quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CARPE DIEM - SEM ANSIEDADE!

Acabo de conversar com uma jovem casada, que tem uma linda filhinha de 1 ano de idade, que está apavorada com seu futuro, pois suspeita que esteja grávida de seu segundo filho e, segundo suas crenças, não é hora de ter outro, já que a vida profissional do marido não está encaminhada e aguardam uma definição para poderem comprar um imóvel próprio.

Refletindo sobre o momento dela e seu “problema”, pude ver que, de fato, eles possuem ainda muita grama para ser aparada antes de começar o segundo tempo da partida, entretanto, para as pessoas que crêem em Deus, temos que confiar nos cuidados dele e afastar de nos um dos sentimentos mais nocivos que vive dentro de nós: ansiedade.

A ansiedade está relacionada à nossa insegurança com relação ao dia de amanhã.

Teremos emprego?

Teremos saúde?

Teremos paz?

Teremos as coisas boas que almejamos e pelas quais lutamos?

Ou perderemos as coisas boas que já conquistamos?

A ansiedade é capaz de tirar a paz e matar a graça das coisas.

Com ansiedade não curtimos o hoje. Deixamos de aproveitar o bom, ou porque estamos de olho no ótimo que não sabemos se virá, ou por medo de perder o bom já conquistado.

O ansioso é o sujeito sem fé na vida, já que ansiedade é insegurança com relação ao futuro.

Se creio que existe Deus e se creio que Deus é bom, não preciso ficar ansioso, pois ao ter segurança que Deus é “o bom pastor”, o bom pai, o amor incondicional, descanso por meio da fé Nele, mesmo que as circunstâncias mostrem o contrário.

Uma das minhas experiências mais marcantes com o cuidado de Deus sobre a minha vida aconteceu por meio da paternidade. Luciana era um bebê que ficava doente com freqüência, chorava muito, sentia cólicas e aquilo tudo me angustiava... Eu sofria por ela, eu chorava junto com ela... Eu pedia Deus para passar a dor dela pra mim. Ficava desesperado ao vê-la enferma. Certa vez a doença estava demorando tanto a ser curada e ela tomava tantos medicamentos que chegou a coincidir várias doses de diferentes remédios sem que ela pudesse se alimentar. Eu pensava: “Estas drogas vão matar minha filha”. Naquela noite ajoelhei-me, muito angustiado, sofrendo e orei a Deus com todas as minhas forças, clamando uma cura milagrosa para minha filha, pois não mais queria submetê-la a tantas drogas. Deus me ouviu e Luciana amanheceu curada.

Em meu relacionamento com Deus eu sempre tinha lá no fundinho do meu coração havia um segredinho, uma pontinha de dúvida sobre o chamado “amor incondicional” de Deus. Será que Deus se importava comigo tanto quanto eu me importava com minha filha indefesa? Será que Deus me ama mesmo do jeito que eu sou?

Será que eu não deveria ser melhor para “merecer” algo mais de Deus?

Será que eu sou alguém especial para Deus ou será que Deus possui “filhos prediletos”, dentro os quais não estou incluído? Eu tinha insegurança com relação à profundidade do amor de Deus por mim.Aquela insegurança gerava, dentre outros sentimentos, ansiedade.

Um dia, orando com algumas pessoas, uma delas recebeu uma revelação da parte de Deus e me trouxe um recado de Deus. A pessoa disse assim:
“Luciano, Deus está mandando te dizer que o amor e o cuidado que você tem por sua filha não chega nem perto do amor e do cuidado que Ele tem por você”. Aquelas palavras foram para mim chocantes e absolutamente reconfortantes... Eu era mais que aceito, eu era também amado! Quando temos filhos, podemos aprender um pouquinho sobre o amor e o cuidado de Deus por Seus filhos, que somos todos nós. Deus não é como nós...

Ele não é como os pais humanos, cheio de limitações e falhas na criação e desvios de caráter e gaps emocionais. Ele é perfeito.

Se tenho eu um Pai celestial que tanto me ama e que é tão perfeito e bondoso, porque deveria eu andar ansioso? Jesus ilustrou isto de uma forma muito engraçada. Disse Jesus que “os passarinhos não plantam, não colhem e não guardam em celeiros, mas que, entretanto, o Pai Celestial os alimenta”. Que revelação maravilhosa: O alimento não vem da terra, mas do céu... É o céu (sol e chuva) que faz com que a terra dê o seu fruto. O Pai Celeste fertilizando a mãe-natureza para nos alimentar.

E Jesus concluiu seu discurso de um jeito muito didático, ou seja, com uma pergunta para nos fazer pensar. Disse Jesus: “Quem vocês acham que vale mais para Deus? Os pássaros do céu ou vocês, que são imagem de Deus?”. Deus cuida de mim na sombra das suas asas: A quem temerei? Tudo provém de Deus.

Existamos como Jesus ensinou várias vezes: "Não andem ansiosos por nada, mas façam com que Deus conheça as necessidades de vocês por meio da oração".

Ao deixarmos a ansiedade de lado teremos qualidade de vida, pois passaremos a resolver não problemas imaginários, mas apenas os problemas que realmente existem, que são os de hoje, e poderemos também “curtir mais o dia de hoje” (Carpe Diem), sabendo que o dia de amanhã trará outras preocupações e outras alegrias.

Domingo passado eu preguei sobre o poder da oração e, pra variar, Deus provou as minhas palavras no transcorrer desta semana, e pude, mais uma vez, descobrir que não precisamos andar ansiosos por coisa alguma.

Viva!

3 comentários:

  1. Parabens Luciano teus textos são ótimos cara!

    Continue assim, suas palavras tem me ajudando muito e com certeza a outros também.

    Fica com Deus e felicidades para você e sua família!

    Abraço,
    Vinícius

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  2. Vinicius,
    Você tocou no ponto fundamental das nossas vidas atribuladas e raiz do estresse. Li numa revista chamada Esperança que a nossa vida é composta pelas nossas ansiedades: fazer isto, fazer aquilo, dentro de um tempo determinado, utilizando todas as nossas forças intelectuais e físicas esperando resultados bons, segundo os nossos planos.A matéria da revista citada diz que nós precisamos controlar as ansiedades, descançando um dia na semana, como Deus fez ao criar o mundo. Separar este dia para não fazer nada, dormir até mais tarde, sem nenhum compromisso marcado, sem hora para se alimentar ou o que quer que seja. Diz o texto que assim matamos o estress.

    Antonio Macedo

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