sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

De Igreja Hospital para Igreja Circense!

Este texto é uma contribuição de Roberto Itamar Alves da Costa - Missionário da JOCUM



"Quando criança, eu fui criado em hospitais, desde os dois anos de idade tenho bronquite asmática, meu pai era militar e graças a Deus eu nunca tive que esperar em uma emergência para ser atendido, e por diversas vezes escapei da morte, lembro bem que em uma das minhas crises mais fortes quando adolescente, tive duas paradas respiratórias dentro do carro, indo para o hospital. Mas como tudo que é bom, dura pouco, minha dependência do plano de saúde de meu pai durou até a minha maior idade.


Depois disso passei a depender do nosso “maravilhoso SUS” (Sistema Único de Saúde) que como afirmou o nosso presidente em uma antiga entrevista: “A saúde publica no Brasil está beirando a perfeição!”


Eu entendi que o Lula realmente nunca mais foi em um hospital público, depois de se tornar líder sindical e presidente da república, será que naquela época, os hospitais públicos eram bons?


Mas o que realmente me deixa chateado, é saber que impostos são cobrados, e não são poucos, para que o povo brasileiro tivesse um pingo de respeito, o dinheiro nós já demos, mas onde será que ele vai parar, que não está sendo empregado onde deveria?


Recentemente, eu estava em um culto e ao final fui lanchar com uns amigos, ao chegar ao shopping, o lado direito das minhas costas foi tomada por uma dor insuportável, a dor era tão forte que meu braço adormeceu, sem saber o que fazer, tomei dois comprimidos de dorflex que minhas amigas compraram para mim, (aprendi com um amigo de BH) e até que a dor aliviou um pouco, eu nem consegui comer direito.


No dia seguinte, eu me aventuro no hospital público da minha cidade, ao chegar bem cedo, o hospital já estava lotado parecia o show do Woodstock em 69.


Depois de muitas horas, consegui chegar até a triagem, (detalhe, eu estava na emergência) a enfermeira educada como uma porta faz uma rápida entrevista e me manda para uma cadeira do lado de fora da sala para medir minha pressão, mais gente na fila, depois para o consultório, eu só sei que depois de muitas horas quando fui atendido, o médico não olha em meus olhos e não toca em mim, faz algumas perguntas, receita uma injeção, e alguns exames. Depois de um dia cansativo, foi diagnosticado, um espasmo muscular, o médico receitou alguns remédios, que por sinal não tinha na farmácia que dá os remédios de graça e eu fui embora, gastei a grana que não estava prevista, e fiquei tomando os remédios, passando alguns dias a dor não parou, e pior, agora era no peito. Voltei no hospital, a mesma novela para ser atendido novamente. Outro médico, outro diagnostico, dessa vez correto, pneumonia!


Pensando e refletindo em tudo o que tinha me acontecido, me lembrei de que no primeiro dia uma senhora já de idade bem avançada chegou sentindo fortes dores na perna, ela estava com o tornozelo inchado e não podia tocar o pé no chão, ela tinha levado um tombo, provavelmente estava com a perna quebrada, ela teve que passar por todo aquele processo também. A forma como ela estava sendo tratada me deixou indignado, e apesar de também estar sentindo uma forte dor, e estar a várias horas esperando, não pensei duas vezes em permiti que ela passasse na minha frente, mas os outros pacientes não foram tão pacientes, e eu nem poderia culpá-los, muitos haviam chegado com suas crianças de madrugada.


O descaso, nestes hospitais, com os velhos as crianças e todo mundo que tenta ser atendido descentemente e luta pelos seus direitos, me fez lembrar como anda o Hospital para as nossas almas, mais conhecido como Igreja.


Quando eu morei na Região Sul do país, eu freqüentei uma igreja, durante dois meses, eu assistia três cultos na semana, após um mês e meio eu recebi meu primeiro: Boa noite, seja bem vindo! Muito feliz com a atitude daquele irmão eu fui procurá-lo, para minha decepção, sua simpatia e educação era ligado diretamente ao seu regionalismo, ele era carioca, morava no Sul há 14 anos, como eu queria que ele fosse sulista!


Para completar minha triste desventura nesta igreja, em um culto de domingo à noite eu estava sentado na galeria, quando eu avistei um morador de rua entrando no templo, meu coração até bateu mais rápido, Deus sabe como eu curto e considero esses caras! Para mais uma decepção minha, o diácono da recepção, educadamente pediu para o homem se retirar, usando o argumento de que o templo estava lotado e não tinha lugar para ele se sentar.


No inicio de 2010, eu fui convidado para pregar em uma Igreja Batista, mais o inusitado, foi à proposta do pastor, ele pediu que eu me vestisse de mendigo, e quando ele fosse apresentar o pregador da noite eu apareceria lá na frente, como eu topo tudo pela graça, graça divina é claro, rapidamente me prontifiquei, a receptividade até que foi boa na hora de cumprimentar os visitantes, mas depois da minha mensagem, alguns irmãos vieram me pedir perdão, pois ficaram com nojo, ou constrangidos de vim me cumprimentar na hora do louvor, deu para perceber que eu caprichei no disfarce, uma irmã em especial me chamou a atenção, ela me disse o seguinte:


-Missionário, eu preciso pedir perdão a Deus, e em segundo lugar a você, quando o pastor mandou que nós abraçássemos nossos visitantes, eu não vi em você uma pessoa digna de um abraço, e nem de estar neste lugar…


Seus olhos estavam marejados em quanto ela se desculpava. Essa irmã pelo menos pediu perdão, mas quantos de nós negligenciamos, um abraço, um boa noite ,ou um simples sorriso?


Alguns historiadores narram que Mahatma Ghandhi, era um grande admirador do cristianismo, e estudioso da Palavra também, em uma de suas visitas a um templo protestante inglês, ele sentiu na pele e no coração o preconceito dos cristãos para com os indianos, Ghandhi dizia que o Cristo dos cristãos era maravilhoso, pena que eles com suas praticas, colocavam o Deus que eles criam e pregavam em uma caixa de sapatos.


Passados vários anos após a sua morte, hoje não é muito diferente o descaso da Igreja, e eu não me refiro somente aos excluídos ou marginalizados, mas quanto a toda a sociedade, este descaso tem sido gritante, nossos cultos nossas pregações e nossos discursos, muitas vezes são enganosos e controversos, caem na mesma ladainha de muita teoria e pouca ou nenhuma ação. Não queremos tirar Deus da caixa de sapatos, para poder manipulá-lo melhor. É interessante pensarmos que quando nosso cachorro fica doente, nós o levamos em um veterinário particular, ou seja, caro. Se nós vamos ajudar um necessitado, nós o deixamos na porta de um hospital público, que na maioria das vezes parece um açougue. Os cães têm um tratamento digno, e o ser humano, a imagem e semelhança do Criador, tem o SUS.


Mas graças a Deus, que muitos líderes tem se despertado, e feito de suas Igrejas verdadeiros hospitais para as almas cansadas e sofridas, tem se pregado o verdadeiro Evangelho do Reino de Deus, onde pessoas têm sido abraçadas pela Graça, e o Amor do Pai. Louvo a Deus por esses pastores e líderes que entenderam que Jesus Cristo veio para enfermos e não para os que estão sãos, e que Jesus não veio sarar o bolso de ninguém.


Suas vidas e suas palavras levam as pessoas ao arrependimento real de seus pecados, evangelizam com atitudes e não somente com palavras.


O problema é que, muitas igrejas (com letra minúscula), querem ser como a saúde pública no Brasil, tratam com descaso a sociedade, se fechando a ponto de, em vês de se parecerem com hospitais para as almas feridas pelo pecado, mais se parecem com verdadeiros circos evangélicos.


Nesses lugares nós vemos um bando de palhaços querendo aparecer na ora do louvor, vamos ver quem pula ou grita mais alto! Profetisas de postes, que ouvem as conversas nas ruas e levam para os cultos em forma de revelações, com várias manifestações chamadas espirituais se fazem parecer dançarinas de can-can cheias de pseudo-santidade. Pastores bispos e apóstolos disputam o lugar dos mágicos, quanto mais glossolalias e curas divinas, mais espirituais os tais são considerados, fazem desaparecer dízimos e ofertas em um passe de mágica. Líderes de jovens se digladiam por células, e por almas que são tratadas como números ou metas, (apenas pedaços de carne) eles fazem de tudo para tomar os discípulos uns dos outros, eles seriam bons domadores de leões. Corajosos e destemidos, jogariam a própria mãe em uma jaula de leões famintos, só para ser o 12 de algum pastor figurão. Os discípulos coitados, esses são apenas espectadores, que sonham em ser um desses artistas circenses, o problema é que cada culto no picadeiro, não é de “graça”, que, aliás, anda bem longe dessas igrejas, eles tem que pagar o ingresso, que não costuma ser barato, quando o espetáculo é televisionado fica pior, vai ver quanto que é a entrada de dízimos e ofertas de uma igreja circense que tem programas de TV, afinal são muitos funcionários para bancar, nessas igrejas ostentar prosperidade é uma forma de evangelismo, e até que funciona, desde que eles não tenham que largar a vida circense, ta beleza!


Hospital? Deus me livre! Ele me chamou para receber o melhor dessa terra, Deus me constituiu por cabeça e não por cauda, e onde eu colocar meus pés, esse lugar será abençoado!


Se eles quiserem assistir o culto de um picadeiro, quem sabe Deus não cura as feridas deles?


Assim é o discurso, de muitos líderes circenses.


Se vocês já leram outros textos meu, já devem ter percebido que eu critico bastante as igrejas que não cumprem sua missão bíblica, creio que tenho autoridade para isso, pelo fato de, durante muito tempo ter feito parte dessas igrejas descompromissadas, e permitir que minha religiosidade fosse mais importante que o ser humano, como os caras que crucificaram Jesus. Eu não pedi exclusão ou me desliguei de minha Igreja local, conseqüentemente de minha denominação, eu entendi que os agentes transformadores somos nós, e não a estrutura física ou denominacional, o templo do Espírito Santo, sou eu e você. Não espere sua Denominação ou Igreja local, se voltar para a sociedade e ser resposta, seja você em Deus esta resposta, seja eu e você reflexos de Jesus Cristo.


A pergunta que fica para nós é: Eu como templo do Espírito Santo, Igreja viva do Deus Vivo, tenho sido como referencia para a sociedade, um enfermeiro do Médico dos Médicos, ou um palhaço de uma igreja circo de Satanás?


Em quanto isso o mundo lá fora continua na mesma, mortes, violência, corrupção, etc…


Espero em nome de Jesus Cristo, que você não dependa nunca de um hospital público brasileiro para sobreviver, e nem de uma igreja circense para servir a Deus…"

“Respondeu-lhes Jesus: Não necessitam de médico os sãos, e, sim, os enfermos.

Eu não vim chamar os justos, e, sim, os pecadores ao arrependimento.”

Lucas 5:31-32
 
Contribuição: Roberto Itamar Alves da Costa - Missionário da JOCUM
 
Para ler mais sobre IGREJA CIRCENSSE, CLIQUE AQUI



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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

ENCONTRAMOS A CHALENE

Esta é a Chalene! A garota da cartinha pro Papai-Noel que nós recebemos!
Não conhece a história da Chalene? Então CLIQUE AQUI.
Nós a visitaremos novamente na semama próxima.

sábado, 4 de dezembro de 2010

SERÁ QUE DEUS USA PESSOAS DE MAL CARÁTER?


Noé era um bêbado


Abraão era velho demais

Isaque era medroso

Jacó era um mentiroso



Léia era feia

José era um escravo

Moisés era gago e incapaz de falar em público

Gideão teve dúvidas que Deus o teria escolhido



Sansão tinha cabelos compridos e era adúltero

Jeremias e Timóteo eram jovens demais

Davi cometeu um adultério e um assassinato

Elias era suicida



Isaías pregava nu

Jonas fugiu de Deus

Raabe era uma prostituta

Jó foi a falência e perdeu a saúde



João Batista era uma figura excêntrica e até comia insetos

Maria Madalena tinha sido possuída por 7 demônios

Noemi era uma viúva desamparada

Paulo era religioso demais, fanático



Pedro negou Cristo

Os Discípulos adormeceram enquanto oravam

Marta era agitadíssima e invertia as prioridades

A mulher samaritana era divorciada, mais do que uma vez



Zaqueu era pequeno demais

Timóteo tinha uma úlcera...

E Lázaro estava morto!

E não esqueça: Jesus ajudou todos eles!!!



Deus pode usar seu potencial por completo!!!

Além disso, você não é a mensagem, você é apenas o mensageiro.

No círculo de amor de Deus, Deus está esperando para usar o seu potencial.



10 coisas que precisamos entender…



1. Deus quer frutos espirituais, não tolices religiosas.

2. Não existe chave para a felicidade. A porta está sempre aberta.

3. Silêncio é geralmente mal interpretado mas nunca citado erroneamente.

4. Faça a matemática... Calcule suas bênçãos.

5. Fé é a habilidade de não entrar em pânico.

6. Se você se preocupa, você não orou. Se você ora, não se preocupe.

7. Como uma criança se liga a mãe desde pequena, a oração é como ligar para "casa" todos os dias e se aproximar do Pai.

8. As coisas mais importantes na sua casa são as pessoas.

9. Quando estamos enrolados com nossos problemas, fique calmo, para que Deus desamarre os nós.

10. A mágoa é uma coisa muito pesada para carregar. Perdoe.



Trate melhor do que o necessário todo aquele que você souber que está enfrentando algum tipo de batalha.

Viva simplesmente, Ame generosamente, Cuide profundamente e Fale gentilmente...

Deixe o resto com Deus!
Gloria a Deus! Pois seu amor é tão maravilhoso que nos ama como somos e tem planos para as nossas vidas além do que podemos imaginar...

Vocês acham que Moisés algum dia imaginou que iria ajudar a libertar Israel do Egito...

Ou Zaqueu com toda sua pequenez imaginou que Jesus pousaria em sua casa...

E Abrão imaginou que na sua velhice seria nosso pai...

pois como diz a Bíblia somos todos descendentes de Abraão!!!!

E Jose de um escravo vendido por seus próprios irmãos se tornou o Rei do Egito!!!!

Imagine o que Deus pode fazer na minha e na sua vida.....

Vai além do que podemos imaginar!!!

Basta crer e perseverar!!!

Contribuição: fabiba23@hotmail.com

domingo, 21 de novembro de 2010

EU QUERO UM PRESENTE DE NATAL. E VOCÊ?


E quem não quer? Todos gostam de ganhar. Ganhar qualquer coisa. Rifa, sorteio e desconto. Queremos ganhar, seja movido por sentimentos mesquinhos de alcançar vantagens, triunfando sobre os demais, seja para sentir-se amado, aplacando os fantasmas da rejeição ou do infortúnio sentimental ou emocional.




Particularmente, eu amo ganhar! Sou um ser humano previsível...



Em minha infância pobre ganhei poucos presentes e sou capaz de enumerar tudo o que ganhei de relevante entre zero e sete anos: Velocípede aos dois, bola aos quatro, revólver usado de espoleta aos seis, bicicleta grande demais para meu tamanho aos sete (assim meu pai pensou que eu poderia usá-la por mais anos). Sim, teve também um tênis com meias! Lindo, azul e branco, aos cinco anos de idade. Fiquei feliz demais com cada um daqueles presentes que tinham em comum o fato de todos eles terem sido presentes não de aniversário, mas de Natal. Eu ganhava presentes somente no Natal.



Esta semana encontramos na caixa de correios de nossa pequenina igreja uma carta de uma garota de cinco a seis anos de idade. Nesta carta ela pede presentes de Natal. Será que ela pensa que papai-noel mora lá com a gente, ou que papai-noel é o Pai de Jesus? Não sei o que passa na cabeça dela. Ela mora num bairro bem distante de nossa igreja e não faço idéia de como ela se deslocou até lá pra colocar aquela carta. Ela pede coisas nobres, as quais não me lembro com clareza agora, mas são uns sete ítens. Ela deve ser inteligente, já que é melhor pedir a mais, pois mesmo que “Papai-Noel” não dê tudo, ao menos alguns itens chegarão a ela. Entre presentes como um par de sapatos, roupas e coisas do gênero, um presente me chamou atenção: Uma Cesta de Natal! Segundo ela, sua família nunca teve uma ceia de Natal. Não é de se admirar, em minhas memórias, ceia de Natal é algo recente em minha vida, certamente posterior à infância. Seu nome é Chalene.



O bairro onde a garota mora é um subúrbio pobre (hoje é mais politicamente correto dizer que é um bairro de classe C/D). Certamente que ele tem uma TV bem grande e colorida onde as estupidamente prematuras propagandas natalinas apresentam famílias brancas sorridentes ao redor de mesas fartas, com Peru, Chester e Tender. Certamente ela não sabe o que é um Chester ou Tender. Eu gosto de Peru assado, é um frangão “danado de chique”, mas eu nunca vi um Tender de perto: Que bicho é este? Tender é mamífero? É bípede? Tem pelagem ou penugem? As fotos de Tender nas propagandas da TV ou na internet só mostram este bicho já assado, nunca vivo... Tender é uma fantasia comercial...



Assim é o Natal já há mais de um século: Uma fantasia! Comemos bichos que não existem na fauna. Sorrimos sorrisos obrigatórios em nome de um tal “espírito de Natal” (que nenhum pai-de-santo jamais o incorporou). Até fingimos ser bonzinhos, dando presentes aos pobres que são por nós lembrados somente nos meses que começam com a letra “D”. Até cartinha de pobre é recebida com alegria e o desejo de poder ajudar invade nossas pesadas consciências, tirando das nossas costas o peso da culpa de ter demais.



Vamos visitar esta garota pra levar os presentes pessoalmente. Acho que ela ficará muito feliz e espero que, além de alegria, a gente não leve também pra ela a certeza de que não é necessário estudar e trabalhar para ganhar coisas ou vencer da vida, já que bastou pedir pras igrejas e pro governo.



Vou ter que contar pra garota que apesar de ela ter querido enviar sua carta pro papai-noel, ela colocou na caixa de correio da casa do “papai-do-céu” e, portanto, é este último que está atendendo seu pedido. Ao contrário do fantasioso Natal comercial que a mídia mostra, vou contar verdades sobre o Natal pra ela. Contarei que eu também não tive ceia de natal na infância, mas que este mesmo papai-do-céu me presenteou com braços e pernas para poder trabalhar e construir, com a indispensável ajuda Dele, um futuro digno e que com fé no papai-do-céu, estudo e trabalho ela também poderá, no futuro, dar ceias de natal para seus filhos e ainda para outros.



E você? O que quer ganhar neste Natal? Peço ao papai-do-céu que atenda aos seus pedidos, mas um pedido especial eu farei a Deus por todos nós: que alcancemos a consciência que os pobres, as viúvas, os órfãos e os presos não sentem fome e frio apenas nos meses que começam coma letra “D”.



Feliz Natal!




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E com relação ao lindíssimo filme publicitário abaixo... Sem comentários!

QUATRO MÃES TOMANDO UM CHÁ...

Quatro mães católicas estão tomando um chá. A primeira mãe, querendo impressionar as outras diz:


- Meu filho é padre.


Quando ele entra em qualquer lugar todos se levantam e dizem:

"Boa tarde, Padre!"


A segunda mãe não fica para trás e comenta:

- Pois meu filho é bispo.


Quando ele entra em uma sala, com aquela roupa, todos param

o que estão fazendo e dizem: "Sua bênção, Bispo!"


A terceira mãe, calmamente, acrescenta:

- Pois o meu é cardeal.

Quando entra em uma sala todos se levantam, beijam o seu anel e dizem:

"Sua bênção, Eminência!"


A quarta mãe permanece quieta...


Então, a mãe do cardeal, só para provocar, pergunta:

- E o seu filho, não é religioso?


A quarta mãe responde:

- Meu filho tem 1,90 m , é bronzeado, com olhos verdes e pratica

musculação. Quando entra numa sala, todo mundo olha e diz:

MEEEUU DEEEUS!


.

sábado, 20 de novembro de 2010

ENTENDENDO ESTA GERAÇÃO

O que pensa e como age os jovens de hoje?
O Evangelho somente será compreensíel para esta geração se usarmos as ferramentas e linguagens compreensivas a eles (assim como jesus usava parábolas contemporâneas).

Descubra neste filme um pouco mais sobre a Geração Millenium.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

VAMOS AJUDAR?

A JOCUM-DF (Jovens Com Uma Missão) é uma entidade missionária interdenominacional muito séria e comprometida com os valores do Reino de Deus. Eles estão numa campanha para angariar fundos para pagarem a parcela final da sede própria adquirida no Distrito Federal. Ao participar da ação abaixo, tenha certeza que você estará contribuindo para uma instituição séria e transparente.
Conheço bem o pessoal da JOCUM e o trabalho que eles têm realizado.

domingo, 10 de outubro de 2010

EU AMO MEU PECADO.


Que fique claro: se pecado fosse ruim, ninguém pecava!


Se pecamos, é porque gostamos do pecado... Nos dá prazer, nos faz bem.

Pecado ruim ninguém quer. Será que existe pecado ruim?

Queremos só o pecado bom, gostoso, prazeroso, delicioso e, se possível, escondido.



Pecado que é bom é o pecado que gostamos...



Não basta uma boa refeição, é necessário encher o prato e repetir... Ah! Repetir... Que delícia a gula. Um dos pecados mais aceitos pela sociedade. Acham até bonito! Pecado que já foi de rico, mas hoje é pecado de pobre, pois estes agora podem ter a mesa farta, que não tinham, e se esbaldam com as novas possibilidades culinárias. Rico já não peca o pecado da gula, pois é mais chique ficar esbelto.



Esbelto? Magro? Elegante? Ah! O pecado da vaidade... Este é também um pecado muito bem aceito. Que delícia ser bonita e chamar a atenção! É feio não ser uma pessoa vaidosa. Temos que estar belos, pois, afinal, o mundo trata melhor quem se veste bem e quem é mais bonito é mais votado. Um luxo ser magro, pois nos deixa mais perto e aptos para a luxúria, que é uma delícia! A luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material: “deixar-se dominar pelas paixões”. Só não gosta de sensualidade, por raiva, os que não o são. Quem quer ser feio, careca, baixinho, barrigudo e, portanto, sem qualquer “sex appeal” que levante a mão! Ninguém? Vamos tentar de novo: Quem quer ser gorda, com cabelo mal cuidado, sem cintura, peitos caídos, bunda reta, dentes tortos e olhos esbugalhados, que dê um passinho à frente! Ninguém novamente? Caramba... A galera quer mesmo é ser bonita, né?! Feiúra e luxúria não combinam nada.



Aliás, por falar em corpo lindo, você viu a nova vizinha gostosa? Hum... Que inveja! Aliás, que inveja do carro deles também, tem 168 cavalos. Precisa mesmo de tantos cavalos para poder carregar aquela protanca. Que inveja! “Penso ser Deus injusto, em dar tanto atributo físico para outras mulheres e dar tão pouco pra mim, que raiva de Deus que eu chamo de inveja! Isto me leva à ira”. Fico irado ao ver o sucesso profissional e a estabilidade empregatícia do meu vizinho que fez escolhas melhores que as minhas. Isto me causa ira, mas não me importo, pois até gosto de sentir esta raivazinha dele, pois assim, exorcizo minha frustração. Ira deliciosa!



Se fosse ruim, ninguém pecava. Nós gostamos da preguiça! Temos prazer em acumular, enquanto outros nada têm e nos orgulhamos de nossa avareza.

Falar que não se gosta do pecado é hipocrisia. Mas o que Cristo nos ensina é que aquilo que tanto gostamos, o pecado, faz mal a nós mesmos, pois todo pecado tem uma consequência. Mais que o pecado, o problema são as consequências deste: Obesidade, enfermidades, divórcios, mortes, prisão, fomes, injustiças sociais, divisões, facções, guerras... O pecado não faz mal a Deus, faz mal a nós mesmos. A maioria dos problemas que enfrentamos é consequência do pecado e do erro. Assim, o pecado faz mal não apenas a nós mesmos, mas, sobretudo, a quem está do nosso lado, e como devemos amar quem está do nosso lado, devemos levar um estilo de vida tal que devemos tentar diminuir a frequência e intensidade destas atitudes e sentimentos que tanto gostamos e que, por vezes, alimentamos: o pecado.

Paradoxalmente nós evitamos pecar não é para ir pro céu nem agradar a Deus, posto a salvação já termos em Cristo Jesus e a Deus jamais conseguiremos agradar com nossa justiça que é injusta. Evitamos pecar por amor a nós mesmos. Peixe morre pela boca!

Só não vale fingir que não gostamos deles. A melhor atitude é assumir-se pecador. Assumir-se como um ser humano normal, que tem prazer nas coisas que dão prazer à alma, sem fingir que não gosta do que dá prazer: Assumir-se pecador não é pecado, é nobre. Paradoxalmente, assumir-se sem pecado, além de mentiroso, é arrogante, medíocre e doentio, posto ser natural gostar do que é bom.

Graças a Deus que nos perdoa gratuitamente dos nossos pecados e nos livra deles por Graça. Busque pecar menos a cada dia, mas saiba: você irá ganhar e perder nesta batalha travada em sua mente.

Não viva dentro da hipocrisia dos religiosos, mas aceite-se como é, sabendo que Deus é quem nos perdoa e nos ajuda a continuar caminhando, mesmo sabendo que jamais seremos o que deveríamos ser.

Se você se chama pecado, Deus se chama perdão! Aceite o perdão e viva em paz!

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Bem, deixando o pecado de lado, vamos ver um filme sobre algo que NÃO É pecado: a dança!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

MEU VOTO!

Fiquei em crise se deveria ou não opinar sobre as Eleições 2010 aqui no blog.
Mas, como este é um espaço onde, além de falar de Deus eu falo também da minha vida: do meu relacionamento com Deus, das minhas experiências de vida, alegrias, frustrações, risos e dores, penso que posso também expressar minha opinião política no contexto da realidade de hoje.
Posto ser este um espaço pessoal, quero exercer o meu direito de tornar público meu voto que é facultativamente secreto.

Com uma massa universal liderada pelo Bispo Macedo e pelos caciques assembleianos “fechados” com o PT, restava a opinião do maior líder interdenominacional da atualidade no Brasil: Pastor Silas Malafaia. Agora ele mudou seu voto e “sutilmente” conclamou todos a fazê-lo, ao sugerir que Marina Silva é dissimulada. Votará no Serra .

A situação dos evangélicos me penaliza: passam décadas pedindo a Deus um governante crente, um presidente cristão, um governo Justo; e quando Deus parece ter respondido ás orações, Ele o faz para jogar na cara da cristandade hipócrita que seus apóstolos queriam mesmo era alguma espécie de Saul moderno que, em proteção perpétua à santa igreja evangélica, sempre condenasse os ímpios, e controlasse suas bocas, projetos de leis e órgãos genitais.

Pedem um presidente para conchavos político-religiosos, e Deus manda a Marina (parece brincadeira divina, ironia celestial).

Querem um Sansão Gospel e vem Marina Silva: Acreana (O Acre existe!); filha de cearenses, MULHER, Marina-Morena, frágil, de voz fraca, corpo doente, ex-empregada doméstica, ex-analfabeta, ex-seringueira e, então, Senadora da República, sem NUNCA ter feito da FÉ um trampolim eleitoral!

"Ah! Assim a gente não quer não…"

Alguma coisa boa pode vir do Acre, do Ceará e do coração honesto de uma mulher sem pinturas ou firulas?


Bom voto a todos os (e)leitores!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CARPE DIEM - SEM ANSIEDADE!

Acabo de conversar com uma jovem casada, que tem uma linda filhinha de 1 ano de idade, que está apavorada com seu futuro, pois suspeita que esteja grávida de seu segundo filho e, segundo suas crenças, não é hora de ter outro, já que a vida profissional do marido não está encaminhada e aguardam uma definição para poderem comprar um imóvel próprio.

Refletindo sobre o momento dela e seu “problema”, pude ver que, de fato, eles possuem ainda muita grama para ser aparada antes de começar o segundo tempo da partida, entretanto, para as pessoas que crêem em Deus, temos que confiar nos cuidados dele e afastar de nos um dos sentimentos mais nocivos que vive dentro de nós: ansiedade.

A ansiedade está relacionada à nossa insegurança com relação ao dia de amanhã.

Teremos emprego?

Teremos saúde?

Teremos paz?

Teremos as coisas boas que almejamos e pelas quais lutamos?

Ou perderemos as coisas boas que já conquistamos?

A ansiedade é capaz de tirar a paz e matar a graça das coisas.

Com ansiedade não curtimos o hoje. Deixamos de aproveitar o bom, ou porque estamos de olho no ótimo que não sabemos se virá, ou por medo de perder o bom já conquistado.

O ansioso é o sujeito sem fé na vida, já que ansiedade é insegurança com relação ao futuro.

Se creio que existe Deus e se creio que Deus é bom, não preciso ficar ansioso, pois ao ter segurança que Deus é “o bom pastor”, o bom pai, o amor incondicional, descanso por meio da fé Nele, mesmo que as circunstâncias mostrem o contrário.

Uma das minhas experiências mais marcantes com o cuidado de Deus sobre a minha vida aconteceu por meio da paternidade. Luciana era um bebê que ficava doente com freqüência, chorava muito, sentia cólicas e aquilo tudo me angustiava... Eu sofria por ela, eu chorava junto com ela... Eu pedia Deus para passar a dor dela pra mim. Ficava desesperado ao vê-la enferma. Certa vez a doença estava demorando tanto a ser curada e ela tomava tantos medicamentos que chegou a coincidir várias doses de diferentes remédios sem que ela pudesse se alimentar. Eu pensava: “Estas drogas vão matar minha filha”. Naquela noite ajoelhei-me, muito angustiado, sofrendo e orei a Deus com todas as minhas forças, clamando uma cura milagrosa para minha filha, pois não mais queria submetê-la a tantas drogas. Deus me ouviu e Luciana amanheceu curada.

Em meu relacionamento com Deus eu sempre tinha lá no fundinho do meu coração havia um segredinho, uma pontinha de dúvida sobre o chamado “amor incondicional” de Deus. Será que Deus se importava comigo tanto quanto eu me importava com minha filha indefesa? Será que Deus me ama mesmo do jeito que eu sou?

Será que eu não deveria ser melhor para “merecer” algo mais de Deus?

Será que eu sou alguém especial para Deus ou será que Deus possui “filhos prediletos”, dentro os quais não estou incluído? Eu tinha insegurança com relação à profundidade do amor de Deus por mim.Aquela insegurança gerava, dentre outros sentimentos, ansiedade.

Um dia, orando com algumas pessoas, uma delas recebeu uma revelação da parte de Deus e me trouxe um recado de Deus. A pessoa disse assim:
“Luciano, Deus está mandando te dizer que o amor e o cuidado que você tem por sua filha não chega nem perto do amor e do cuidado que Ele tem por você”. Aquelas palavras foram para mim chocantes e absolutamente reconfortantes... Eu era mais que aceito, eu era também amado! Quando temos filhos, podemos aprender um pouquinho sobre o amor e o cuidado de Deus por Seus filhos, que somos todos nós. Deus não é como nós...

Ele não é como os pais humanos, cheio de limitações e falhas na criação e desvios de caráter e gaps emocionais. Ele é perfeito.

Se tenho eu um Pai celestial que tanto me ama e que é tão perfeito e bondoso, porque deveria eu andar ansioso? Jesus ilustrou isto de uma forma muito engraçada. Disse Jesus que “os passarinhos não plantam, não colhem e não guardam em celeiros, mas que, entretanto, o Pai Celestial os alimenta”. Que revelação maravilhosa: O alimento não vem da terra, mas do céu... É o céu (sol e chuva) que faz com que a terra dê o seu fruto. O Pai Celeste fertilizando a mãe-natureza para nos alimentar.

E Jesus concluiu seu discurso de um jeito muito didático, ou seja, com uma pergunta para nos fazer pensar. Disse Jesus: “Quem vocês acham que vale mais para Deus? Os pássaros do céu ou vocês, que são imagem de Deus?”. Deus cuida de mim na sombra das suas asas: A quem temerei? Tudo provém de Deus.

Existamos como Jesus ensinou várias vezes: "Não andem ansiosos por nada, mas façam com que Deus conheça as necessidades de vocês por meio da oração".

Ao deixarmos a ansiedade de lado teremos qualidade de vida, pois passaremos a resolver não problemas imaginários, mas apenas os problemas que realmente existem, que são os de hoje, e poderemos também “curtir mais o dia de hoje” (Carpe Diem), sabendo que o dia de amanhã trará outras preocupações e outras alegrias.

Domingo passado eu preguei sobre o poder da oração e, pra variar, Deus provou as minhas palavras no transcorrer desta semana, e pude, mais uma vez, descobrir que não precisamos andar ansiosos por coisa alguma.

Viva!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Seriam os Evangelhos os primeiros livros de autoajuda?


O ditado popular ironiza que “Se conselho fosse bom, não se dava, mas se vendia”. Eu rio com este ditado, mas posso afirmar que em minha opinião esta afirmação não passa de uma brincadeira. Não apenas porque estou sempre dando conselhos aos que me procuram, mas, sobretudo, porque eu mesmo vivo buscando conselhos com pessoas que suponho serem mais experientes que eu, procurando minimizar as possibilidades de erros e sofrimentos e ampliando minhas chances de acertos e alegria.


É esperado que uma pessoa instruída, antes de iniciar a empreitada da construção de uma casa, busque conselhos com pessoas mais experientes em construção de casas, como arquitetos e engenheiros. Quanto mais informações de pessoas mais experientes, melhor. Por fim, uma pessoa instruída contratará um profissional experiente para ajudá-lo nesta árdua tarefa.


Se estou com problemas de saúde, busco conselhos de quem entende de saúde mais do que eu: vou ao médico. Automedicação não é o melhor caminho e pode até agravar o quadro clínico.


O mesmo faço procurando mecânicos de automóveis, bombeiros hidráulicos, publicitários e até psicólogos. Com o passar dos anos vamos ampliando nosso universo de conhecimentos e nossa capacidade de cognição e até, eventualmente, podemos dispensar alguns especialistas. Contudo, uma pessoa que se julga dona da verdade, talvez tenha dificuldades em reconhecer que é ignorante em alguns assuntos e queira resolver tudo sozinha. Pessoas assim, caso se aventurem em investimentos na bolsa de valores, possivelmente perderão muito...

Ora, se é inteligente e natural que busquemos conselhos sobre os temas práticos do cotidiano, porque não o faríamos com os assuntos mais complexos, como aqueles que estão dentro das nossas almas, pulsando em nossos sentimentos, influenciado nossos relacionamentos com os outros, com o mundo e conosco mesmo. Porque não deveríamos buscar pessoas que se aplicaram a conhecer a mente e o comportamento humano mais que nós e beber no conhecimento alheio, evitando decisões equivocadas e infelicidades?



Um bom conselho é um presente, mas porque tantas pessoas resistem a procurar auxílio para as suas crises existenciais, julgando-se acima de qualquer conselho ou experiências alheias?


Está na moda falar mal dos livros de autoajuda. Ao que me consta, de fato, existem tantos títulos fúteis e inúteis de tantos autores ilustremente desconhecidos, que o lixo espalhado pelas prateleiras das livrarias até dificulta pinçar o bom conselheiro. Tantas editoras explorando o tema ao limite da exaustão, que até cabe uma crítica ao exagero que se impera. Contudo, a crítica impiedosa e ferina que os mini-intelectuais pseudo-eruditos unanimemente fazem, confirma a tese de que toda unanimidade é burra.

Já que criticas os conselhos, que não vá mais ao médico. Se não queres auxílio externo para tentar compreender algo mais sobre temas complexos da vida, que não mais leia Sartre e outros filósofos, ou estarás sendo hipócrita. Se não queres crescer com a experiência de outros, que desprezes, portanto, os conselhos dos pais.


Eu tive o privilégio de receber muitos bons conselhos durante a minha vida. Em momentos que eu caminhava para o abismo, colegas mais lúcidos me iluminaram a mente, abrindo meus olhos para que eu me desviasse de um caminho que ele já sabia ser perigoso. Noutros momentos de angústias ou dúvidas com relação a escolhas, busquei orientações em pessoas que eu supunha serem mais experientes. Fui agraciado muitas destas oportunidades.


Esta atitude de “meter o pau” indiscriminadamente no chamado mercado editorial de autoajuda é uma modinha passageira.


Até os ateus já possuem o seu guru da autoajuda, Richard Dawkins, que vendeu milhões, convertendo “Deus, um delírio” em sucesso editorial e fazendo com que os ateus não mais se sentissem solitários, mas parte de uma comunidade global e forte, na qual um ateu dá apoio ao outro, saindo todos do armário e vivendo felizes com as palavras consoladoras do mais novo milionário mestre da autoajuda de esquerda.


Jesus não escreveu nenhum livro, nem uma única linha.

Jesus não gravou vídeos ou deu conferências estratégicas.

Ele não andou num raio superior a 70 km, nem alugou estádios, ou comprou caminhões.

Não possuía programas ou canais de televisão e não tinha um blog como este.

Não tinha microfone e nem era querido pelos políticos.



Mesmo assim, suas sábias palavras, seus ensinos originais e sua doutrina radical do amor transformaram e continuam transformando o comportamento de etnias e países inteiros, continuam transformando famílias, vidas e disposições mentais. Seriam os Evangelhos os primeiros livros de autoajuda?


Uma coisa afirmo: os Evangelhos têm me feito uma pessoa menos pior a cada ano e não me envergonho nem um pouco desta “autoajuda”. Sou assumidamente ruim e quero sim, ajuda externa, para tentar curar as mazelas da minha alma lendo e aprendendo por meio do maior best-seller de todos os tempos, a Bíblia.


Se os bons conselhos dos sábios são ridicularizados pelos arrogantes, por terem recebido o rótulo de autoajuda, prefiro, portanto, angariar o desprezo dos filósofos e ironicamente reconhecer que “tudo que sei é que nada sei”, posto a incoerente suficiência dos eruditos, converte-los em tolos.




Agora me conte qual livro de autoajuda pode fazer o que você verá neste filme?

sábado, 28 de agosto de 2010

INGRATOS DE TODO O MUNDO: UNI-VOS!


Tem aquela piada do cara que estava com o pé preso na linha do trem, quando este se aproximava rapidamente para atropelá-lo, desesperado, começa a rezar e prometer um monte de coisas para Deus, de pecados que abandonaria às bondades que faria. Prometeu ser um santo e coisa e tal, até que, em meio ao pânico, seu pé, milagrosamente, se solta dos trilhos. Quando ele se vê livre, sai correndo da linha do trem, olha pra cima e diz: “Pode deixar, Deus, não se preocupe mais, pois eu já consegui me soltar sozinho!”

A ingratidão é uma característica própria do ser humano e deve ser domada, posto todos nós sermos dependentes de outros, sobretudo, dependentes de Deus. Há pessoas obtém sucesso em suas vidas e se tornam vaidosas, soberbas ou arrogantes, eliminando espaço para a humildade e para a gratidão. Mas, para que a gratidão?

A gratidão é o reconhecimento de que todos somos limitados em nossa humanidade. Mas nossos dons e talentos não são propriamente nossos, são empréstimos de Deus.

Sucesso pessoal nunca é fruto único do esforço próprio, jamais podemos nos esquecer que se nossa vida é um sucesso, existe uma história a ser lembrada. Ser grato a quem? Ser grato à nossa família, que nos transmitiu experiências. Aos pais que nos educaram e mostraram o caminho do bem e do mal. Gratidão aos professores, pessoas de quem muitos sequer lembram seus nomes, mas que, apesar de terem estado em salas de aula muitas vezes apenas para receberem um cheque de fome mensal, nos transmitiram suas experiências.

Ser grato? Além da gratidão aos pais, familiares e mestres, deve-se ter gratidão a quem nos deu todas estas pessoas: Ser grato a Deus! Ele nos deu olhos que enxergam, ouvidos que ouvem, boca que fala, mãos que pegam e pernas que caminham.
Deus que nos deu cérebro que pensa, coração que bate e pulmão que respira.
Deus, que nos deu esperteza, destreza, inteligência, capacidade de raciocínio, estratégias mentais, boa memória, habilidade para argumentar e poder de convencimento.
É Deus que nos dá estas coisas.
Entretanto, há os que, mesmo sendo agraciados com todos estes presentes, não os reconhecem como sendo um dom de Deus, pensando serem frutos deles próprios ou frutos do acaso. Ingratos a Deus.

Dentre outras, o ingrato a Deus tem uma característica que lhe é peculiar: Tudo o que ele alcança considera sendo mérito próprio. Suas conquistas ele enxerga como fruto exclusivo de suas lutas. Deus? Um bufão que, caso exista, apenas deu corda no mundo e o soltou à sua própria sorte.

Contudo, este mesmo ingrato, que não reconhece em Deus as coisas boas, é o primeiro a amaldiçoar Deus pelas coisas ruins que recebe da vida.

Este ingrato é aquele cara que, quando alguém morre, diz logo: “Como pode Deus fazer isto?”
Quando perde o emprego, reclama: “Deus não liga a mínima para mim?”
Quando fenômenos da mãe-natureza destroem cidades inteiras, ironiza: “Como Deus deixa tantas pessoas morrerem soterradas? Este Deus é mal...”
Quando estão com um diagnóstico médico indesejado, pensam: “Deus, porque você me castiga, sendo eu tão bom...”
O ingrato não sabe agradecer o bem que recebe de Deus, mas sabe reclamar do mal que a vida reserva a todos.

O ingrato considera o bem e o bom como mérito próprio: o Criador, no máximo, assiste ao show.
Mas este ingrato considera o ruim e o mal, não como ação de suas más escolhas alimentares, más escolhas profissionais ou péssimas escolhas conjugais, mas, quando a coisa está preta, o ingrato se lembra de Deus para culpá-lo. Deus é lembrado somente quando a desgraça bate à porta.
Na lógica do ingrato, ele próprio encarna o bem e Deus encarna o mal.

Assim, o ingrato não considera as catástrofes naturais ação de um planeta vivo e em movimento, mas ação da maldade de Deus, um sádico cósmico, que se alegra em matar milhares de pessoas soterradas no terremoto da China. (Ah! Sim, nesta mesma lógica, para o ingrato, a extinção dos dinossauros também é culpa de Deus). O ingrato se considera melhor que Deus (leia sobre isto clicando aqui).

Não ser grato às pessoas que nos ajudaram, é como não ser grato a Deus, pois as pessoas são postas em nosso caminho por Deus.

Como aquele jardineiro que foi contratado para dar um jeito num terreno baldio. Ele trabalhou com afinco por meses, usou todos os seus talentos e habilidades, tirando as pedras, arrancando o mato, plantando flores e grama, até que, meses depois alguém admira seu novo e belo jardim e elogia: “Você e Deus fizeram um lindo trabalho aqui”, ao que ele responde: “Deus? Este trabalho foi todo meu! Você não viu quando Deus estava sozinho aqui, como isto era um lixo.”

Esta historinha parece engraçada, mas todos nós repetimos esta postura ingrata a Deus todas as vezes que recebemos qualquer tipo de elogio e não repartimos os méritos com Deus, dando também a Glória a Ele: “Se Deus não tivesse me mantido vivo, nada do que eu realizei teria sido feito."
"Se Deus não tivesse me permitido estudar, se não tivesse me dado mãos ou se não tivesse me acordado hoje, nada disto teria sido realizado.”

Ingratidão é murmuração e soberba (leia sobre a soberba clicando aqui)

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Quando assisti este filme grego pela primeira vez tempos atrás, achei apelativo demais. Entretanto, não deixa de ser realidade o que ele mostra.
Ingratidão, impaciência, falta de amor?
Você decide.



HOMOSSEXUALIDADE

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

OS REVOLUCIONÁRIOS SUJOS

Os revolucionários sujos que poderiam fazer grandes revoluções se tornaram rebeldes sujos devido ao sistema familiar que estão ou estavam e devido ao sistema governamental onde nasceram.

Sábado à noite vamos à rodoviária de Brasília levar um sopão para uma galera que mora na rua ou ate nem mora, mas fica na rua por alguns dias, e encontramos meninos de 8, 14, 16 anos e moças grávidas e jovens brancos, negros e mais alguns “clientes” nossos (como diz um amigo) vivendo naquele lugar sujo cheio de ratos, ladrões, bêbados, etc. Alem de levarmos sopa, roupas, cobertores nós também conversamos muito com os que ainda estão mais ou menos sóbrios e querem conversar quando puxamos conversa com eles, e podemos ouvir dezenas de historias de vida diferentes umas das outros de diversos tipos de culturas, pessoas de diversos estados diferentes, mas com um detalhe em comum em suas historias: Inconformados, essa seria a palavra certa para definir esse ponto de convergência entre as historias dos moradores de rua, os marginais da sociedade de Brasília.

Um jovem de 12 anos, mas com aparecia e tamanho de um garoto de seis anos, nos disse que saiu de casa porque seu pai chegava bêbado em casa quase todos os dias e batia na sua mãe, e ele sem poder fazer nada contra o pai, se viu “amarrado” pelo sistema familiar que ele nasceu. Outro jovem mais velho, já menos sóbrio que o outro, mas ainda com a certeza do porque saiu de casa, nos contou que seu pai o mandou embora de casa porque ele não consegue emprego para ajudar no sustento de casa e disse para ele que lugar de vagabundo é na prisão ou na rua, e detalhe que esse jovem tinha 16 anos de idade, há seis meses está morando na rua. Uma moça que está grávida de uns sete meses viciada em Crack, nos disse que saiu de casa porque a sua mãe todo dia chega bêbada em casa e não cuida da família, bate nos filhos sem necessidade, a casa é sempre um caos total, o pai ainda que tentando ajudar a mudar esse quadro, não tem forças para mudar a vida da família deles; e essa moça estava realmente falando a verdade, pois na rua é comum a mentira, porque encontramos e conversamos também com sua Irma que está morando na rodoviária e também é viciada em crack e nos contou a mesmo historia.

Eu pude notar que esses moradores de rua, são pessoas inconformadas com as situações que chegaram devido a uma serie de fatores e resolveram não se conformar com o que a “vida” tinha lhes proporcionado; O grande erro desses Revolucionários sujos foi de terem canalizado suas forças para um lugar errado, e ai deixaram de ser revolucionários e se tornaram rebeldes e essa atitude ou “escolha” errada dificulta a vida para eles, pois conseguimos olhar para Che Guevara e ver nele um grande revolucionário, pois foi um inconformado com o sistema e quis da forma dele, mudar alguma coisa na sociedade que ele estava, vemos também Martinho Lutero um grande revolucionário cristão que deu uma guinada no movimento religioso de sua época e que ate hoje se ouve falar sobre e se vive essa revolução ou ruptura com o monastério. Mahatma Gandhi foi outro grande homem inconformado que de uma forma brilhante largou o estudo e prestigio que tinha para fazer uma revolu ção sem guerra, mudando assim a historia da Índia, e tantos outros foram revolucionários, mas que diferente dos nossos revolucionários sujos da rodoviária de Brasília, que se tornaram uns revoltados e por isso eles não são respeitados, não são ouvidos, são escorraçados das portas dos restaurantes, nem notados como pessoas são, pois fizeram de certa forma, a escolha errada da vida deles.

Eu, com a Fé em Deus que tenho, acredito que ainda tenha chance de um desses grandes revolucionários-revoltados sujos, se tornarem grandes homens inconformados e mudar esse sistema que eles mesmo estão envolvidos, pois se nós acreditarmos nisso e ajudar eles a canalizarem a sua força rebelde para uma vida de revolução objetiva, eles podem mudar o futuro da humanidade. Isso pode parecer utópico para algumas pessoas, pois só acreditam no sistema pronto, não tem coragem nem de sonhar, mas para mim, que já fui um viciado em cocaína e um dia me libertei do vicio com a graça de Deus, sei que os revolucionários sujos de Brasília ainda têm solução para vida deles. Penso que utopia é viver uma vida sem esperar mudanças, sem conseguir visualizar transformações em vidas, em famílias, em igrejas, em sistemas políticos, pois o Deus criador desse universo é um Deus utópico, pois me Ele me deu esse sentimento de Revolução e essa utopia de vida que quero leva r, é Ele quem nos capacita para as mudanças da vida.
 
Contribuição: Joberson Lino

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DIFICULDADE PARA ACORDAR CEDO?



Este curta-metragem japonês em animação mostra com humor a dificuldade que muitos têm de conseguir sair das garras da cama pela manhã. A qualidade da animação é ótima, a trilha sonora parece coisa de "gente grande", o final é surpreendente, mas a linguagem é cult e nipônica, o que não agrada o gosto geral do público brasileiro.
Divirta-se!

CRISES CONJUGAIS

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"NUNCA RIA DA DESGRAÇA ALHEIA"

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A vida se faz nas marcas


Vivemos numa época que não quer ser marcada. A maioria de nós tenta escapar das rugas, estas cicatrizes do rosto, de todas as formas – algumas delas bem violentas. Os sinais da idade, da vida vivida, são interpretados como algo alienígena, estranho a nós. Estão ali, mas não deveriam estar. É quase uma traição. Urge então apagá-las.

É tamanho o nosso medo da velhice e da morte, que as marcas da vida vivida são decodificadas como feias, quase repugnantes. Tanto que estamos diante de uma novidade – as primeiras gerações de seres humanos envelhecendo e morrendo com os sinais não da idade, mas das cirurgias plásticas. Sim, porque estas também são cicatrizes. Não há jeito de morrer sem marcas porque não há como viver sem ser marcado pela vida. Mesmo os bebês, que por alguma razão morrem ao nascer, já trazem no corpo a marca fundadora – o corte do cordão umbilical que lhes arrancou de dentro da mãe. O umbigo é nossa primeira cicatriz, aquela que nos unifica.

Se a tecnologia conseguir inventar um ser humano sem marcas é porque desinventou o ser humano. Podemos talvez um dia apagar todas as marcas visíveis, tatuadas no corpo. Mas nunca haverá uma cirurgia capaz de eliminar as marcas da alma. E esta é também uma tentativa que temos empreendido com muito empenho. Por um excesso de psicologês, uma leitura transtornada do pensamento de Freud, passamos a achar que tudo é terrivelmente traumático. Qualquer contrariedade ou vivência não programada supostamente estigmatizaria nossos filhos e aniquilaria seu futuro. Qualquer derrapada no script de nossos dias nos assinala como catástrofe. Parece que viver se tornou uma experiência por demais traumática para quase todos – e, se assim é, a única solução seria não viver. Mas a questão não é o trauma – e sim o que cada um faz com ele.

Em anos contando histórias de pessoas – e também minha própria história –, percebo que as pessoas morrem e renascem muitas vezes numa vida só. Cada existência é uma sucessão de pequenas mortes e renascimentos desde este primeiro corte que nos separa de nossas mães e dá início à nossa existência como indivíduo. Fico só imaginando nesta época onde tudo vira trauma insuperável, o que aconteceria se as pessoas pudessem se lembrar dessa expulsão do paraíso uterino. Haveria uma legião de homens e mulheres incapazes de lidar com acontecimento tão terrível. Sem perceber que é só por ele, afinal, que começamos a viver. Até então, somos todos apenas uma continuidade, um apêndice, do corpo materno.

É verdade que, compreendendo o trauma como algo que nos marca, que nos mata simbolicamente para que possamos renascer de outro jeito, nossa vida é cheia deles. O que questiono aqui é a crença de que não deveria ser assim, a ilusão de que é possível – e o pior, que é desejável – ter uma vida sem marcas no corpo e na alma.

É claro que alguns acontecimentos são devastadores – e lutamos para que não voltem a se repetir com ninguém. Mas, mesmo nestes casos, me parece que a vida só é possível não apagando o que é inapagável, mas fazendo algo novo com esta marca. Transformando-a em algo que possa viver.

Recentemente, causou grande polêmica o vídeo abaixo, onde Adolek Kohn, de 89 anos, “sobrevivente” do holocausto judeu, dança com sua filha e netos a música “I will survive” (“Eu sobreviverei”), de Gloria Gaynor, em campos de concentração como o de Auschwitz. Quem não tiver assistido, pode encontrá-lo facilmente na internet. Muita gente achou desrespeitoso com o sofrimento das vítimas do holocausto. A mim pareceu emocionante. Concordo com a filha, a artista australiana Jane Korman, quando diz: “Esta dança é um tributo à tenacidade do espírito humano e uma celebração da vida”.

Poder dançar no palco em que quase foi assassinado – e onde milhões de pessoas foram exterminadas – é fazer algo vivo em vez de fazer algo mórbido. Especialmente poder dançar com a continuidade de você – na companhia de todos aqueles que quase não existiram, uma descendência inteira quase aniquilada pela morte de um. Afinal, ele dança sobre suas antigas e brutais lembranças amparado por uma nova memória, representada pelos seus descendentes, por aqueles que vão recordá-lo e produzir outras histórias e sentidos para a trama das gerações. É mais do que uma magistral vingança – é uma dança.

Isso não significa que este (sobre)vivente tenha lidado melhor com seu trauma que todos os outros. Cada um encontra seu caminho – e a maioria dos caminhos não aparece no You Tube. Mas acho uma prepotência “ser contra” ou ridicularizar a tentativa de um outro de lidar com suas marcas, dar um novo sentido àquilo que o constitui. Transformar em algo mais que a dor o que era só dor. Pode não ser o seu caminho, mas isso não o impede de olhar para a saída encontrada pelo outro com o profundo respeito que ela merece.

Quando as pessoas me contam suas histórias, começam a contar pelos seus renascimentos. Pelo momento em que morreram de um jeito, por causa de um trauma, e renasceram de outro. É ali que identificam seu início – ou reinício. Uma nova vida só é possível quando contém a anterior e a sua quebra. O que atravanca nossa existência é ficar fixado no trauma – enxergar a marca como uma morte que não renasce, como um corte que não vira cicatriz. Por isso a palavra “sobrevivente” – e o sentido que ela tem no senso comum – me incomoda. É como se vida fosse o que havia antes, algo que não pudesse se quebrar, e o que temos agora fosse algo menor que a vida, uma mera sobre-vida. Me parece, ao contrário, que a matéria da vida é justamente esta sucessão de quebras – e viver é dar sentido a elas.

Esta ideia vendida e consumida exaustivamente, de que a vida não pode ser marcada nem no corpo nem na alma, tem causado enorme sofrimento às pessoas. Não o sofrimento que nos leva a criar uma vida, mas aquele que nos leva a anestesiar uma vida. Este equívoco tem transformado gente que poderia viver em meros sobreviventes. Porque se não podemos ser marcados, se cada marca for vivida como algo mórbido e não como parte do vivido, fixamo-nos na morte. Viramos uma ladainha que repete sempre o momento mortífero e não consegue seguir adiante.

Ser – é ser em pedaços. O que nos impede de viver não é o trauma, mas a ideia de que exista uma vida que possa prescindir deles. E o que nos humaniza é a capacidade de criar algo vivo com nossas marcas de morte. Palavra escrita, literatura, como tanto se discutiu na festa literária de Paraty. Dança, como o (sobre)vivente do holocausto. Jardins, bordados, doces, móveis, dribles de futebol.

Como poderia dizer a poeta Adélia Prado, “uso todos os meus cacos para fazer um vitral”. Cada vida humana é um vitral feito com as marcas de todas as nossas mortes. Sem os cacos, nada há.

(contribuição: Eliane Brum)


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O caráter subversivo de Deus


Jesus é a materialização subversiva do caráter de Deus. Ele esteve entre nós para mudar pra sempre a dinâmica da vida humana. É lógico afirmar que ainda hoje não entendemos essa postura divina. Criamos pontos de vista a respeito de Cristo que nos distancia ainda mais da centralidade de sua mensagem. Jesus foi subversivo do inicio ao fim, e assim foi porque amou até a morte. E a forma como Jesus amou rompeu com a lógica utilitarista dos judeus, porque Ele amou sem se importar com o tempo, lugar, ou muito menos com o tipo de gente para quem dispensava o seu amor. Enquanto os judeus se moviam mediante dádivas e direitos, Jesus era movido pela força inerente a si mesmo: a força subversiva do amor.


Não seria subversivo o fato de curar um doente no sábado, sabendo que o sábado era o dia mais sagrado para os judeus e por isso nada, nem mesmo uma cura poderia ser realizada? Existe algo mais subversivo para um judeu do que aproximar-se de uma mulher para lhe pedir um favor com o agravante maior dela ser samaritana? Jesus causou polêmica porque ninguém entendia como um homem poderia agir de maneira tão irreverente. Além disso, não existia a idéia de culpa no discurso do Mestre, mesmo diante do pecador Jesus não condenava e nem julgava. A possibilidade contínua da existência sempre foi a sua escolha.

Sobre isso, David Bosch ressalta que “somos desafiados a deixar que Jesus nos inspire para prolongar a lógica de seu próprio ministério de uma maneira imaginosa e criativa em meio a condições históricas mudadas”. Estamos em outro retrato da história humana, todavia a necessidade de se importar com o outro ainda é primordial. A questão é que não cuidamos devidamente e muito menos somos criativos nesse cuidado. Não adianta dizer que nos importamos com pessoas se a nossa atitude no cotidiano não demonstra nosso afeto por elas. Nossa preocupação por quem sofre nas enchentes, nos tsunamis, quase sempre não retrata nossa preocupação por quem está sofrendo bem perto de nós.

Ademais, com nosso descaso habitual corremos o risco de, consciente ou inconscientemente, sermos aliados aos sistemas e classes que oprimem e exploram as pessoas, porque quem não ama, explora. Por isso, é tempo de materializarmos a expressão subversiva do caráter de Deus. É tempo de retomarmos nossa dimensão revolucionária. Tempo de voltarmos a amar sem condicionamentos, sem dádivas e direitos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

French Roast


French Roast from German on Vimeo.

Este é o primeiro dos cinco nomeados para o Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação, é obviamente francês e é uma delícia. É escrito e realizado por Fabrice Joubert, animador da Dreamworks. Esta pequena maravilha passa-se num café parisiense, onde um tenso homem de negócios, percebendo que se esqueceu da carteira, tenta ganhar tempo pedindo um café atrás do outro, enquanto procura uma solução. O garçom, um andarilho, uma freira e um policial, vão tornar a situação ainda mais caricata e hilariante, com um desfecho inesperado (ou talvez não). São 8 minutos de magia e muito cinema, extraordinariamente bem executado. Se não for chegado a animação, vale à pena muito mais pela mensagem que pela não menos sensacional direção e animação.