quarta-feira, 29 de junho de 2011

MAS... QUE GRAÇA!


Ando bastante esperançosa. Tenho uma vida boa. Desde que os grandes tumultos interiores foram se acomodando, me percebo com maior alegria de viver.

Gostaria de ter conseguido assimilar a graça de Deus anteriormente. Vivi anos a fio olhando para a graça sem compreender que poderia abraçá-la e incorporá-la plenamente. Sofri todos os horrores e infernos de uma alma e consciência atribuladas pela culpa. Culpa até do que não tinha feito.

Desde pequenina ouvi, li e aprendi sobre Deus. Mas sempre tive reservas para com Ele. Medo! Medo de ofendê-lo, desagradá-lo. Sabe aquele cântico: “cuidado, olho, boca, mão e pé? Porque o Papai do céu está olhando para você???” . Este cântico, hoje, me dá pavor... Nunca cantei, nem cantarei isto para nenhuma criança. Ameaça. Muita coisa que cantei a infância toda continha um teor ameaçador, mostrando um Deus bravo, que me vigiava todo o tempo e estava pronto a me rejeitar, se eu pecasse. Não faça isto ou aquilo porque Deus não gosta... Jogavam tudo nas costas de Deus. Não me diziam: - não pode por ser desonesto, não ser ético, por prejudicar os outros.

Sei que ninguém fez isso por mal. Pensavam estar me dando a melhor educação cristã e era o melhor que tinham. Mas não quero ensinar assim para Heitor. Para ele, Deus é amor. E me ama e o ama e ama a humanidade de graça. Perdoa tudo. Limpa toda sujeira e feiúra de todo ser humano.

Custei demais aprender quem é Deus. Agora, procuro viver de acordo com o que creio. Gosto do “meu” Deus. Um Deus bom. Muito bom!!!!

Ele me ama verdadeiramente mesmo me conhecendo plenamente e sabendo que valho nada. Absolutamente não presto. Procuro fazer coisas boas. Mas não consigo alcançar os objetivos. Sou nada.
Quero parecer com Jesus. Ah! Como desejo! É uma batalha... Mas sei que sou d’Ele. E não quero continuar sendo a mesma. Para mim. Quem sou? Como sou? Olho para meu interior. Todos os dias. Penso que me perceber, admitir minhas falhas, erros, discrepâncias e também minhas qualidades faz parte do processo de viver bem a cada dia. Estou contente!!! Sinto que prosperei bastante. Só consigo viver pensando e procurando Deus. Grudou em mim. E eu n’Ele. É meu fiel companheiro. Quanto mais falo, leio, estudo e vivo, mais o amo e sei que sou amada.

Só quero ficar mais junta a Ele e, desde pequena, peço ao Senhor para que as pessoas vejam Luz de Deus em mim. Sejam influenciados e influenciadas por Jesus que habita em mim. Um Jesus que pregou e viveu o amor incondicional e pagou o preço, simplesmente por me amar.

“... A minha alegria é o Senhor que conheceu minha alma e não me desprezou...” (esqueci o restante do cântico).
Caminhar com Deus confiando n’Ele verdadeiramente faz a vida valer a pena. Creio que estou sujeita a sofrer todas as adversidades, tristezas, dores e demais fatalidades que todos os seres que estão “debaixo do sol” podem sofrer. Servir ao Eterno não significa estar a salvo dos percalços do dia a dia. Significa que Ele está junto comigo, segurando minhas mãos, afagando meus cabelos, me assentando em seu colo e me apertando junto ao peito, sussurrando aos meus ouvidos: - Não temas, porque eu te remi, chamei-te pelo teu nome, tu és minhas”. Fantástico , não?!

E o que significa ser “do eterno”?

Quem nem a morte têm poder sobre mim! Nem principados, nem potestades nem poderes deste mundo ou de qualquer outro universo. Isto é glorioso! E, tenha certeza absoluta, você não precisa fazer nada para obter tão grande privilégio a não ser aceitar que Jesus Cristo, o Messias, é o Filho de Deus, que nasceu aqui, no Planeta Terra, viveu como homem e morreu em uma cruz para redimir a humanidade de seus pecados, e, por isto eu posso ser d’ele, pois fui comprado a preço de sangue. Sangue do Filho de Deus. Pronto! É de graça, e, de graça é favor imerecido!

Abrace a graça de Deus e tenha vida plena aqui na terra e lá no céu. Ouse crer nessa verdade. Verás que a vida enche de cores, brilho e força para enfrentar, com ousadia tudo que vier.

Sandra Márcia Braga Viana é historiadora, 
gosta da vida e sempre bebe um Café com Deus!



UMA HISTÓRIA DE AMOR.



CAFÉ PARA DEUS!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

VAIDADE... QUANTA VAIDADE !!!




Soberba, orgulho, arrogância, vaidade e altivez são palavras que possuem significados muito próximos nos dicionários. Especialistas consideram que todos estes sentimentos sejam sinônimos.

Pessoas tomadas por estes sentimentos são aquelas que olham para si como dignos de admiração pelos outros. Crêem que estão acima das demais pessoas, seja por sua beleza física, qualidades intelectuais, erudição, cultura ou condições financeiras.

Por questões práticas, vou juntar aqui todos estes sentimentos no adjetivo que a Igreja Romana usou para batizar um dos sete pecados capitais: Vaidade.

"Eu sou o máximo!
Comigo ninguém pode!
Deus no céu e eu na terra!
Orgulho-me de minha humildade..."

O vaidoso é aquele indivíduo arrogante, que se julga superior, melhor, acima. A pessoa que olha para as opiniões alheias com desprezo, ou na melhor das intenções, até com dó mesmo e sobre os que professam opiniões diferentes das suas, pensa: Idiotas!

O vaidoso tem orgulho exagerado de suas conquistas, de suas coisas, de suas idéias, de sua existência que trás beleza e sabedoria ao mundo.

A Bíblia diz que "Deus perdoa todos os pecados dos humildes, mas os arrogantes serão castigados". Veja que interessante... Porque este sentimento é tão rejeitado por Deus?

Segundo a teologia cristã mais aceita na atualidade, Lúcifer, o grande camarada de Deus, em função de sua beleza e “posição social”, tornou-se um sujeito arrogante e soberbo. Orgulhoso de suas qualidades, a tal ponto de embriagar-se em sua vaidade e desejar em seu coração ser igual a Deus. Seu fim, todos sabem: Foi expulso da presença de Deus, convertendo-se Satanás.

É isto! O vaidoso é um semi-deus.

Sentimentos extremados de orgulho e vaidade eliminam de nossas vidas a necessidade e a glória de Deus, posto eu ser bom demais!

Assim:
  • Bênçãos dadas por Deus passam a ser encaradas como conseqüências do trabalho.
  • Vitórias obtidas pela misericórdia divina, viram conquistas pessoais.
Deus vai sendo esquecido e o EU vai sendo entronizado, elogiado, louvado, inflado, endeusado. O sujeito vira o seu próprio Deus. Mas Deus, o Senhor, não divide a sua glória... Por isso, para tais sujeitos, Deus faz questão de mostrar quem realmente manda.

Não raro o fim dos arrogantes é a desgraça, mesmo que momentânea, objetivando trazer cura para esta patologia emocional.

A grana pode acabar.
A saúde pode faltar.
A família pode esfacelar-se.
A demissão pode bater à porta.
O vaidoso pode descobrir sua real impotência.

A vontade de Deus é que todos o reconheçam como Deus.


Em função de minha estória de vida, sempre fui uma criança humilde. Mas, como muitos me olhavam com desprezo e poucos apostavam em mim e no meu futuro, eu mesmo tive que apostar em mim. Sozinho, tive que crer que eu poderia ser bom. Acreditei muito. Acreditei que eu iria furar a lógica do sistema. Acreditei que não seria um párea. Tive que acreditar que eu era bom e esta crença me ajudeou a me aceitar. Entreguei minha vida para Cristo e Deus entrou em cena me dando bênçãos e conquitas e, ato contínuo, vieram elogios, afagos e reconhecimentos do mundo que antes desprezou-me. Humildemente, sempre trasnmiti para Deus a honra que queriam me dar, mas em determinado momento, após muito assédio, fraquejei e acreditei naquelas vozes: acreditei que eu realmente era muito bom!
Deus no céu e Luciano na terra!
Este foi o início da queda do Zeppelin. Cheguei na lama de onde antes havia saído e fui recordando que, em minha vida, todas as conquistas não haviam sido propriamente minhas, mas foram fruto da Graça do Pai.
Deus me deu a oportunidade de me encontrar comigo mesmo e descobrir que eu era muitas vezes menor que estava supondo...


Não somos nosso próprio Deus. Nem somos nossos donos.


No trono de Deus não cabe nosso ego assentado.

(A VAIDADE EXCESSIVA, MESMO EM SEU NÍVEL MAIS SIMPLES - COMO A OBSESSÃO PELA BELEZA FÍSICA - PODE SER AVASSALADORA. VEJA ESTE FILME)





sexta-feira, 17 de junho de 2011

EXPECTATIVAS


Não... Não existe mágica!
Não, não existe algo sensacional para acontecer.
Não, não pense que a Copa no Brasil será algo extraordinário e nem que o próximo show da sua banda preferida fará milagres na sua existência...

Tenho visto muitas pessoas da minha faixa etária insatisfeitas. Insatisfeitas com a vida e com o rumo das coisas. Muitas destas pessoas são discípulos e discípulas de Jesus. Pessoas sinceras. Que buscam viver uma vida em harmonia com o vizinho, consigo e com Deus. Porém, pessoas insatisfeitas. Muito insatisfeitas.
Como nos ensinou Carlos Drummond de Andrade:
"Nossa dor não advêm das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram."

O casamento não foi tão bom assim... E agora, o que devo fazer? Em qual farmácia compro “sexo em cápsulas”, “abraços em gotas” ou “paixão tópica”?

A vida profissional não é maravilhosa... E agora? Onde encontrar o “elixir do trabalho sensacional” ou o “perfume da carreira estonteante”?

Meu corpo? Bem, ele está perdendo a guerra contra o tempo e a gravidade. Qual cirurgião está vendendo “pele pêssego de 16 anos”, “seios arrebatadores de 20 anos” ou “barriga extrema anti-gestação”?

As coisas não foram exatamente como eu queria, mas para a maioria das pessoas e na maioria do tempo eu finjo que elas foram muito melhores do que realmente são. Minto para a vida com um sorriso amarelado pelo tempo e pela corrosiva dúvida... E se? E se?

Buscamos mais, queremos, mais, desejamos mais. O carro que nos fez suspirar ano passado não é mais lavado com freqüência. Da viagem internacional tão programada e aguardada, que estourou meu cartão de crédito e meu bom relacionamento com o gerente, restou fotos desbotadas e a dúvida se realmente existiu: “Será que existiu mesmo? Porque hoje não sou mais feliz que antes da viagem?!”.

As coisas não nos preenchem completamente.
Nada nos preenche completamente.
Na busca da felicidade, compramos efemeridades.

Não vamos nos enganar. Nada realmente nos completa integralmente. Somos cronicamente incompletos, posto os nossos sonhos jamais se esgotarem. Vencida uma etapa, já sonhamos com a segunda e nos mantemos incompletos novamente. Num ciclo crônico de buscas.

Salomão fala muito sobre a existência humana e diz que por mais que ele tenha dado prazer à sua alma, ainda viu-se incompleto. Possuiu todas as mulheres que um homem pode desejar. Teve mais bens que todos seus antepassados. Comandou tudo e todos. Teve regalias, muitas. Mas ele concluiu que tudo isto de nada adiantava, pois no fim todos morreremos. Salomão foi de uma simplicidade cruel, dizendo que nós não somos diferentes dos animais, pois apenas vivemos e morremos na ilusão e depois de um tempo, ninguém mais se lembrará de quem nós somos ou fizemos.

A tristeza reside nas expectativa.
A frustração é filha da expectativa.
A angústia canta louvores à expectativa.

O que nós esperamos da vida? Expectativas realistas é a melhor fórmula para uma vida emocional saudável. A maioria das coisas que nos entristece ou atormenta são reflexos de algumas escolhas nossas. Escolhemos errado? Lembre-se, todos tem as mesmas chances de 50% de acerto ou erro. Aliás, quem disse que você errou? Qualquer que fosse a sua escolha, ela traria alegrias e dissabores. Expectativas demais!

Muitas vezes vivemos na expectativa que algo extraordinário irá mudar o rumo das nossas vidas. Não, nada de extraordinário acontecerá porque o principal dos milagres já aconteceu: A sua vida!

Nenhum acontecimento sensacional irá mudar o seu humor ou o seu temperamento. Você sempre será você mesmo. Aprenda a viver com você.

Sim, claro que devemos nos permitir alguns prazeres vez ou outra. Nada melhor que uma auto-premiação. É como um “meus parabéns” após um trabalho bem-feito. A única coisa que pode mudar você ou o seu humor é você mesmo, ninguém mais. Uma decisão de curtir o que tem. Rir das decisões que tomou e decidir ser feliz “durante os poucos dias que Deus te dará debaixo do sol”. Não gaste seus dias com emburros, resmungos e cara feia, mas alegrando quem está ao seu lado, agüentando suas ocasionais carrancas. Seja um sol esquentando os corações que cruzam seu caminho. Seja o beijo doce que causa apinéia. Seja a palavra sensata. Seja o seu próprio evento que muda a sua história.

Uma forma de viver bem é ajustar as expectativas. Posso sonhar longe, mas não devo crer que chegarei literalmente a Marte. Posso até desejar muito, mas sabendo que não terei tudo. Mediocridade? Não, não se trata de viver uma vida medíocre, mas viver intensamente todas as coisas que possui. Se você tem apenas um pôr-de-sol, curta-o intensamente, pois muitos não podem vê-lo. Se não está dando pra visitar aquele restaurante da moda, baixe a receita pela internet e curta os aromas dos temperos invadindo a sua cozinha, a alegria do barulho do alho estalando na frigideira e as cores sensacionais dos ingredientes... Crie o clima e curta o prazer para você e para quem come com você. Convide alguém para comer com você!

Sim, sonhe! Mas não de forma tão irresponsável que sua vida transforme-se num pesadelo.
Sonhe. Sonhe mesmo! Mas sabendo que a Deus pertence o “realizar”.
Crie uma vida nova a cada manhã. Mas crie expectativas reais.
Nenhum trabalho é excelente demais – todos trarão dias de angústia.
Nenhuma cônjuge é sensacional demais – todos eles fedem quando não tomam banho.
Nenhuma casa é linda demais – mais vale calor humano que natureza morta.

Alegria é viável. Salomão diz que o vinho alegra o coração do homem. Salomão teve um discurso por vezes mal-humorado com relação à existência, mas ele foi muito objetivo e direto dizendo que “não há nada melhor para o homem debaixo do sol do que comer, beber e viver a vida regaladamente”, porque “tudo o que o homem construir com muito suor, não ficará para ele, mas para quem ele sequer sabe como administrará tudo o que fez” e que no fim das contas “a suma é, teme a Deus e guarda seus mandamentos, pois este é o dever de todo homem”.

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Matt ficou mundialmente conhecido com a sua dancinha esquisita! Celebridade imprevisível!
Pergunta: Ao viajar o mundo todo Matt buscava felicidade ou fugia da tristeza? O quão mais feliz ele é hoje, que sua cara povoa a internet? Matt foi Matt. Permitiu-se uma escolha imprevisível e deixou um legado cômico, original,mas sobretudo: IMPREVISÍVEL!


sexta-feira, 10 de junho de 2011

SENTIMENTO DE CULPA?




Admiro muito Rubem Alves, pois por não ter compromisso com instituições, seu livre pensar permite a ele aforismos e conclusões heterodoxas. Ele consegue ser complexo em seu simplismo. Hoje li um artigo dele cujo tema é o medo[1].

Eu já escrevi sobre o medo, você pode ler CLICANDO AQUI. Mas o artigo do Alves se desenvolve em torno do medo que a igreja desenvolve nas pessoas para poder manipulá-las: segundo Alves, cria-se o inferno para poder vender o céu. Um raciocínio que se generalizado, converte-se em sofisma, já que nada é absoluto. Em seu lindo artigo, o autor ainda confunde "igreja-instituição" com "igreja-grupo-de-pessoas".

Não posso me aborrecer com a igreja, posso me aborrecer com as pessoas que estão dentro dela. CNPJ não tem sentimentos bons ou maus, pessoas sim.

Os problemas são as pessoas. Não sou discípulo de Sartre, mas concordo que "o Inferno é o outro". O ser humano é decepcionante e decepcionável onde quer que ele esteja, dentro ou fora de qual instituição quer que seja, professa ou laica.

Mas, sim! Sem generalizar, concordo que muitos religiosos cristãos não agem como Jesus agia posto usarem o medo como instrumento de manipulação dos indivíduos ou das massas: Apresenta-se o inferno para lucrar com a venda do céu.

No contexto do medo aparece a culpa. Se sou contraventor de uma “lei” espiritual, torno-me culpado. Se não tenho culpa, não serei punido ou repreendido, portanto não preciso ter medo. Se sinto culpa, mesmo perdoado dela, posso ir pro inferno existencial. Sentimento de culpa gera medo. Uma coisa é “culpa”, outra é “sentimento de culpa”. Posso ser diariamente perdoado de minhas culpas, mas preservar o sentimento delas, como se não perdoado tivesse sido: uma prisão existencial.

Sentimento de culpa é uma prisão e também um instrumento de manipulação.

Os Evangelhos nos contam que Jesus pagou a dívida de toda a humanidade. Ele se tornou culpado no lugar da humanidade e nenhuma condenação há para os que estão em Cristo. Ele é o perdão encarnado, personificado, perto, prático e (ao contrário do que muitos religiosos pregam): fácil!

Jesus pregou o amor, a libertação das culpas e, por fim, as expiou. Deus não é um carrasco, como alguns insistem em imaginar.

Religiosos pregam a necessidade deles e de suas normas e dogmas como eternos expias das culpas. Assim religiões tornam-se prisões das quais os libertados delas paradoxalmente tornam-se culpados. A “igreja” não é Deus, como alguns supõem. Decepcionam-se com a igreja (instituição humana) e descontam sua raiva em Deus...  Isto é miopia espiritual. Dissonância cognitiva metafísica.

O interesse de Deus é perdoar todos, assim como ele fez com o marginal que estava crucificado ao lado de Jesus, que recebeu a salvação não por ser bom, mas (na reta final, salvo pelo gongo) por crer apenas. Esta facilidade irrita as pessoas vingativas e alguns religiosos. Mas Deus tira toda a culpa das nossas costas, basta crer, assim como o ladrão creu e perdeu sua culpa ante os céus. Tribunal fácil... Graças a Deus... Ou eu jamais seria salvo, pois eu sou muito parecido com você: Não possuo justiça própria. Se você é realmente culpado por algo, se desculpe, perdoe-se, abandone o erro e exorcize o sentimento de culpa.

Dizem que o catolicismo romano é mestre em usar a culpa como instrumento para manipular pessoas, mas vejo que muitos ramos ditos evangélicos também o fazem com destreza.

Entregue diariamente sua vida para quem pode te perdoar de toda e qualquer culpa. Afaste-se do pecado e lute contra as obras da carne. Sobretudo, aceite o perdão diário e jogue fora todo sentimento de culpa, que somente produz dor, angústia existencial e medo.

Liberdade?

Liberdade é viver sem medo e sem culpa, porque se Jesus te libertar, você verdadeiramente será livre.

Liberdade é não deixar-se dominar pelas obras da carne. "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." Gálatas 5:19-21


[1] Alves, Rubem. O sapo que queria ser príncipe. Ed. Planeta, São Paulo, 2009. p. 85


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Veja como a culpa é relativa ao tempo, espaço, cultura e até idade. Culpa é uma questão de ponto de vista!
Se eu ou você fôssemos o protagonista das cenas abaixo, teríamos muito o que explicar. Mas, considerando quem são estes protagonistas, não serão nem culpados nem punidos.
Hahahaha!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Hora da faxina! Jogue fora o que é velho.




A gente tem a tendência ao acúmulo. Mesmo sem querer a gente acaba juntando e guardando em nossos armários e gavetas um monte de coisas... Muitas destas, totalmente inúteis para nós: roupas que não usamos há várias estações, maquiagens velhas, utensílios desnecessários, ferramentas estragadas, pequenos pedaços de canos usados ou restos de alguma reforma feita no banheiro, até pneu careca tem gente que "guarda", por pretextos mais variados.


Muitas vezes guardamos coisas que não nos são úteis, mas poderiam ser úteis a alguém. Outras vezes são coisas que não são úteis para nada, apenas para tomar espaço, empoeirar e o pior: tomar espaço físico e emocional e assim impedir que o novo venha!


O Senhor é um Deus de novidades: a Ele pertence o novo e não as tradições... Tradições são coisas humanas. Tradições são coisas de religiosos. São apegos ao passado e ao que já foi útil ou importante, que teve seu lugar, mas não necessariamente, continua tendo.


Jesus não era uma pessoa nem tradicional e nem religiosa. Ele representou o novo:

• Novidade de vida,

• Novo mandamento,

• Nova aliança!

Mas os religiosos de seu tempo, judeus tradicionais que eram, não curtiram muito todo aquele papo de modernização da fé, do estilo de vida e de relacionamento com Deus e deram um jeito de fritar o cara... Sim, religião mata e religioso é um perigo para Deus e um atentado às novidades de Deus.

O Apóstolo Paulo de Tarso, antes de sua conversão, era uma pessoa que tipifica bem o religioso padrão: zeloso pelas tradições as quais supõe serem Deus. (Mas não há um versículo que afirme "Deus não é tradição"... Existe sim, "Deus é amor").


Disse Jesus: “Meu Pai trabalha ate hoje!”

Sim! Deus continua criando e inovando, pois Deus não está preso no tempo, mas Ele é amoroso.

Prender-se às coisas velhas ou inúteis é agarrar-se ao passado, portanto, impedir a entrada do novo.

Para o novo entrar o velho tem de sair!

Há que se abrir espaços em nossa existência para a chegada das novidades que Deus tem para nos presentear a cada manhã.

No caso das questões materiais, quando guardamos estas quinquilharias em nossos despejos, estamos emitindo para nós mesmos alguns sinais:

1º - "Não confio que no futuro terei outras coisas boas. Melhor agarrar-me ao velho, pois pode ser que Deus não me abençoe amanhã novamente..."


2º - "Não sou merecedor do novo! O bom é para os outros e não para mim. Deixe-me acumular estas coisas, mesmo que velhas, pois as boas novidades são para outros."

Ensinou Jesus: "Não acumuleis tesouros na Terra, pois onde estiver o teu tesouro, ali estará o teu coração", portanto dê, doe, distribua!

Entretanto, o mais cruel neste processo de acúmulo não é o acúmulo de coisas, mas sim o acúmulo de sentimentos passados:
Ofensas, invejas, injúrias, fofocas e coisas outras que plantadas e aguadas, germinaram e cresceram em nós como ódios, desejos de vingança, iras, injúrias. Sentimentos que devem ser jogados fora e substituídos pelo novo, pela novidade, pelo perdão aos que nos ofenderam de alguma forma.

Guardar sentimentos negativos faz mal somente a nós, que carregamos este peso inútil e assim não podemos caminhar livremente pela vida. Entretanto, para a pessoa não perdoada por nós, que às vezes, nem sabe do mal que por ventura tenha nos causado, esta pessoa continua sua jornada, talvez até feliz.

Perdoar não é fácil, por isso que Jesus insiste tanto neste tema. Qual é o seu limite de perdão?

Vamos esvaziar nossas dependências interiores de coisas velhas e inúteis e abrir espaço para o novo entrar.

• Para o novo relacionamento entrar, o velho tem que sair.

• Para o amor entrar, o ódio tem que sair.

• Para a paz entrar, a ira tem que sair.

Faça em sua vida a faxina do perdão, limpando os armários da alma e as gavetas do coração. Jogando fora coisas do passado e deixando espaço livre para as novidades de vida que Deus tem para todos nós, todas as manhãs.

Você não é melhor que ninguém, mas também, você não é pior que ninguém. Você é único diante do Pai, que a todos ama, indistintamente.

Quer o novo? Livre-se do velho.


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... E POR FALAR EM NOVO E VELHO?

Veja este comercial da água francesa Evian, no qual o argumento é o seguinte: "Observe o efeito de Evian em seu corpo".
Já é um comercial manjado, mas vale a pena rir novamente!



Evian from Pedro Jobs on Vimeo.