Soberba, orgulho, arrogância, vaidade e altivez são palavras que possuem significados muito próximos nos dicionários. Especialistas consideram que todos estes sentimentos sejam sinônimos.
Pessoas tomadas por estes sentimentos são aquelas que olham para si como dignos de admiração pelos outros. Crêem que estão acima das demais pessoas, seja por sua beleza física, qualidades intelectuais, erudição, cultura ou condições financeiras.
Por questões práticas, vou juntar aqui todos estes sentimentos no adjetivo que a Igreja Romana usou para batizar um dos sete pecados capitais: Vaidade.
"Eu sou o máximo!
Comigo ninguém pode!
Deus no céu e eu na terra!
Orgulho-me de minha humildade..."
O vaidoso é aquele indivíduo arrogante, que se julga superior, melhor, acima. A pessoa que olha para as opiniões alheias com desprezo, ou na melhor das intenções, até com dó mesmo e sobre os que professam opiniões diferentes das suas, pensa: Idiotas!
O vaidoso tem orgulho exagerado de suas conquistas, de suas coisas, de suas idéias, de sua existência que trás beleza e sabedoria ao mundo.
A Bíblia diz que "Deus perdoa todos os pecados dos humildes, mas os arrogantes serão castigados". Veja que interessante... Porque este sentimento é tão rejeitado por Deus?
Segundo a teologia cristã mais aceita na atualidade, Lúcifer, o grande camarada de Deus, em função de sua beleza e “posição social”, tornou-se um sujeito arrogante e soberbo. Orgulhoso de suas qualidades, a tal ponto de embriagar-se em sua vaidade e desejar em seu coração ser igual a Deus. Seu fim, todos sabem: Foi expulso da presença de Deus, convertendo-se Satanás.
É isto! O vaidoso é um semi-deus.
Sentimentos extremados de orgulho e vaidade eliminam de nossas vidas a necessidade e a glória de Deus, posto eu ser bom demais!
Assim:
- Bênçãos dadas por Deus passam a ser encaradas como conseqüências do trabalho.
- Vitórias obtidas pela misericórdia divina, viram conquistas pessoais.
Não raro o fim dos arrogantes é a desgraça, mesmo que momentânea, objetivando trazer cura para esta patologia emocional.
A grana pode acabar.
A saúde pode faltar.
A família pode esfacelar-se.
A demissão pode bater à porta.
O vaidoso pode descobrir sua real impotência.
A vontade de Deus é que todos o reconheçam como Deus.
Em função de minha estória de vida, sempre fui uma criança humilde. Mas, como muitos me olhavam com desprezo e poucos apostavam em mim e no meu futuro, eu mesmo tive que apostar em mim. Sozinho, tive que crer que eu poderia ser bom. Acreditei muito. Acreditei que eu iria furar a lógica do sistema. Acreditei que não seria um párea. Tive que acreditar que eu era bom e esta crença me ajudeou a me aceitar. Entreguei minha vida para Cristo e Deus entrou em cena me dando bênçãos e conquitas e, ato contínuo, vieram elogios, afagos e reconhecimentos do mundo que antes desprezou-me. Humildemente, sempre trasnmiti para Deus a honra que queriam me dar, mas em determinado momento, após muito assédio, fraquejei e acreditei naquelas vozes: acreditei que eu realmente era muito bom!
Deus no céu e Luciano na terra!
Este foi o início da queda do Zeppelin. Cheguei na lama de onde antes havia saído e fui recordando que, em minha vida, todas as conquistas não haviam sido propriamente minhas, mas foram fruto da Graça do Pai.
Deus me deu a oportunidade de me encontrar comigo mesmo e descobrir que eu era muitas vezes menor que estava supondo...
Não somos nosso próprio Deus. Nem somos nossos donos.
No trono de Deus não cabe nosso ego assentado.
(A VAIDADE EXCESSIVA, MESMO EM SEU NÍVEL MAIS SIMPLES - COMO A OBSESSÃO PELA BELEZA FÍSICA - PODE SER AVASSALADORA. VEJA ESTE FILME)