minha faixa etária insatisfeitas. Insatisfeitas com a vida e com o rumo das coisas. Muitas destas pessoas são discípulos e discípulas de Jesus. Pessoas sinceras. Que buscam viver uma vida em harmonia com o vizinho, consigo e com Deus. Porém, pessoas insatisfeitas. Muito insatisfeitas.
Como nos ensinou Carlos Drummond de Andrade:
"Nossa dor não advêm das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram."

O casamento não foi tão bom assim... E agora, o que devo fazer? Em qual farmácia compro “sexo em cápsulas”, “abraços em gotas” ou “paixão tópica”?

A vida profissional não é maravilhosa... E agora? Onde encontrar o “elixir do trabalho sensacional” ou o “perfume da carreira estonteante”?

Meu corpo? Bem, ele está perdendo a guerra contra o tempo e a gravidade. Qual cirurgião está vendendo “pele pêssego de 16 anos”, “seios arrebatadores de 20 anos” ou “barriga extrema anti-gestação”?

As coisas não foram exatamente como eu queria, mas para a maioria das pessoas e na maioria do tempo eu finjo que elas foram muito melhores do que realmente são. Minto para a vida com um sorriso amarelado pelo tempo e pela corrosiva dúvida... E se? E se?

Buscamos mais, queremos, mais, desejamos mais. O carro que nos fez suspirar ano passado não é mais lavado com freqüência. Da viagem internacional tão programada e aguardada, que estourou meu cartão de crédito e meu bom relacionamento com o gerente, restou fotos desbotadas e a dúvida se realmente existiu: “Será que existiu mesmo? Porque hoje não sou mais feliz que antes da viagem?!”.

As coisas não nos preenchem completamente.
Nada nos preenche completamente.
Na busca da felicidade, compramos efemeridades.

Não vamos nos enganar. Nada realmente nos completa integralmente. Somos cronicamente incompletos, posto os nossos sonhos jamais se esgotarem. Vencida uma etapa, já sonhamos com a segunda e nos mantemos incompletos novamente. Num ciclo crônico de buscas.

Salomão fala muito sobre a existência humana e diz que por mais que ele tenha dado prazer à sua alma, ainda viu-se incompleto. Possuiu todas as mulheres que um homem pode desejar. Teve mais bens que todos seus antepassados. Comandou tudo e todos. Teve regalias, muitas. Mas ele concluiu que tudo isto de nada adiantava, pois no fim todos morreremos. Salomão foi de uma simplicidade cruel, dizendo que nós não somos diferentes dos animais, pois apenas vivemos e morremos na ilusão e depois de um tempo, ninguém mais se lembrará de quem nós somos ou fizemos.

A tristeza reside nas expectativa.
A frustração é filha da expectativa.
A angústia canta louvores à expectativa.

O que nós esperamos da vida? Expectativas realistas é a melhor fórmula para uma vida emocional saudável. A maioria das coisas que nos entristece ou atormenta são reflexos de algumas escolhas nossas. Escolhemos errado? Lembre-se, todos tem as mesmas chances de 50% de acerto ou erro. Aliás, quem disse que você errou? Qualquer que fosse a sua escolha, ela traria alegrias e dissabores. Expectativas demais!

Muitas vezes vivemos na expectativa que algo extraordinário irá mudar o rumo das nossas vidas. Não, nada de extraordinário acontecerá porque o principal dos milagres já aconteceu: A sua vida!

Nenhum acontecimento sensacional irá mudar o seu humor ou o seu temperamento. Você sempre será você mesmo. Aprenda a viver com você.

Sim, claro que devemos nos permitir alguns prazeres vez ou outra. Nada melhor que uma auto-premiação. É como um “meus parabéns” após um trabalho bem-feito. A única coisa que pode mudar você ou o seu humor é você mesmo, ninguém mais. Uma decisão de curtir o que tem. Rir das decisões que tomou e decidir ser feliz “durante os poucos dias que Deus te dará debaixo do sol”. Não gaste seus dias com emburros, resmungos e cara feia, mas alegrando quem está ao seu lado, agüentando suas ocasionais carrancas. Seja um sol esquentando os corações que cruzam seu caminho. Seja o beijo doce que causa apinéia. Seja a palavra sensata. Seja o seu próprio evento que muda a sua história.

Uma forma de viver bem é ajustar as expectativas. Posso sonhar longe, mas não devo crer que chegarei literalmente a Marte. Posso até desejar muito, mas sabendo que não terei tudo. Mediocridade? Não, não se trata de viver uma vida medíocre, mas viver intensamente todas as coisas que possui. Se você tem apenas um pôr-de-sol, curta-o intensamente, pois muitos não podem vê-lo. Se não está dando pra visitar aquele restaurante da moda, baixe a receita pela internet e curta os aromas dos temperos invadindo a sua cozinha, a alegria do barulho do alho estalando na frigideira e as cores sensacionais dos ingredientes... Crie o clima e curta o prazer para você e para quem come com você. Convide alguém para comer com você!

Sim, sonhe! Mas não de forma tão irresponsável que sua vida transforme-se num pesadelo.
Sonhe. Sonhe mesmo! Mas sabendo que a Deus pertence o “realizar”.
Crie uma vida nova a cada manhã. Mas crie expectativas reais.
Nenhum trabalho é excelente demais – todos trarão dias de angústia.
Nenhuma cônjuge é sensacional demais – todos eles fedem quando não tomam banho.
Nenhuma casa é linda demais – mais vale calor humano que natureza morta.

Alegria é viável. Salomão diz que o vinho alegra o coração do homem. Salomão teve um discurso por vezes mal-humorado com relação à existência, mas ele foi muito objetivo e direto dizendo que “não há nada melhor para o homem debaixo do sol do que comer, beber e viver a vida regaladamente”, porque “tudo o que o homem construir com muito suor, não ficará para ele, mas para quem ele sequer sabe como administrará tudo o que fez” e que no fim das contas “a suma é, teme a Deus e guarda seus mandamentos, pois este é o dever de todo homem”.

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Matt ficou mundialmente conhecido com a sua dancinha esquisita! Celebridade imprevisível!
Pergunta: Ao viajar o mundo todo Matt buscava felicidade ou fugia da tristeza? O quão mais feliz ele é hoje, que sua cara povoa a internet? Matt foi Matt. Permitiu-se uma escolha imprevisível e deixou um legado cômico, original,mas sobretudo: IMPREVISÍVEL!


sexta-feira, 10 de junho de 2011

SENTIMENTO DE CULPA?




Admiro muito Rubem Alves, pois por não ter compromisso com instituições, seu livre pensar permite a ele aforismos e conclusões heterodoxas. Ele consegue ser complexo em seu simplismo. Hoje li um artigo dele cujo tema é o medo[1].

Eu já escrevi sobre o medo, você pode ler CLICANDO AQUI. Mas o artigo do Alves se desenvolve em torno do medo que a igreja desenvolve nas pessoas para poder manipulá-las: segundo Alves, cria-se o inferno para poder vender o céu. Um raciocínio que se generalizado, converte-se em sofisma, já que nada é absoluto. Em seu lindo artigo, o autor ainda confunde "igreja-instituição" com "igreja-grupo-de-pessoas".

Não posso me aborrecer com a igreja, posso me aborrecer com as pessoas que estão dentro dela. CNPJ não tem sentimentos bons ou maus, pessoas sim.

Os problemas são as pessoas. Não sou discípulo de Sartre, mas concordo que "o Inferno é o outro". O ser humano é decepcionante e decepcionável onde quer que ele esteja, dentro ou fora de qual instituição quer que seja, professa ou laica.

Mas, sim! Sem generalizar, concordo que muitos religiosos cristãos não agem como Jesus agia posto usarem o medo como instrumento de manipulação dos indivíduos ou das massas: Apresenta-se o inferno para lucrar com a venda do céu.

No contexto do medo aparece a culpa. Se sou contraventor de uma “lei” espiritual, torno-me culpado. Se não tenho culpa, não serei punido ou repreendido, portanto não preciso ter medo. Se sinto culpa, mesmo perdoado dela, posso ir pro inferno existencial. Sentimento de culpa gera medo. Uma coisa é “culpa”, outra é “sentimento de culpa”. Posso ser diariamente perdoado de minhas culpas, mas preservar o sentimento delas, como se não perdoado tivesse sido: uma prisão existencial.

Sentimento de culpa é uma prisão e também um instrumento de manipulação.

Os Evangelhos nos contam que Jesus pagou a dívida de toda a humanidade. Ele se tornou culpado no lugar da humanidade e nenhuma condenação há para os que estão em Cristo. Ele é o perdão encarnado, personificado, perto, prático e (ao contrário do que muitos religiosos pregam): fácil!

Jesus pregou o amor, a libertação das culpas e, por fim, as expiou. Deus não é um carrasco, como alguns insistem em imaginar.

Religiosos pregam a necessidade deles e de suas normas e dogmas como eternos expias das culpas. Assim religiões tornam-se prisões das quais os libertados delas paradoxalmente tornam-se culpados. A “igreja” não é Deus, como alguns supõem. Decepcionam-se com a igreja (instituição humana) e descontam sua raiva em Deus...  Isto é miopia espiritual. Dissonância cognitiva metafísica.

O interesse de Deus é perdoar todos, assim como ele fez com o marginal que estava crucificado ao lado de Jesus, que recebeu a salvação não por ser bom, mas (na reta final, salvo pelo gongo) por crer apenas. Esta facilidade irrita as pessoas vingativas e alguns religiosos. Mas Deus tira toda a culpa das nossas costas, basta crer, assim como o ladrão creu e perdeu sua culpa ante os céus. Tribunal fácil... Graças a Deus... Ou eu jamais seria salvo, pois eu sou muito parecido com você: Não possuo justiça própria. Se você é realmente culpado por algo, se desculpe, perdoe-se, abandone o erro e exorcize o sentimento de culpa.

Dizem que o catolicismo romano é mestre em usar a culpa como instrumento para manipular pessoas, mas vejo que muitos ramos ditos evangélicos também o fazem com destreza.

Entregue diariamente sua vida para quem pode te perdoar de toda e qualquer culpa. Afaste-se do pecado e lute contra as obras da carne. Sobretudo, aceite o perdão diário e jogue fora todo sentimento de culpa, que somente produz dor, angústia existencial e medo.

Liberdade?

Liberdade é viver sem medo e sem culpa, porque se Jesus te libertar, você verdadeiramente será livre.

Liberdade é não deixar-se dominar pelas obras da carne. "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." Gálatas 5:19-21


[1] Alves, Rubem. O sapo que queria ser príncipe. Ed. Planeta, São Paulo, 2009. p. 85


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Veja como a culpa é relativa ao tempo, espaço, cultura e até idade. Culpa é uma questão de ponto de vista!
Se eu ou você fôssemos o protagonista das cenas abaixo, teríamos muito o que explicar. Mas, considerando quem são estes protagonistas, não serão nem culpados nem punidos.
Hahahaha!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Hora da faxina! Jogue fora o que é velho.




A gente tem a tendência ao acúmulo. Mesmo sem querer a gente acaba juntando e guardando em nossos armários e gavetas um monte de coisas... Muitas destas, totalmente inúteis para nós: roupas que não usamos há várias estações, maquiagens velhas, utensílios desnecessários, ferramentas estragadas, pequenos pedaços de canos usados ou restos de alguma reforma feita no banheiro, até pneu careca tem gente que "guarda", por pretextos mais variados.


Muitas vezes guardamos coisas que não nos são úteis, mas poderiam ser úteis a alguém. Outras vezes são coisas que não são úteis para nada, apenas para tomar espaço, empoeirar e o pior: tomar espaço físico e emocional e assim impedir que o novo venha!


O Senhor é um Deus de novidades: a Ele pertence o novo e não as tradições... Tradições são coisas humanas. Tradições são coisas de religiosos. São apegos ao passado e ao que já foi útil ou importante, que teve seu lugar, mas não necessariamente, continua tendo.


Jesus não era uma pessoa nem tradicional e nem religiosa. Ele representou o novo:

• Novidade de vida,

• Novo mandamento,

• Nova aliança!

Mas os religiosos de seu tempo, judeus tradicionais que eram, não curtiram muito todo aquele papo de modernização da fé, do estilo de vida e de relacionamento com Deus e deram um jeito de fritar o cara... Sim, religião mata e religioso é um perigo para Deus e um atentado às novidades de Deus.

O Apóstolo Paulo de Tarso, antes de sua conversão, era uma pessoa que tipifica bem o religioso padrão: zeloso pelas tradições as quais supõe serem Deus. (Mas não há um versículo que afirme "Deus não é tradição"... Existe sim, "Deus é amor").


Disse Jesus: “Meu Pai trabalha ate hoje!”

Sim! Deus continua criando e inovando, pois Deus não está preso no tempo, mas Ele é amoroso.

Prender-se às coisas velhas ou inúteis é agarrar-se ao passado, portanto, impedir a entrada do novo.

Para o novo entrar o velho tem de sair!

Há que se abrir espaços em nossa existência para a chegada das novidades que Deus tem para nos presentear a cada manhã.

No caso das questões materiais, quando guardamos estas quinquilharias em nossos despejos, estamos emitindo para nós mesmos alguns sinais:

1º - "Não confio que no futuro terei outras coisas boas. Melhor agarrar-me ao velho, pois pode ser que Deus não me abençoe amanhã novamente..."


2º - "Não sou merecedor do novo! O bom é para os outros e não para mim. Deixe-me acumular estas coisas, mesmo que velhas, pois as boas novidades são para outros."

Ensinou Jesus: "Não acumuleis tesouros na Terra, pois onde estiver o teu tesouro, ali estará o teu coração", portanto dê, doe, distribua!

Entretanto, o mais cruel neste processo de acúmulo não é o acúmulo de coisas, mas sim o acúmulo de sentimentos passados:
Ofensas, invejas, injúrias, fofocas e coisas outras que plantadas e aguadas, germinaram e cresceram em nós como ódios, desejos de vingança, iras, injúrias. Sentimentos que devem ser jogados fora e substituídos pelo novo, pela novidade, pelo perdão aos que nos ofenderam de alguma forma.

Guardar sentimentos negativos faz mal somente a nós, que carregamos este peso inútil e assim não podemos caminhar livremente pela vida. Entretanto, para a pessoa não perdoada por nós, que às vezes, nem sabe do mal que por ventura tenha nos causado, esta pessoa continua sua jornada, talvez até feliz.

Perdoar não é fácil, por isso que Jesus insiste tanto neste tema. Qual é o seu limite de perdão?

Vamos esvaziar nossas dependências interiores de coisas velhas e inúteis e abrir espaço para o novo entrar.

• Para o novo relacionamento entrar, o velho tem que sair.

• Para o amor entrar, o ódio tem que sair.

• Para a paz entrar, a ira tem que sair.

Faça em sua vida a faxina do perdão, limpando os armários da alma e as gavetas do coração. Jogando fora coisas do passado e deixando espaço livre para as novidades de vida que Deus tem para todos nós, todas as manhãs.

Você não é melhor que ninguém, mas também, você não é pior que ninguém. Você é único diante do Pai, que a todos ama, indistintamente.

Quer o novo? Livre-se do velho.


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... E POR FALAR EM NOVO E VELHO?

Veja este comercial da água francesa Evian, no qual o argumento é o seguinte: "Observe o efeito de Evian em seu corpo".
Já é um comercial manjado, mas vale a pena rir novamente!



Evian from Pedro Jobs on Vimeo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A INVEJA É UMA M...




A inveja não diz respeito ao outro, mas diz respeito a si mesmo. Quem inveja é um insatisfeito crônico com o que tem e com o que é. Alguém que não está realizado com as suas conquistas, com sua inteligência, com sua personalidade, com o seu corpo ou com suas escolhas de vida.

A inveja é a doença existencial que fez de Lúcifer, Satanás. Que fez Adão e Eva perderem o paraíso. Que quase matou José, mas o levou ao Egito e que traiu Jesus. Sim, o apóstolo Marcos afirma em seu evangelho que foi a inveja dos religiosos de sua época a razão de sua morte. Inveja mata!

Admirar pessoas bem sucedidas não é um problema, mas desejar ser elas...

O invejoso olha o outro e se ressente de não ser ou de não ter o que ou outro tem ou é, assim, o invejoso é uma pessoa insatisfeita e não realizada. O invejoso não gosta de ser quem é. Não existe uma pessoa perfeita, um ser completo, portanto, todos já sentiram inveja um dia, em algum grau, de alguém ou de algo, mesmo que tenha sido pouco ou breve.

O que não se pode fazer é alimentar este sentimento nefasto. Como disse Lutero: “Não posso evitar que um pássaro pouse em minha cabeça, mas posso evitar que ele faça um ninho.” Quando deixamos a inveja aninhar-se em nós, deixamos de desejar o que é do outro para desejarmos que o outro não mais tenha. Isto mesmo. A inveja em níveis elevados torna-se tão doentia que o invejoso fica tão incomodado com o que ele não tem ou não é que passa a desejar que o outro perca ou deixe de ser. O outro perder passa a ser o único consolo daquele que não tem.

O mais incrível é que o invejoso causa mais mal a si mesmo do que ao objeto da sua inveja. O invejado continua caminhando em paz com sua vida enquanto o invejoso não mais dorme, não tem paz e trava uma guerra muda que destrói sua própria vida. O Rei Salomão resumiu este conceito dizendo que “quem tem paz de espírito tem saúde, mas a inveja é como o câncer”. Isto mesmo, quem está em paz com o que é e com o que tem, está feliz, goza de paz de espírito e numa somatização positiva, caminha cheio de saúde física. Mas quem é insatisfeito e frustrado com suas escolhas, que não se perdoa, que não deseja ser o que é, mas deseja ser o que o outro é, perde sua paz, vive amargurado e triste e o seu próprio sentimento vai matando a si mesmo pouco a pouco, dia a dia, como o câncer.

Para o invejoso, há uma frase de Jean-Paul Sartre que é perfeita: “O inferno é outro”. O invejoso sofre com o sucesso alheio e nesta psicose quer o fim do outro para obter paz. Um sentimento mesquinho, feio, triste. Como disse o filósofo de buteco: “A inveja é uma m...”

Desejar ser o que ainda não se é ou desejar ter coisas que ainda não conquistamos não é um problema em si. Admirar é saudável, mas querer roubar o que o outro é, não é possível. Devemos desejar e buscar nosso crescimento, mas não podemos “culpar” quem é pelo que nós não somos.


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EU FIQUEI COM  "INVEJA"  DE NÃO TER SIDO O CRIADOR DE UMA PROPAGANDA TÃO SENSACIONAL...